quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Felicidade...Sociedade da Decepção...Consumismo..

Abaixo, uma entrevista bacana que guardei, de um importante filósofo. Ele fala sobre Felicidade...Sociedade da Decepção...Consumismo...

Relembrando..



22/10/2010 | 12h20
Felicidade não se compra, afirma o filósofo francês Gilles Lipovetsky

Intelectual diz que vivemos uma mistura de decepção, frustração e ansiedade

CARLINHOS SANTOS
carlinhos.santos@pioneiro.com

O que fazer com uma sociedade que tolhe o desejo, mas ao mesmo tempo alimenta o consumo sôfrega e vertiginosamente? O filósofo francês Gilles Lipovetsky olha para esse e outros paradoxos pensando no humanismo, apostando numa ética de formação, que salvaguarde um futuro mais equilibrado do planeta.

Um dos nomes fundamentais do pensamento contemporâneo, ao abordar questões em torno da política, psicologia, moda, luxo e comportamento, o filósofo francês Gilles Lipovetsky passou pelo Estado. No fim de setembro, ele esteve em Caxias do Sul.

Lipovetsky é autor de livros como Do Luxo Sagrado ao Luxo Democrático, Era do Vazio: Ensaios Sobre o Individualismo Contemporâneo, O Império do Efêmero: a Moda e Seu Destino nas Sociedades Modernas.

Pergunta – Por que vivemos na sociedade da decepção?Gilles Lipovetsky – A decepção não é um fenômeno próprio só de nossa sociedade, ela acompanha a condição humana. As sociedades modernas individualistas possibilitaram um sonho de uma felicidade crescente para todos. A democracia abriu caminho para o mito da felicidade coletiva. A sociedade de consumo propõe, incessantemente, novos desejos. Podemos e queremos cada vez mais. Nas sociedades tradicionais, havia a infelicidade, claro, mas ela era ligada a Deus, à ordem das coisas. Agora, sofremos por não ter nossos desejos satisfeitos e não compreendemos por que não somos felizes. Não conseguimos alcançar tudo. A vida privada se tornou muito complicada. Antes, casamentos eram arranjados e casava-se para a vida toda. Isso não significava que as pessoas eram felizes, mas era assim. Hoje, você vive com alguém que escolheu. Numa sociedade que reconhece o amor como o princípio da vida em comum, temos aí um fator de decepção. Não podemos amar sempre. Há também a vida profissional, que exige coisas que você não pode cumprir. Ou, às vezes, essa vida profissional é uma rotina. E a globalização cria condições intensas de competição, exigências. Nem todos se saem bem. Assistimos então a uma mistura de decepção, frustração e ansiedade. Na sociedade individualista, cada um assume os seus fracassos.

Pergunta – O consumismo acirra isso?Lipovetsky – A sociedade do consumo é uma lógica que penetra e reestrutura a economia, a vida social e profissional. O homem é um ser falante. Ouvir e falar são uma constante, utilizamos a linguagem permanentemente. Mas, hoje, com as psicoterapias, pagamos para falar e para que nos ouçam. A sociedade do hiperconsumo é a em que os gestos mais elementares são estimulados pela lógica mercantil nos setores mais variados. As pessoas compram muito. O crescimento hoje é impulsionado pelo consumo. Se não houver consumo, há um colapso da economia. Isso abalou, transtornou a sociedade.

Pergunta – Situação que deriva num individualismo exacerbado?Lipovetsky – Sem dúvida, mas o individualismo não é produto único do consumo. A dinâmica individualista é filha da democracia. A sociedade de consumo tem como ideal a felicidade privada, as satisfações permanentes. Tudo isso mudou nossa visão da vida, derrubou os últimos vestígios das tradições. Cada um se toma o centro, cada um busca a felicidade, o bem-estar. Marx dizia que o capitalismo era revolucionário porque mudava o tempo todo a vida social. E ele tinha razão. Mas o capitalismo de consumo levou isso adiante, mudou a relação com a religião e a própria vida.

