sexta-feira, 28 de junho de 2013

Esquerda e Direita: Globo e os Protestos

Via: http://professordoc.blogspot.com.br/


A Globo não quer que partidos de esquerda protestem ao seu lado nas ruas.

Ao hostilizar pessoas de partidos políticos na manifestação, você não está sendo só contra a liberdade de expressão e a democracia, você também está agindo exatamente como a Globo, a Folha e a Veja quer que você aja!
 
 
A TV organiza a massa

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Como o Passe Livre disse que não convocaria mais atos, a Globo assumiu o comando. Qual será o próximo?
Pena que a regulamentação dos meios eletrônicos está engavetada. Se houvesse outras vozes no ar, teríamos mais chance de evitar o golpe anunciado

A TV, chamada de “Príncipe Eletrônico” pelo sociólogo Octavio Ianni, está conduzindo as massa pelas ruas brasileiras. À internet coube o papel de convocar, à TV de conduzir.

Ao perceber que o movimento não tinha direção e poderia assumir bandeiras progressistas, as emissoras de TV, com a Globo à frente, passaram a conduzi-lo.

Nos primeiros dias, para as TVs, eram vândalos que estavam nas ruas e precisavam ser reprimidos. Reproduziam em linguagem popular o que pediam os editoriais da mídia impressa.

"Este não foi um movimento partidário. Dele participaram os setores conscientes da vida política brasileira" (Editorial de O Globo, 2/4/1964)

Não esperavam, no entanto, que o movimento ganhasse as proporções que ganhou. Longos anos de neoliberalismo exaltando o consumo e o individualismo tiraram de algumas gerações o prazer de fazer política voltada para a solidariedade e a transformação social.

Os partidos que poderiam ser eficientes canais de participação passaram a se preocupar mais com o jogo do poder do que com debate e o esclarecimento político, tão necessário na formação dos jovens.

Tudo isso estava engasgado. O movimento do passe livre serviu de destape. Reprimido com violência como queria a mídia, ele cresceu. Milhões foram às ruas em repúdio ao vandalismo policial daquela quinta-feira (13).

As bandeiras, ao se multiplicarem, diluíram. A história registra o surgimento, nesses momentos, de líderes carismáticos ou de militares bem armados para levar as massas à trágicas aventuras. Alemanha nos anos 1930 e o Brasil em 1964 são apenas dois exemplos.

Em 2013, quem assumiu esse papel foi a TV. Percebendo a grandeza física do movimento, mudou o discurso e passou a exaltar a “beleza” das manifestações. Ofereceu para elas as suas bandeiras voltadas para assediar o poder central.

O grito genérico contra a corrupção ecoa a tentativa de golpe contra o governo Lula em 2005, ensaiado pelos mesmos agentes de hoje. Naquela época o esforço era maior. A TV tinha de convencer a massa a ir para a rua. Em 2013 ela já estava caminhando, era só entregar as bandeiras.

É o que estão fazendo com todo empenho. A exaltação ao povo que “acordou” foi só o começo. O JN, na sexta-feira (14), censurou uma entrevista dada no Rio por uma integrante do Movimento do Passe Livre, Mayara Vivian. Enquanto ela falava dos ônibus, tudo bem. Mas a parte em que ela defendia a reforma agrária, a reforma política e o fim do latifúndio no Brasil foi cortada pela censura global. Esses temas não fazem parte das bandeiras da família Marinho.

A mudança da grade de programação, com a troca da novela pelas manifestações “ao vivo”, na última quinta (20), é ainda mais emblemática. Sinalizou para o telespectador que algo de muito grave estava ocorrendo e ele deveria ficar “ligado na Globo” para “entender” a situação.

Tanto entenderam que às 20h30 centenas, se não milhares de pessoas, continuavam a sair das estações do Metrô na Avenida Paulista. Iam se juntar aos “apolíticos” que hostilizavam os militantes partidários insuflados por “pitbulls” (jovens parrudos) estrategicamente postados ao longo da avenida. Pela minha cabeça passaram imagens das brigadas nazistas vistas no cinema.

Os cartazes tinham de tudo. Alguém disse que era um “facebook” real. Cada um “postava” na cartolina a sua reivindicação. E a TV até disso se aproveitou.

Na sexta pela manhã, Ana Maria Braga ensinava como as mães deveriam orientar seus filhos na confecção desses cartazes. Como o Movimento pelo Passe Livre já disse que não iria mais convocar novas manifestações, parece que a Globo assumiu o comando. Quando será o próximo ato? Saiba na Globo.
Fustigado nas ruas e nas telas, o governo para responder, tem de se valer da mesma TV que o ataca. Julgou, como julgaram outros governos, que isso seria possível e por isso não constituiu canais alternativos de rádio e TV capazes de equilibrar a disputa informativa (a presidente Cristina Kirchner não entrou nessa).

Sem falar na regulamentação dos meios eletrônicos cujo projeto formulado ao final do governo Lula está engavetado. Se houvesse sido enviado ao Congresso e aprovado, outras vozes estariam no ar. Teríamos mais chance de evitar o golpe anunciado.

RBA

quinta-feira, 27 de junho de 2013

"ORGULHO psiquiatra" - O criador da Resolução do ATO MÉDICO é do nosso estado... (Só podia ser mesmo). Reza a Lenda que as outras profissões (profissionais) que trabalham em sua "equipe", como psicólogas, fisioterapeutas, fonoaudiólogas, etc. são apelidadas de SALVADORETES - tamanha a SUBALTERNES

Luiz Salvador recebe o Título de Sócio Honorário da Associação Sul- Mato-Grossense de Psiquiatria      
Sex, 15 de Agosto de 2003 21:00 subalternes
" Por sua contribuição ao movimento científico, cultural, médico e político do Mato Grosso do Sul e do País, declaramos Luiz Salvador de Miranda Sá Júnior Sócio Honorário da Associação Sul-Mato-Grossense de Psiquiatria " anunciou, na noite desta sexta-feira (15/08), o presidente da XI Jornada de Psiquiatria do Centro-Oeste, Antônio Geraldo da Silva. A homenagem merecida ao primeiro secretário do CFM, Luiz Salvador de Miranda Sá Júnior, foi prestada logo após a realização da conferência de abertura do evento, proferida pelo presidente da Associação Brasileira de Psiquiatria, ABP, Marco Antônio Brasil. Antes de entregar a placa de condecoração de Sócio Honorário da Associação Sul-Mato-Grossense de Psiquiatria a Luiz Salvador, Antônio Silva lembrou aos presentes grandes momentos da trajetória política e da atuação profissional do homenageado. Do nascimento em Minas Gerais, passando pela infância e juventude em Recife, até a fixação definitiva em Campo Grande, a platéia foi, aos poucos, sendo informada sobre a importância de Luiz Salvador de Miranda Sá Júnior para a Psiquiatria no Brasil. Salvador, dentre muitos feitos, foi um dos fundadores da ABP; um incansável combatente da ditadura militar e do movimento contra a tortura no País; um inigualável defensor de um atendimento psiquiátrico ético, que busca a valorização das relações entre médico e paciente; fundador do curso de residência e de especialização em Psiquiatria no Estado do Mato Grosso do Sul; autor da resolução do CFM que define o ato médico. A entrega da placa de condecoração emocionou a todos os presentes. Para passar às mãos de Salvador a homenagem, Antônio da Silva chamou ao palco do Centro de Convenções Arquiteto Rubens Gil de Camillo, esposa, filhos, netas e amigos do homenageado, como o secretário-geral do CFM, Rubens dos Santos Silva. Após a entrega da placa a Salvador, o presidente da Jornada prestou também uma homenagem póstuma ao médico Geraldo Brasil, pelos relevantes serviços prestados pelo médico à Psiquiatria no Estado de Goiás. A condecoração foi recebida pelo filho de Geraldo Brasil, o presidente da ABP, Marco Antônio Brasil.

Narrativa emocionada em nome dos médicos brasileiros - POR QUE DE TANTO ÓDIO? (O que a presidente Dilma falou de mais???)

"O dia em que a Presidenta Dilma em 10 minutos cuspiu no rosto de 370.000 médicos brasileiros."

   
Seg, 24 de Junho de 2013 12:31
Escrito por Juliana Mynssen da Fonseca Cardoso*
 
Há alguns meses eu fiz um plantão em que chorei. Não contei à ninguém (é nada fácil compartilhar isso numa mídia social). Eu, cirurgiã-geral, "do trauma", médica "chatinha", preceptora "bruxa", que carrego no carro o manual da equipe militar cirúrgica americana que atendia no Afeganistão, chorei.
Na frente da sala da sutura tinha um paciente idoso internado. Numa cadeira. Com o soro pendurado na parede num prego similiar aos que prendemos plantas (diga-se: samambaias). Ao seu lado, seu filho. Bem vestido. Com fala pausada, calmo e educado. Como eu. Como você. Como nós. Perguntava pela possibilidade de internação do seu pai numa maca, que estava há mais de um dia na cadeira. Ia desmaiar. Esperou, esperou, e toda vez que abria a portinha da sutura ele estava lá. Esperando. Como eu. Como você. Como nós. Teve um momento que ele desmoronou. Se ajoelhou no chão, começou a chorar, olhou para mim e disse "não é para mim, é para o meu pai, uma maca". Como eu faria. Como você. Como nós.
Pensei "meudeusdocéu, com todos que passam aqui, justo eu... Nãoooo..... Porque se chorar eu choro, se falar do seu pai eu choro, se me der um desafio vou brigar com 5 até tirá-lo daqui".
E saí, chorei, voltei, briguei e o coloquei numa maca retirada da ala feminina.
Já levei meu pai para fazer exame no meu HU. O endoscopista quando soube que era meu pai, disse "por que não me falou, levava no privado, Juliana!" Não precisamos, acredito nas pessoas que trabalham comigo. Que me ensinaram e ainda ensinam. Confio. Meu irmão precisou e o levei lá. Todos os nossos médicos são de hospitais públicos que conhecemos, e, se não os usamos mais, é porque as instituições públicas carecem. Carecem e padecem de leitos, aparelhos, materiais e medicamentos.
Uma vez fiz um risco cirúrgico e colhi sangue no meu hospital universitário. No consultório de um professor ele me pergunta: "e você confia?".
"Se confio para os meus pacientes tenho que confiar para mim."
Eu pratico a medicina. Ela pisa em mim alguns dias, me machuca, tira o sono, dá rugas, lágrimas, mas eu ainda acredito na medicina. Me faz melhor. Aprendo, cresço, me torna humana. Se tenho dívidas, pago-as assim. Faço porque acredito.
Nesses últimos dias de protestos nas ruas e nas mídias brigamos por um país melhor. Menos corrupto. Transparente. Menos populista. Com mais qualidade. Com mais macas. Com hospitais melhores, mais equipamentos e que não faltem medicamentos. Um SUS melhor.
Briguei pelo filho do paciente ajoelhado. Por todos os meus pacientes. Por mim. Por você. Por nós. O SUS é nosso.
Não tenho palavras para descrever o que penso da "Presidenta" Dilma. (Uma figura que se proclama "a presidenta" já não merece minha atenção).
Mas hoje, por mim, por você, pelo meu paciente na cadeira, eu a ouvi.
A ouvi dizendo que escutou "o povo democrático brasileiro". Que escutou que queremos educação, saúde e segurança de qualidades. "Qualidade"... Ela disse.
E disse que importará médicos para melhorar a saúde do Brasil....
Para melhorar a qualidade....?
Sra "presidenta", eu sou uma médica de qualidade. Meus pais são médicos de qualidade. Meus professores são médicos de qualidade. Meus amigos de faculdade. Meus colegas de plantão. O médico brasileiro é de qualidade.
Os seus hospitais é que não são. O seu SUS é que não tem qualidade. O seu governo é que não tem qualidade.
O dia em que a Sra "presidenta" abrir uma ficha numa UPA, for internada num Hospital Estadual, pegar um remédio na fila do SUS e falar que isso é de qualidade, aí conversaremos.
Não cuspa na minha cara, não pise no meu diploma. Não me culpe da sua incompetência.
Somos quase 400mil, não nos ofenda. Estou amanhã de plantão, abra uma ficha, eu te atendo. Não demora, não.
Não faltam médicos, mas não garanto que tenha onde sentar. Afinal, a cadeira é prioridade dos internados.
Hoje, eu chorei de novo.
* É cirurgiã geral no Hospital Estadual Azevedo Lima, no Rio de Janeiro (CRM-RJ 822370).
 