Pergunta – Como a moda e o consumo do luxo se inserem nesse contexto?Lipovetsky – A moda, o luxo, o consumo e o lazer são a visão materialista da felicidade, como se ela pudesse nos ser proporcionada pelo mercado. Isso é parcialmente verdadeiro. Sem dúvida, proporciona prazeres. Mas esses prazeres são a felicidade? Não! Você pode viver num palácio, ter um carrão, mas ter problemas com os filhos, no trabalho, ser infeliz. Os objetos de consumo vão proporcionar algum sentimento de evasão, mas não trarão paz, harmonia. Consumir não basta. A felicidade exige outra coisa, principalmente na relação com os outros e consigo. Quem entendeu isso faz política, se engaja em associações. É possível ter satisfação ajudando os outros, as crianças, sentindo-se útil, lutando pela ecologia. Isso não é consumo. O homem não pode se reduzir a um consumidor.

Pergunta – Qual a nova ética possível?Lipovetsky – O que esta sociedade exige, mas há um longo caminho para dar aos seres humanos instrumentos para que o consumo não seja tudo. Se você não tiver ferramentas culturais, profissionais, resta-lhe apenas o consumo. Se você não sabe o que fazer, liga a TV, vai ao supermercado comprar, não tem mais nada na vida. A ética que deveria ser desenvolvida é a da formação. É um ideal humanista, simplesmente. Os pais formam filhos para realizar algo. Precisamos oferecer uma formação melhor às pessoas e, talvez, também mudar a gestão das empresas para que a competitividade não destrua totalmente o ser humano. Ela pode ser uma ferramenta para o progresso, não uma finalidade. Devemos buscar equilíbrio entre mercado e estado, economia e ecologia, consumidor e produtor, vida privada e profissional.

Pergunta – As redes sociais contribuem para o espírito da solidariedade?Lipovetsky – De fato, Internet, Facebook e redes sociais permitem uma conectividade entre pessoas que não se conhecem. Mas não devemos ser ingênuos. Esta comunicação planetária não elimina os conflitos. Se você é palestino, pode se conectar, encontrar um israelense que mora a dois quilômetros, mas que não vê o mundo do mesmo modo. Não devemos pensar que, com todo mundo comunicando, tudo irá se unificar. Existem conflitos que se mantêm. Sem formação, a comunicação é um simulacro. Não sou hostil à Internet, mas não devemos esperar tudo dela. Devemos investir na formação para termos uma humanidade mais rica, para que essa ferramenta seja utilizada ao máximo. (Dia desses) Olhei um site das notícias mais lidas. Era sobre o casamento da Beyoncé. Isso não é o melhor a se esperar da Internet. Ela terá toda sua potencialidade se as pessoas souberem utilizá-la.

Pergunta – Como fica o Brasil neste cenário de transformações?
Lipovetsky – O Brasil é uma enorme nação, tem um futuro considerável. Isso não é uma grande novidade. Ele faz parte das nações do futuro e, para enfrentar a globalização, o melhor é investir na formação. O Brasil tem enorme potencial, mas tem desigualdade econômicas e sociais excessivas. Estamos indo rumo a uma nação segura de si mesma quando há desigualdades demais? A resposta provavelmente é não. Voltamos às frustrações e insatisfações extremas. A sociedade brasileira poderia ser melhor. A harmonia é um ideal. As desigualdades não são condenáveis, mas, excessivas, criam o caos. Será que o Brasil caminha rumo à sociedade dos condomínios, em que só os ricos têm dinheiro, ficam seguros entrincheirados, e azar dos outros?! Este não é o ideal de uma sociedade, mostra que as pessoas não estão tranquilas e que o próximo é um perigo. Não é uma boa solução viver assim. A grande questão é perpetuar a competitividade que não destrua a solidariedade e reduza as desigualdades. Precisamos investir na formação para todos, não só para os que possam pagar.