Esse ATO MÉDICO já tá CHATO

Profissionais da Saúde realizam manifestação nacional contra Ato Médico nesta sexta - 26/06/2013 às 17h24m

  • Em Campo Grande o encontro será às 17h na Praça do Rádio Clube
     
    Profissionais de saúde 14 categorias vão paras as ruas nesta sexta-feira (28) em uma mobilização nacional de protesto pelo veto presidencial ao Projeto de Lei conhecido como Ato Médico.
    Em Campo Grande, a manifestação está marcada para as 17 horas na Praça do Rádio Clube e vai reunir profissionais e estudantes das seguintes áreas: assistentes sociais, biólogos, biomédicos, profissionais de educação física, enfermeiros, farmacêuticos, fisioterapeutas; fonoaudiólogos, nutricionistas, odontólogos, psicólogos e terapeutas ocupacionais.
    Na tarde desta quarta-feira (26) o Fórum Estadual dos Trabalhadores em Saúde (FETS) se reuniu na sede do Conselho Regional de Psicologia de Mato Grosso do Sul (CRP14), para deliberar sobre a Manifestação de Campo Grande. A reunião contou com a presidente do FETS, Giane F. Alvarez, os representantes do Conselho Regional de Fisioterapia (CREFITO-13), Mário Dias. Patrícia Zanetti Faria e Márcio Maruyama, representantes do Conselho Regional de Enfermagem de MS, Genivaldo Dias da Silva, Patrícia Miranda e Marly Arias, o presidente do CRP14, Carlos Afonso Marcondes Medeiros e a representante da Associação dos Enfermeiros de Campo Grande (AECGR), Shirlei Gonçalves.
     
    ENTENDA DO ATO MÉDICO
    O Projeto de Lei nº 268/2002, que dispõe sobre o exercício da Medicina, conhecido como “Ato Médico foi aprovado pelo Senado Federal e pretende tornar privativo da categoria médica todos os procedimentos de diagnóstico sobre doenças, indicação de tratamento e a realização de procedimentos invasivos e, ainda, a possibilidade de atestar as condições de saúde, desconsiderando a trajetória das demais profissões que constituem o cenário da saúde pública na ótica do SUS. Igualmente, torna privativa do médico a chefia de serviços, indicando uma hierarquização que não corresponde aos princípios do trabalho multiprofissional que precisa ser construído na saúde.
    O Ato Médico, além de prejudicar a autonomia de cada profissão, impede a organização de especialidades multiprofissionais em saúde. Milhões de usuários sabem os benefícios do SUS e reconhecem o valor de todos os profissionais no cotidiano das unidades de saúde. Hoje, uma série de políticas públicas de saúde, como Saúde Mental, Atenção Básica e outras oferecidas à população, contam com profissionais de várias áreas trabalhando de forma integrada e articulada. As equipes multidisciplinares definem em conjunto o diagnóstico e o tratamento, somando suas diversas visões de saúde e de doença para chegar à melhor intervenção. Os usuários não podem ser penalizados desta forma, perdendo esta possibilidade.
    O Conselho Federal de Psicologia (CFP) lançou uma campanha para que a presidente Dilma Rousseff vete o artigo que atribui ao médico a função do diagnóstico nosológico e da prescrição terapêutica, áreas nas quais não possui habilitação. A autarquia vai dispor de toda sua capacidade de articulação com o governo, entidades ligadas ao tema e sociedade civil para que esse projeto não siga adiante: O Ato Médico Ata-Nos #VetaDilma VETA

    Autor: Renato Lima
    Fonte: CRP14/MS
Por Dráuzio Varela
via:http://www.mariolobato.blogspot.com.br/
“As pessoas não têm mais a quem pedir ajuda a não ser a mim. Se tiver mais de três casos urgentes para atender imediatamente, como eu faço?” Em tom de desabafo, o cardiologista Sérgio Perini conta que desde abril de 2012 é o único médico em atividade na cidade de Santa Maria das Barreiras, no interior do Pará. O único para atender uma população carente de 18 mil habitantes.

Essa situação não é exclusividade de Santa Maria das Barreiras. A cidade divide o problema com milhares de municípios que, como ela, são pequenos e afastados de grandes centros urbanos. Segundo o último levantamento do CFM (Conselho Federal de Medicina), feito em 2012, o Brasil abriga 388.015 médicos, cerca de 1,8 por mil habitantes. A Argentina tem 3,2, Espanha e Portugal têm 4 e Inglaterra, 2,7. Ainda assim, a quantidade de médicos brasileiros é considerada razoável, mas não resolve o problema de saúde do país porque apenas 8% dos profissionais estão em municípios de até 50 mil pessoas. E municípios desse porte representam quase 90% das cidades (veja tabelas no final desta matéria).

O restante dos profissionais está aglomerado em grandes regiões. Distrito Federal e os estados de Rio de Janeiro e São Paulo têm respectivamente taxas de 4,09, 3,62 e 2,64 médicos por mil habitantes, enquanto outros estados não somam nem um profissional por mil habitante, como é o caso do Amapá (0,95), Pará (0,84) e Maranhão (0,71). Ainda assim, a taxa maior em um estado não significa que cidades pequenas daquela região ofereçam atendimento adequado.

Nesse cenário, Santa Maria das Barreiras e tantas outras cidades brasileiras tentam lidar com a carência da maneira que podem. “Como faltam profissionais, as ocorrências mais graves não têm como ser atendidas aqui, então encaminhamos para a cidade de Redenção, que fica a 130 km. O trajeto de 2 horas é feito por estrada de terra”, relata o dr. Perini.Para tentar resolver a questão, o governo federal criou em 2011 o Provab (Programa de Valorização dos Profissionais da Atenção Básica), uma iniciativa para levar médicos recém-formados a regiões carentes oferecendo uma bolsa de R$8 mil. O incentivo, porém, não foi suficiente. O último levantamento, feito com base nos dados de 2012, mostrou que 2.856 prefeituras solicitaram 13 mil médicos. Menos da metade, 1.291, foi atendida por pelo menos um profissional, já que apenas 4.392 médicos se inscreveram e 3.800 assinaram contrato. O número equivale a 29% das vagas abertas.

Homenagem a Vinícius de Moraes é atração do fim de semana no Sesc Horto

Foto: Divulgação
 
Neste fim de semana, nos dias 28 e 29 de junho, a capital vai receber o espetáculo “Poesia a Música Modernista, uma homenagem ao poeta, cantor e compositor Vinícius de Moares”.

A apresentação será em forma de recital, construído em dueto, pelos artistas Malú Mestrinho e Marcelo Fernandes.

Tido como um ícone do repertório modernista da cultura brasileira, Vinícius de Moraes, será contextualizado em suas obras, uma leitura vocal e instrumental, mais lírica de suas canções, que por natureza se faz diferenciada das tradicionais homenagens que o poeta tem recebido.

Vinícius de Moraes – Carioca, o intelectual também tinha fama de boêmio, mas em caráter de suas obras, elas foram reverenciadas a partir da segunda fase do modernismo brasileiro, que aconteceu de 1930 a 1945. Além poesias, canções e obras literárias, o artista também foi precursor de uma das mais importantes figuras da música popular brasileira, a Bossa Nova, em parceria com Tom Jobim e Toquinho.

O espetáculo começa às 20 horas, no teatro do Sesc Horto, na R. Anhandui, 200. Os ingressos custam R$ 10,00 (comerciário/comerciário parceiro/dependente) | R$ 15,00 (usuário parceiro) | R$ 20,00 (usuário). A classificação é livre.

http://www.uhnews.com.br/portal/ver/48425/13/homenagem-a-vinicius-de-moraes-e-atracao-do-fim-de-semana-no-sesc-horto.html

quarta-feira, 26 de junho de 2013

Médica Fátima Oliveira - opinião - Bolsa Família

VIOMUNDO

Fátima Oliveira: Por que o Bolsa Família desperta tanto ódio de classe?

publicado em 11 de junho de 2013 às 10:40
É o maior e mais importante projeto antipobreza do mundo
Fátima Oliveira, em O TEMPO
Médica – fatimaoliveira@ig.com.br @oliveirafatima_
Eu não tinha a dimensão do ódio de classe contra o Bolsa Família. Supunha que era apenas uma birra de conservadores contra o PT e quem criticava o Bolsa Família o fazia por rancor de classe a Lula, ou algo do gênero, jamais por ser contra pobre matar a sua fome com dinheiro público.
Idiota ingenuidade a minha! A questão não é de autoria, mas de destinatário! Os críticos esquecem que a fome não é um problema pessoal de quem passa fome, mas um problema político. E Lula assumiu que o Brasil tem o dever de cuidar de sua gente quando ela não dá conta e enquanto não dá conta por si mesma. E Dilma honra o compromisso.
Estou exausta de tanto ouvir que não há mais empregada doméstica, babá, “meninas pra criar”, braços para a lavoura e as lidas das fazendas que não são agronegócios… E que a culpa é do Bolsa Família!
Conheço muita gente que está vendendo casas de campo, médias e pequenas propriedades rurais porque simplesmente não encontra “trabalhadores braçais” nem para capinar um pátio, quanto mais para manter a postos “um moleque de mandados”, como era o costume até há pouco tempo! E o fenômeno é creditado exclusivamente ao Bolsa Família.
Esquecem a penetração massiva do capitalismo no campo que emprega, ainda que pagando uma “merreca”, com garantias trabalhistas, em serviços menos duros do que ficar 24 horas por dia à disposição dos “mandados” da casa-grande, que raramente “assina carteira”. Eis a verdade!
Esquecem que a população rural no Brasil hoje é escassa. Dados do IBGE de setembro de 2012: a população residente rural é 15% da população total do país: 195,24 milhões.
Não há muitos braços disponíveis no campo, muito menos sobrando e clamando por um prato de comida, gente disposta a alugar sua força de trabalho por qualquer tostão, num regime de quase escravidão, além do que há outras ocupações com salários e condições trabalhistas mais atraentes do que capinar, “trabalhar de aluguel”, que em geral nem dá para comprar o “dicumê”. Dados de 2009 já informavam que 44,7% dos moradores na zona rural auferiam renda de atividades não agrícolas!
Basta juntar três pessoas de classe média que as críticas negativas ao Bolsa Família brotam como cogumelos. Após a boataria de 18 de maio, que o Bolsa Família seria extinto, esse assunto se tornou obrigatório. Fazem questão de ignorar que ele é o maior e mais importante programa antipobreza do mundo e foi copiado por 40 países – é uma “transferência condicional de renda” que objetiva combater a pobreza existente e quebrar o seu ciclo.
Atualmente, ajuda 50 milhões de brasileiros: mais de 1/4 do povo! E investe apenas 0,8% do PIB! Sem tal dinheiro, mais de 1/4 da população brasileira ainda estaria passando fome!
Mas há gente sem repertório humanitário, como as que escreveram dois tuítes que recebi: “Nunca vi tanta gente nutrida nas filas dos caixas eletrônicos para receber o Bolsa Família, até parecia fila para fazer cirurgia bariátrica”; e “Eu também nunca havia visto tanta gente rechonchuda reunida para sugar a bolsa-voto!”.
Como disse a minha personagem dona Lô: “Coisa de gente má que nunca soube o que é comer pastel de imaginação; quem pensa assim integra as hostes da campanha Cansei de Sustentar Vagabundo, que circulou nas eleições presidenciais de 2010”. São evidências de que há gente que não se importa e até gosta de viver num mundo em que, como escreveu Josué de Castro, em Geografia da Fome (1984): “Metade da humanidade não come e a outra não dorme com medo da que não come…”.

Centrais estão em Brasília para barrar projeto sobre terceirização


Via: http://professordoc.blogspot.com.br/search?updated-max=2013-06-16T12:05:00-03:00
Sindicalistas têm encontro com o ministro Gilberto Carvalho e depois seguem para a Câmara dos Deputados

Dirigentes de cinco centrais sindicais estão hoje (11) para mais uma rodada da Mesa de Diálogo iniciada neste ano com o governo federal em tornos das principais reivindicações dos trabalhadores. A reunião será com o ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho.