FONTE: http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/vida-e-estilo/donna/noticia/2010/10/felicidade-nao-se-compra-afirma-o-filosofo-frances-gilles-lipovetsky-3082515.html

A INVERSÃO DOS INVESTIMENTOS EM SAÚDE- Elucubrações

O nosso atual secretário de saúde do município, explanando na câmara dos vereadores essa semana sobre a caótica situação que a saúde enfrenta, principalmente relacionado a Dengue, e não só a ela, como a própria situação da urgência e emergência, saúde mental, etc, fez algumas denúncias citando a “fresca” gestão passada.

Entre elas, as más condições de armazenamento de medicamentos, depredação de ambulâncias, aquisição de materiais superfaturados e falta de infraestrutura nas 94 unidades de saúde de Campo Grande”

Ele falou até de motor de ambulância que foi surrupiado na gestão passada.

(E quem não se lembra da declaração do prefeito eleito do dia 19/02, na mesma câmara dos vereadores, dizendo que a gestão passada deixou um débito de “apenas” 300 mil)...

Picuinhas a parte, pois sabemos que tudo acabará em pizza mesmo, outro interessante momento da fala do secretário foi a constatação de que:

...em relação ao foco do investimento na Sesau. “Devemos prevenir e não gastar tanto em média e alta complexidade. Atualmente, apenas 13% dos recursos são repassados para prevenção”.

Quando ele fala em investir na prevenção, ele está falando em investir na Atenção Básica, do qual, segundo a política do SUS é responsável por 85% dos problemas de saúde das pessoas, de um território.

Mas por que a gestão passada inverteu toda a lógica que se preconiza no SUS, deixando de lado a Atenção Básica do município, priorizando a média e alta média complexidade (UPA´S, CRS´s, CAPS´s, CEM, Hospitais e Urgências e Emergências), como relatou o secretário atual de saúde?

É uma questão bem “grande” essa.

Na minha singela opinião, uma explicação possível, nós vimos essa semana, nas notícias que nos arrebataram:

Em um Hospital, e/ou lugares como: urgências e emergências (alta e média complexidade em saúde), são locais “fechados”, verdadeiras “caixas-pretas”. Lá, existe desde “médicos fantasmas”, que trabalham em mais 4 outros estabelecimentos de saúde no mesmo horário, a até mesmo “médicas assassinas”, que para “desopilarem” a UTI, friamente, e sem nenhum “remorso” (o papel de gestora dela é esse mesmo – fazer o “negócio andar”), desliga equipamentos e injeta medicações, que matam pessoas que poderiam tranquilamente ainda mais em um hospital, ter uma sobrevida.

Outra fácil “explicação” para tudo isso, é que em um posto de saúde (Atenção Básica – a “baixa complexidade” em saúde), apenas a “ralé”, as pessoas que vivem nas periferias, é que fazem uso desse tipo de prestação de serviço público. Nós, não precisamos, pois nós temos a UNIMED. Sossegado?

Mais ou menos.

Um exemplo simples: e se acontece algum acidente automobilístico comigo, e eu estiver sozinho, impossibilitado em minha autonomia? Para onde o SAMU irá me levar? Com certeza, será para um hospital, como a emergência de uma Santa Casa, ou mesmo de um UPA. Então prioriza-se setores da saúde, onde pessoas de classe sociais mais privilegiadas também fazem uso. E para a “ralé” (a maior, senão boa parte, da população) os nossos “póstinhos de saúde”.

Assim, acho muito válida a ideia que o DR. Dráuzio Verella não cansa de recitar: “política pública voltada apenas para pobre, não funciona aqui”.
 
prestacao+contas+saude+vira+palco+discussao+politica+
camara+municipal.html

Até UNIMED sendo investigada

Até a UNIMED aqui sendo investigada por conta desse escândalo da carga horária dos médicos que também são os professores do HU – Hospital Universitário...

Abaixo a notícia.


PF recolhe documentos na Unimed para investigação sobre médicos

Francisco Júnior

A Polícia Federal apreendeu documentos e arquivos de computadores na sede do plano de saúde Unimed, no bairro Jardim dos Estados, em Campo Grande. A operação foi em cumprimento de mandados de busca e apreensão nesta terça-feira.