Entre os oito pontos definidos como prioritário pelas centrais, o tema da terceirização da mão de obra deverá dominar boa parte do encontro de hoje. As entidades querem que o governo atue para suspender a tramitação do Projeto de Lei 4.330, de 2004, do deputado Sandro Mabel (PMDB-GO), que trata do assunto e é considerado prejudicial aos trabalhadores e aos sindicatos. O projeto está na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

De acordo com o secretário-geral da CUT, Sérgio Nobre, os trabalhadores não aceitarão que os empresários usem o PL para acabar com os direitos. “A terceirização tem sido utilizada para precarizar ainda mais as relações de trabalho no Brasil, que já não são exemplares. As centrais não negociarão qualquer ponto que prejudique a organização e representação sindical que mexa com direitos que foram conquistados com muita luta.”, disse. Além da CUT, participam da Mesa, que começa às 10h, a UGT, a CTB, a Força Sindical e a NCST.
“Defendemos a criação de uma mesa com representantes dos trabalhadores, empresários, Legislativo e do governo federal para que possamos discutir democraticamente a questão. Mas para isso, é preciso frear o andamento do PL na CCJC.”, afirmou o diretor-técnico do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Clemente Ganz Lúcio.

Após a reunião com Carvalho, a CUT irá à Câmara acompanhar os debates sobre o projeto de Mabel na CCJ.

Segundo a central, o projeto permite retrocessos como a contratação de terceirizados para a atividade-fim de uma empresa. Além disso, o projeto dificulta a responsabilidade solidária, aquela em que a contratante se responsabiliza pelas obrigações trabalhistas, caso a terceirizada não as cumpra.

Dados do Dieese mostram que a terceirização é um dos principais mecanismos para o achatamento salarial e a restrição de direitos. O trabalhador terceirizado fica 2,6 anos a menos no emprego, tem uma jornada semanal de trabalho de três horas a mais e ganham 27% menos. A cada dez acidentes de trabalho, oito ocorrem entre terceirizados.

RBA

Chan Chan

Buena Vista Social Club



De Alto Cedro voy para Marcané
Llego a Cueto y voy para Mayarí


El cariño que te tengo
Yo no lo puedo negar
Se me sale la babita
Yo no lo puedo evitar


Cuando Juanica y Chan Chan
En el mar cernían arena
Como sacudía el 'jibe'
A Chan Chan le daba pena


Limpia el camino de pajas
Que yo me quiero sentar
En aquel tronco que veo
Y así no puedo llegar


De Alto Cedro voy para Macané
Llego al Puerto voy para Mayarí

Foi Deus Quem Fez Você - RASTA JOINT           

 


Foi Deus que fez o céu,
O rancho das estrelas.
Fez também o seresteiro
Para conversar com elas.


Fez a lua que prateia
Minha estrada de sorrisos
E a serpente que expulsou
Mais de um milhão do paraíso.


Foi Deus quem fez você;
Foi Deus que fez o amor;
Fez nascer a eternidade
Num momento de carinho.


Fez até o anonimato
Dos afetos escondidos
E a saudade dos amores
Que já foram destruídos.

 Foi Deus!

Foi Deus que fez o vento
Que sopra os teus cabelos;
Foi Deus quem fez o orvalho
Que molha o teu olhar. Teu olhar...
Foi Deus que fez as noites
E o violão plangente;
Foi Deus que fez a gente
Somente para amar. Só para amar...

Maior deficiência na saúde está nas unidades básicas em Campo Grande

 

 
Fernanda Kintschner
 
A onda de protestos, que ocorre em Campo Grande e em todo o Brasil, tem como uma das principais reinvindicações a melhoria no setor da saúde pública. Os manifestantes pediram até mesmo o que chamaram de “padrão Fifa” para o Sistema Único de Saúde (SUS), referindo-se a um alto nível de investimentos para setor, como está sendo feito para a Copa do Mundo.
Mas afinal, qual é a principal reclamação? Para as entidades ligadas à saúde ouvidas pelo Midiamax, os postos de saúde são os mais deficitários. Na visão do presidente do Sindicato dos Médicos de Mato Grosso do Sul (Sinmed), Marco Antônio Leite, é necessário investir tanto em infraestrutura, quanto em recursos humanos nos postos que atendem a demanda básica de saúde.
“Quando a pessoa chega lá no seu bairro tem uma dificuldade muito grande pra consultar e extrema para marcar exames. Às vezes demora seis meses ou um ano. Isso é um absurdo, isso não existe”, destacou o Marco.
Outra questão apontada pelo médico é que quando o clínico geral precisa encaminhar um paciente para consulta com alguma uma especialidade ele tem que cumprir um protocolo extenso de solicitação de exames. “Mas como fazer isso se demora tanto?”, indagou o presidente.
A falta de agilidade no atendimento básico faz com que as Unidades de Pronto Atendimento (UPA) com atendimento 24 horas de urgência e emergência fiquem superlotados. “A falta de estruturas básicas acaba deixando o pronto socorro exaurido na sua capacidade de atendimento”, lamentou.
Opinião similar é a do presidente do Conselho Regional de Medicina (CRM) Luis Henrique Mascarenhas Moreira, que afirma que as reinvindicações nos protestos são válidas quando se pensa que a disponibilização de recursos para a Saúde não é a mesma para setores com maior interesse político.
“Não tem essa vontade e intensidade na construção de novos hospitais e disponibilização de equipamentos para atender adequadamente como se tem para dar recursos a outros setores. Há defasagem de médicos, enfermeiros, farmacêuticos e a população percebeu que não há vontade de se resolver”, disse.
Para o médico é necessário investir em infraestrutura e em recursos humanos ao mesmo tempo, pois não é possível se obter bons resultados se os dois setores não apresentarem condições para tal.
Um plano de cargos e carreiras também é reivindicado pelos profissionais, que almejam que as gratificações sejam incorporadas no salário base. A média salarial para um médico que trabalha por 20 horas no setor público está em R$ 2.300, segundo o Sinmed.
Em Mato Grosso do Sul há quatro mil médicos, sendo que 64% deles estão na capital e 64,1% atuam no SUS, de acordo com pesquisa do Conselho Federal de Medicina (CFM) que também aponta que o Estado ocupa o décimo sétimo lugar em números absolutos de médicos registrados em todo o país (388.015) e o décimo em termos proporcionais pelo número de habitantes.
Para a coordenadora do Conselho Municipal de Saúde, Giane França Alvarez, também é importante investir em políticas públicas. “Precisamos equipar os postos, contratar pessoal, mas as políticas públicas para o SUS é uma caminhada muito longa. A atenção básica é onde precisa mais e a principal reclamação é a falta de profissional”, lamentou.
Sandra Luges, diarista de 31 anos, usuária do posto do bairro Tiradentes reclama que para marcar consultas, na maioria das vezes, demora mais de um mês. “Tanto para marcar adulto quanto criança. Marquei há mais de um mês essa consulta de hoje”, lamentou, acompanhada de sua filha Mariana, de um ano.
Minamar Junior
Quanto à infraestrutura, só em Campo Grande, segundo a assessoria de imprensa da prefeitura, há 28 Unidades Básicas de Saúde, outras 34 Unidades Básicas de Saúde da Família. Mais seis Policlínicas Odontológicas, cinco Centros de Atenção Psicossocial, seis Centros Regionais de Saúde com atendimento 24 horas e três Unidades de Pronto Atendimento. Além dos Hospitais Regional, Universitário e Santa Casa.
 

"A POBREZA MATA MAIS QUE A BACTÉRIA"

ENTREVISTA QUE ESTAVA GUARDADA AQUI  - REPASSANDO
 
Revista Época
 
A carioca Vera Cordeiro não se conformava com e perceber que seus pacientes no Hospital da Lagoa, no Rio de Janeiro, recebiam alta e voltava a se internar com os mesmos problemas de saúde, por falta de estrutura familiar. Para acabar com essa rotina, ela fundou, em 1991, a ONG Associação Saúde Criança Renascer – que, apesar do nome, não tem nenhuma ligação com a igreja Renascer. Aos leitores de ÉPOCA, ela explica como já conseguiu ajudar mais de 20 mil crianças e seus familiares com ações simples, como arrumar emprego para os pais e financiar uma pequena reforma na casa do paciente.
 
ENTREVISTA
Vera Cordeiro
Daryan Dornelles
FORMAÇÃO Nascida no Rio de Janeiro, Vera Cordeiro tem 57 anos e se formou em Medicina pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, em 1975. É clínica-geral, com espe-cialização em nefrologia

CARREIRA Por três anos, Vera trabalhou num consultório particular para adultos. Atuou no núcleo de pediatria do Hospital da Lagoa, no Rio, por dez anos. Desde 1998, dedica-se exclusivamente às famílias da ONG Renascer, que ganhou em 2003 o prêmio de ONG mais inovadora do mundo da Global

Como a senhora começou a desenvolver um trabalho voluntário? Vera Lucia Graziani, São Paulo, SP
Vera Cordeiro – Sempre entendi que o que eu mais gostava na medicina era a relação médico–paciente, a compreensão das condições de vida para tratar a mesma patologia por diferentes caminhos, inclusive mudando o estilo de vida do paciente. Tive consultório particular durante três anos, no qual trabalhava com adultos. Mas isso não me apaixonava tanto. Quando fundei a Renascer, achava minha vida completamente louca. Apesar de viver na Barra da Tijuca e viajar para fora do Brasil, no dia seguinte, ao voltar da viagem, via uma mãe que pedia para eu criar o filho dela porque ele ia morrer se não ganhasse um leite especial porque tinha síndrome de rejeição. Ela estava internada, tinha sido demitida e não ia ter dinheiro quando saísse do hospital! Comecei a ver que não tinha sentido ter clínica particular. E que eu precisava encontrar um local para fazer um movimento para ajudar as crianças pós-alta. Como eu tinha um suporte financeiro, do dinheiro que eu ganhava no hospital mais o de meu marido – compreensivo, como minhas filhas –, tive a liberdade de trabalhar como voluntária. Era uma situação que me permitia ajudar crianças no pós-alta. As mães da classe baixa muitas vezes aceitam melhor a doença que as demais. O que elas não aceitam são as condições nas quais têm de conviver com a doença.
Trabalho no Hospital da Lagoa e acompanho o drama dessas famílias. Às vezes, tenho a sensação de que, por mais que se faça, nunca é o bastante. A senhora também sente isso? Virginia Wildhagen, Rio de Janeiro, RJ
Vera – Interessante. Queria saber em que setor do hospital a leitora trabalha, porque, na Renascer, ela veria que a situação é mais tranqüila. Quando as famílias chegam ao hospital, entendo que elas sintam mais sofrimento ainda, porque não estão vendo todas as ações que estão sendo feitas pela Renascer. A mãe com cinco filhos, todos com aids, percebe que nada que fizer vai ser suficiente, porque ela deveria ter estudado, ter um background que não teve. Trabalhar na Renascer é tão bom porque é justamente a sensação oposta. Quando as famílias chegam, vejo a cada dia, ouvindo as histórias delas, como elas vão ficando com auto-estima, se profissionalizando, vendo o próprio dinheiro, às vezes chorando de emoção quando vêem a própria casa reformada. Essa metodologia que a gente tem é extremamente poderosa. O Betinho (o sociólogo Herbert de Souza, 1935-1997) dizia que era impossível dar alta às pessoas que viviam abaixo da linha da pobreza num país como o Brasil. A gente diz que deu certo porque ouvimos a população, construindo uma metodologia social de baixo para cima. Não é da noite para o dia que se transformam as pessoas. Mas temos hoje certeza de que a família vai estar em outro patamar e, provavelmente, será capaz de prover o próprio sustento.