O Campo Grande News apurou que duas viaturas da Polícia Federal chegaram com cerca de 10 agentes armados que passaram em torno de 4h vistoriando e apreendendo documentos na sala de TI (Tecnologia da Informação) da unidade. Os arquivos recolhidos fazem parte da investigação do MPF (Ministério Público Federal) sobre a carga horária de médicos cooperados, que deveriam ter dedicação exclusiva ao Hospital Universitário.

Fiscalização feita pelo Tribunal de Contas da União em 2007 constatou que diversos médicos estavam atendendo em clínicas ou consultórios particulares durante o horário de expediente no hospital público.

Da investigação, foi firmado um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) entre MPF, UFMS e Advocacia-Geral da União, determinando que deveria ser instalado um sistema eletrônico no Hospital Universitário para o controle da frequência dos servidores médicos administrativos. Pelo termo, a universidade também deveria afixar uma relação de escala de trabalho dos médicos, indicando inclusive as entidades que poderão receber reclamações se for constatada ausência destes profissionais.

Em nota, a assessoria de imprensa da Unimed, confirmou que a instituição recebeu a Polícia Federal para o cumprimento de mandado de busca e apreensão e que fornecendo dados referentes aos atendimentos médicos realizados em anos anteriores.

A instituição ainda afirmou em nota que a entrega de documentos é parte de um inquérito no qual não consta como parte envolvida. E que não poderia dar mais detalhes, porque os dados estão sob sigilo.

http://www.campograndenews.com.br/cidades/capital/pf-recolhe-documentos-na-unimed-para-investigacao-sobre-medicos

"O SUS é uma vaca magra Cheio de carapatos gordos que não largam"


Abaixo, o restante dos comentários sobre a matéria da postagem passada.

Demonstrando esplendidos aspectos, dentre eles: não somos tão idiotas, quanto pensam que somos...



27/02/13 17:18
Maria Rosa
Enquanto isso, o povo vai morrendo por falta de atendimento médico. Quando é que esses desmandos vão acabar?

27/02/13 17:00
Antonio Cantanhede
Tem dinheiro para salário de fantasmas e para os interesses particulares, mas para os interesses do povo, nunca tem dinheiro.

27/02/13 16:49
Gláucia
Incrível a desonestidade em mão dupla na reportagem; O diretor do HR funcionário fantasma do HU. E o diretor do HU com todas estas horas no HR. Somente nossas autoridades não vêem estes absurdos.

27/02/13 16:48
morfeu
É isto ai Ronaldo, a casa vai caindo, quando descobrirem sobre a lavanderia, sobre os ventiladores, monitores etc... de suas viagens para acertos em São Paulo ai a casa vai despencar. Estou perto na casamata pois seu tombo vai ser feio. O SUS é uma vaca magra Cheio de carapatos gordos que não largam, você e o Dorça são exemplos claros do que leva a nossa saude a situação que está.