"Se você quer curar a pneumonia, tem de combater a miséria e a desnutrição"


O que a senhora chama de “falso tratamento” hospitalar? Ana Lúcia Minks, Rio do Sul, SC
Vera – O falso tratamento é tratar a pneumonia esquecendo que a causa não é a bactéria, mas sim a pobreza. Se você quer realmente curá-la, tem de trabalhar de outra forma. Porque daqui a pouco a criança vai ter desnutrição, com bronquite asmática. Os nomes da miséria vão ser traduzidos em vários, mas, se não a combater, esse ciclo de internação vai se perpetuar. Claro que outras doenças, como leucemia, não são causadas pela miséria. Mas uma criança que vive na Avenida Vieira Souto (em Ipanema, bairro nobre do Rio de Janeiro) vai ter muito mais chance de se recuperar que a que vive na favela. Foi trabalhando na pediatria do hospital, durante dez anos, que comecei a perceber isso. Prescrevia remédios, olhava para o rosto da mãe e via que ela não tinha nem condições de pagar o ônibus de volta para casa com o filho, que dirá comprar o remédio. E todo o dinheiro gasto nessa consulta pública, com seu e meu dinheiro, iria por água abaixo. Porque um mês depois essa criança estava de volta ao hospital. A doença é a ponta do iceberg.
Por que uma ONG consegue implementar essas ações e o sistema público não? O que falta para essas experiências chegarem ao Sistema Único de Saúde? Maurilho da Costa Silva, Rio Branco, AC
Vera – O melhor dos mundos é a interação entre empresas, instituições da sociedade civil e governos sérios. Só um governo pode dar uma escala continental a um projeto. É um delírio ONG tomar conta de saúde. Só que muitas vezes o governo não ouve a população. As organizações sérias do setor cidadão são mais eficientes porque sabem dos problemas de seu público. Só que ela não tem os recursos humanos e materiais para oferecer um serviço em grande escala. Eu já estive conversando com algumas instâncias de governo. Mas foi preciso ter um facilitador externo, uma organização chamada Avina (ONG suíça), para juntar o Estado de São Paulo. O que falta é intercomunicação com os vários setores nos sistemas públicos. Ainda assim, a metodologia da Renascer já se multiplicou por 22 hospitais públicos no Brasil.
A filantropia, embora fundamental, não torna governo e empresas ainda mais acomodados? Moisés Marock, São Luís, MA
Vera – Os governos, bons ou ruins, têm de ser fiscalizados pelo cidadão. O fato de ele pagar impostos não o exime da necessidade de se fazer presente numa instituição séria da área de seu interesse. Nos países de Primeiro Mundo, onde os impostos são mais bem empregados, existe uma cultura de voluntariado! Por que aqui essa cultura não pode existir?
 
 

MESTRE DEJOURS - JULHO em BRASÍLIA


 
Desafios e

tendências do trabalhar





Atenção: Últimas vagas livres para inscrição


A II Jornada de Ergonomia e Psicodinâmica do Trabalho se debruça nos desafios e tendências atuais do trabalho no campo tecnológico, a partir de um diálogo entre a ergonomia e a psicodinâmica do trabalho. Nos últimos anos a formação na área tecnológica tem sido alvo de investimento no Brasil e os desafios do trabalho nesse campo convocam a ergonomia e a psicodinâmica do trabalho a fornecerem estratégias teóricas e metodológicas para o trabalho de homens e mulheres na área tecnológica.


Os aspectos teóricos e metodológicos do campo da ergonomia foram abordados na I Jornada de Ergonomia promovida pela Faculdade de Tecnologia e seu Núcleo de Produção, que ocorreu em 2012 e possibilitou uma abordagem em relação ao ambiente fisico de trabalho e os problemas de saúde dos trabalhadores no campo da engenharia. Nesta II jornada, a Ergonomia se alia a Psicodinâmica do Trabalho para discutir as novas formas de gestão contemporânea e as diversas formas de organização do trabalho tecnológico, bem como as vivências de prazer e sofrimento nesse campo.



 




Universidade de Brasília
Faculdade de Tecnologia
Auditório Roberto Salmeron

 


    

Programação


 
8 Julho
9 Julho
8h15-8h45
Mesa de Abertura
 
9h00-10h15
Conferência
As novas formas de organização do trabalho e a saúde do trabalhador
Christophe Dejours
CNAM-Paris
Conferência
Ergonomia, cognição e novas tecnologias
Julia Abrahão
(UnB/USP)
10h30-11h20
Mesa Redonda
Ergonomia e psicodinâmica do trabalho na formação em engenharia e na gestão
Laerte Idal Sznelwar (USP); Francisco de Paula Antunes Lima  (UFMG); José Roberto Heloani (UNICAMP)
Mesa Redonda
Avaliacão no trabalho: desafios contemporâneos
Elisabeth Rossi (IESB); Seiji Uchida (FGV);
Luciano Pereira (FAMCAMP)
11h30-12h20
Mesa Redonda
Risco e segurança no trabalho: diferentes olhares
Helton Santana (PETROBRAS); Paulo Reis (CNI); José Marçal Jackson Filho (FUNDACENTRO)
Mesa Redonda
Saúde mental no trabalho
Selma Lancman (USP); Heliete Karam; Katia Tarouquella Brasil (UCB)
12h30-14h30
Almoço
14h30-16h00
Oficinas
Segurança e mineração

 
Transtornos mentais e psicossomáticos no trabalho I
Francilene M. de Melo e Silva (Hospital Ophir Loyola);
Laura Câmara Lima  (UNIFESP)
Oficinas
Ergonomia e projetos de aviões
Mateus Miranda  (UnB Gama)
 
Trabalho na construção civil: Diálogos com a PdT
Claudio Henrique Pereira (UnB); Valerie Ganem (Univ. Paris XIII)
 
16h00-16h30
Pausa Café
16h30-18h00
Oficinas
Gestão de Acidentes de Trabalho
Paulo Reis (CNI)
 
Trabalho e sustentabilidade
Cláudio Brunoro  (USP)
 
Oficinas
Transtornos mentais e psicossomáticos no trabalho II
Francilene M. de Melo e Silva (Hospital Ophir Loyola);
Laura Câmara Lima  (UNIFESP)

Usabilidade e transporte público
Martha Veras (UnB); Evaldo Cesar (UnB)
 

                                 

ASSASSINATOS DE JORNALISTAS E DONOS DE SITES NO ESTADO "Morreram por denunciar corrupção no estado"

 
Por: Israel Espíndola - 26/06/2013

O que os três têm em comum? Os três morreram por denunciar as falcatruas que acontecem nos bastidores de nosso estado, tanto na segurança pública quanto dos poderosos políticos.

Ambos informavam através de sites e jornais impressos o que realmente o povo precisa saber e o que ganharam a fama de serem polêmicos.

Paulo Rocaro, ex-policial, o jornalista era editor-chefe do Jornal da Praça e diretor do site Mercosul News. Em 2002, publicou o livro “A Tempestade – Quando o crime assume a lei para manter a ordem”. A obra fala de pistolagem e da conivência policial num território dominado pelo tráfico.

Foi morto em 12 de fevereiro de 2012 em Ponta Porã (MS), baleado por uma dupla de motocicleta.

Eduardo Carvalho, policial militar aposentado, morreu em 21 de novembro de 2012, dono do jornal UH News, Carvalhinho era conhecido por divulgar matérias policiais e bastidores da política. Eduardo foi executado em frente de casa, no bairro Giocondo Orsi, em Campo Grande (MS).

E no início da noite desta última terça-feira (25), foi a vez de Paulo Magalhães, delegado aposentado, era dono do blog Brasil Verdade.

O delegado aposentado era conhecido por uma carreira conturbada. O site e a ong Brasil verdade eram o espaço onde fazia denúncias contra diferentes órgãos e autoridades, da Polícia Civil à Justiça Federal.

Mais um ponto em comum, os três foram mortos por pistoleiros que estavam em motocicletas, sem qualquer chance de defesa. 
 
 
Outras notícias:
 
07/05/2013 15:25

Empresário mandou matar jornalista Paulo Rocaro por motivos políticos, afirma polícia

 
Mayara Sá
 
 
Motivo político seria a causa da morte do jornalista Paulo Rocaro, assassinado em uma emboscada em 12 de fevereiro de 2012. Em uma coletiva direcionada à imprensa, o delegado responsável pelo inquérito sobre a morte do jornalista, Odorico Mendonça, informou que o mandante do crime foi o empresário Cláudio Rodrigues de Souza.
Conforme foi apurado, o problema foi uma disputa interna dentro do Partido dos Trabalhadores. Paulo Rocaro e Cláudio Rodrigues teriam tido uma discussão e o jornalista afirmado que realizaria matérias com o intuito de expor a ficha criminal de ‘Claudinho’ e de como o crime organizado estaria trabalhando para se infiltrar no ramo da política na fronteira.
O mandante contratou Luciano Rodrigues de Souza e Hugo Estancarte para executarem Paulo Rocaro. E na noite de 12 de fevereiro, quando o jornalista dirigia um Fiat Idea pela avenida Brasil cinco, dos doze tiros disparados o atingiram. Ele chegou a ser socorrido, mas não resistiu aos ferimentos.
Na coletiva, o delegado disse que em maio de 2012 já se sabia quem eram os executores e o mandante, mas o Judiciário entendeu que as provas ainda eram frágeis, necessitando ser mais consistentes. Por isso, a divulgação só agora.
O delegado lembrou que quando se trata de crime de pistolagem, não basta chegar aos executores, é necessário descobrir o mandante e que o empenho de todos, policiais, peritos, delegados, foi de grande importância para a investigação.
Poder e Política
As investigações começaram a partir dos últimos passos da vítima. “Iniciando pelos últimos passos da vítima chegamos ao motivo do crime que era as eleições de 2012. Em seus últimos dias de vida, Rocaro participou de várias reuniões políticas até o encontro com um de seus opositores, que apesar de estar no mesmo partido, tentava lançar candidatura à prefeitura pelo PT. Nessa disputa, dois nomes se destacaram dentro do partido, sendo do ex-prefeito Vagner Piantoni e da advogada Sudalene Machado Rodrigues, onde a campanha a favor de Piantoni era dirigida por Paulo Rocaro e a da Sudalene, pelo seu esposo Cláudio Rodrigues e Souza", informou o delegado na coletiva.
A intenção do grupo liderado por Rocaro era de suprimir as prévias do PT. Descontente com o fato, Claudio Rodrigues de Souza procurou a vítima na véspera do crime. Eles discutiram e o jornalista afirmou que realizaria algumas matérias com o intuito de expor a ficha criminal de Claudinho e de como o crime organizado estaria trabalhando para se infiltrar no ramo da política na fronteira. Foi aí que foi decidido a morte do jornalista, informou o delegado.
Há gravações, segundo a polícia, onde Cláudio Rodrigues afirma que seu sonho era ganhar uma eleição em Ponta Porã. As conversas foram gravadas por ele mesmo, já que isso era do seu hábito gravar todas as conversas, tanto com seus comparsas, quanto com políticos e jornalistas. O gravador foi apreendido durante busca e apreensão em seu comércio.
"Nesses diálogos, Claúdio Rodrigues diz que vai torturar determinada pessoa, comenta obre o homicídio, brinca com um político a respeito de mandar matar o Paulo Rocaro de forma irônica, intimidação de outro político e testemunha do caso", falou o delegado.
Divulgação
À direita, Paulo Rocaro e à esquerda Cláudio Rodrigues e a esposa Sudalene
Odorico disse que os executores eram "cupinchas" de Cláudio Rodrigues, sendo de sua inteira confiança. "Em relação ao mandante e aos executores não resta nenhuma dúvida", concluiu o delegado Odorico Mesquita. (Com informações do Cone Sul News)
 
 

Após denúncias contra autoridades, dono do site Última Hora News é assassinado no MS

Redação Portal IMPRENSA | 22/11/2012 10:00

 
Atualizada às 13h50

Na madrugada desta quinta-feira (22/11), o dono de um jornal eletrônico 
Última Hora News, de Campo Grande (MS), o jornalista Eduardo Carvalho, foi executado em frente à sua casa, informou o portal Terra. 

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Crédito:Reprodução/Facebook
Jornalista foi morto na frente de sua casa

Ele saía da residência em uma moto quando foi baleado por dois homens também em uma motocicleta por volta das 22h40. O jornalista, que era policial militar aposentado, morreu na hora.

Testemunhas disseram que minutos depois dos disparos, os dois assassinos voltaram ao local do crime para conferir se a vítima estava de fato morta. Até o momento não há informações de suspeitos nem a possível motivação do crime.

De acordo com o próprio última Hora News, ao fugir, os bandidos deixaram cair um carregador com munições calibre 45, a mesma usada contra o jornalista. O material foi encontrado pela polícia, próximo ao local do crime.

Em seu site, Carvalho escrevia diversos artigos com denúncias sobre o envolvimento de autoridades políticas e policiais em atividades irregulares. As acusações, geralmente, eram baseadas em informações de bastidores.

O corpo do jornalista será velado na Pax Brasil, na rua Bandeirantes, 801, em Campo Grande, a partir das 15 horas.

IMPRENSA procurou funcionários do site, mas não obteve retorno.