27/02/13 15:40
Roberto nunes
O PROFISSIONAL MEDICO, DE 20 ANOS PARA CA, SEU TORNOU UMA ESPECIE DE MERCENARIOS. OLHA O PREJUIZO! QUE ELES DÃO PARA POPULAÇÕ EM RELAÇÃO A SAÚDE. ESSE MEDICO TEM CARA DE SER UM PARASITA DAQUELES ENORMES.
27/02/13 15:37
Márcio Pereira
Conivência de todos.. reitoria da ufms, governador... generalizou a bagunça! Onde está o ministério público? Cansei! O último que sair apague a luz!
27/02/13 14:59
larama lopes
ATÉ QUANDO A MÁFIA DE BRANCO (cruel, insensível, corrupta e mortífera, diga-se)?! SERÁ QUE O GESTOR RESPONSÁVEL É CÚMPLICE? SÓ PODE. MAS CREIA: NÃO PERMANECERÁ ASSIM, NEM AQUI, NEM EM CTBA, NEM EM LUGAR ALGUM.
27/02/13 14:46
Marcos
Isso tem uma cara de quem trabalha....
27/02/13 14:37
edmilson ribas
me engana que eu gosto
27/02/13 14:01
marcos
Sou funcionario da saude, a realidade desse hpspital e triste o diretor nao ta nem ai que diga os pacientes.
27/02/13 14:00
altamir
Por isso a saude ta desse jeito, esses hospitais sao comandadas por quadrilheiros q roubam o dinheiro da saude e ninguem faz nada.
27/02/13 12:54
Guilherme Luiz
Ele como Diretor deve cumpri carga horário, estar presente e ser responsabilizado se for o caso. Essa historia de que faço a hora onde e como eu quiser não funciona pois ele poderia estar em sua casa comendo um churrasquinho e alegar que tava trabalhando. Se não da conta de ser diretor deve abandonar o cargo pois o acumulo de cargo deve ta ruim para ele.
27/02/13 12:33
natalino
No final virao governador para construirem aquario.
27/02/13 12:30
paulo roberto
Olha a carinha dele rindo de todos nós trouxas, me lembra um certo LULA...
27/02/13 12:25
maria.
isso poderia ser resolvido se todos,independente do cargo,da profissao..fizessem o mesmo q nós fazemos todos os dias..bater o cartao digital..e quando da algum erro no fechamento do mes,temos q mostrar os comprovantes impressos na hora da batida,azar se nao achar..falta mesmo.JA ELES NAO TEM ESTA OBRIGAÇÃO.DIRETORES,MEDICOS.ETC.NO REGIONAL TA CHEIO DE FANTASMINHA CAMARADA!e a noite??nunca o vi..kk
27/02/13 11:43
Vitor
Realmente é fantasma, pois o próprio falou que trabalha "a noite" e finais de semana e pelo que sei através dos filmes de terror, fantasma assombra a noite, ou seja, cumpre expediente de noite...
27/02/13 11:32
Gina
Finalmente a imprensa colocou a boca no trambone e denunciou as improbidades dos Diretores do Hu e Regional e se pesquisarem a fundo vão descobrir mais coisas ainda. Tenho certeza de que as denuncias publicadas são veridicas Dr. Ronaldo nunca colocou os pés no HU.
27/02/13 11:03
marcio
Duvido q esse cara trabalhe de verdade. Otário quem acredita nele.
27/02/13 11:00
jose santos
cade o Ministerio Publico, estao calado ou rabo preso
27/02/13 10:32
Ana Pettengill
Ja esta na hora de moralisar o funcionalismo. A saude nao pode sofrer.
27/02/13 10:22
PAULO CEZANNI
E ainda faz sindicâncias de acúmulos de cargos de servidores que comparecem ao trabalho no hospital Regional. Esses gestores são tão engraçados! RSRS. Se mantem na capa de moralistas mas recebem salários há meses sem trabalhar. Última pergunta ao ministério público? Pq eles não batem cartão de ponto? Essa seria a solução.
27/02/13 10:21
Felipe Salinas
Eita farra com o dinheiro público; até quando que veremos estas estupidez no nosso estado, será que já não passou da hora de uma intervenção federal???
27/02/13 09:58
Marcos Paulo Hypollito
Esse ai aprendeu rápido como funciona a malandragem na fazenda chamada MS. Foi chutado de Lins, onde responde inúmeros processos por má gestão do dinheiro público e chegou aqui com pompa, recebeu o título de cidadão campograndense, e agora tá com a boca em todas as tetas por onde jorra o dinheiro público. Você deveria se envergonhar do caos no atendimento que está o regional. Volte pra Lins já !
27/02/13 09:51
jorge oliveira
Lamentável a gente assistir uma coisa dessas com tantos problemas no hospital a serem resolvidos. Duvido que esse médico trabalha a noite e finais de semana. Vou lá aos sábados e domingos me certificar disso, pra ver se é verdade mesmo. Acredito que além de tudo ele é um mentiroso!!!
27/02/13 09:51
Lucia Martins Coelho
Faz me rir, Ronaldo. Se nem no Hospital Regional onde deveria cumprir expediente, afinal é o ordenador de despesas, vai dizer que trabalha à noite no HU ? Numa conta rápida, diz que trabalha quase 120 horas semanais ? É conversa fiada pura. Nunca ouvi falar que pneumologista faz exame de polissonografia, isso é especialidade de neurologista, seu charlatão. Quero ver a maçonaria livrar sua cara !!!
27/02/13 09:46
Lucia Gomes
Nossa!!! Esse médico é um exemplo de trabalhador, trabalha mais de 60 horas por semana, é o empregado que toda empresa deseja ter, ele não dorme, não se alimenta, ele deve ter uma fórmula mágica para viver dessa maneira, ou então ele tem um clone e se apresenta em dois lugares ao mesmo tempo
27/02/13 09:43
eduardo luis do carmo
Ahhã... Mande esse individuo cumprir sua jornada de trabalho ou que se torne fantasma mesmo... sumindo do mapa... Eita povinho esse tal de brasileiro...
27/02/13 09:40
Gilmar dos Santos
hehe ta de brincadeira né.. um DIRETOR-GERAL, q é a pessoa q controla e faz "organização" andar, trabalhar somente 20 horas semanais o q daria 4 horas de segunda a sexta, por isso nossa saude esta deste jeito, a pessoa responsavel por fiscalizar quem deveria trabalhar, não esta trabalhando... elele esse é nosso Pais...
27/02/13 09:27
Waldemir Souza Chaves
VCS NÃO SABEM DA MISSA A METADE ROLA MUITA GRANA,O RONALDO PERCHES E UM LARAPIO POUSA DE BONZINHO E NA VERDADE E UM VERDADEIRO TRANQUEIRA ELE O MAURO SO ROBAM COM ALUGUEL DE EQUIPAMENTOS, ALUGUEL DE ALMOXARIFADO MPE OU MPF AJUDENOS ACABAR COM A MAFIA DA SAUDE AQUI NO REGIONAL.
27/02/13 09:11
osvaldo nunes barbosa
A UFMS perdeu toda credibilidade como INSTITUIÇÂO PÚBLICA, hoje ela é um ente particular que administra recursos publicos - têm dono. Nossos senadores estão dando um tiro no PÉ ao proteger as várias quradrila, desde um simples desvio de combustivel a compra e desvio de equipamentos para as clinicas particulares. SENADORES DO MS, temos que fazer o mesmo que ocorreu na Federal do RS....
27/02/13 09:08
luis
hahahahahah! Conta outra,,kkkk
27/02/13 08:47
cidadão fiscal
Hummmmm, não mexe, pode cheirar muito mal....Cuidado, Santa Casa Tambem... e cooperativismo ......


O EXEMPLO SEMPRE DE CIMA


Sobre esses MÉDICOS-POLÍTICOS-FAZENDEIROS-EMPRESÁRIOS-GESTORES que temos por aqui (e nesse caso abaixo, os citados são também professores universitários, os considerados:"os caras" da faculdade de medicina).

Dizem que o salário que alguns deles tem, somando somente a folha de pagamento pública (federal+estadual+municipal), chega a mais de 100 MIL por mês, fácil, fácil. Isso sem contar a renda dos hospitais e clínicas particulares, dos quais também são donos. Isso sem contar com a renda das fazendas... Isso sem contar com as licitações...

Enfim, tudo isso em um cenário em que o Agente Comunitário de Saúde ganha, "male-má" 600 reais por mês...

Abaixo uma matéria na íntegra, sobre um exemplo clássico do que ocorre na saúde pública, em inúmeros lugares e não somente aqui.

E quem deveria estar dando exemplo, muitas vezes é o primeiro a viver uma vida pública no maior “DESBUNDE” total..

Salve a Meritocracia (nesse caso bem expertise) no qual todos vivemos por aqui...

(Com alguns comentários da matéria)

Transparência

27/02/2013 08:24

Acusado de ser ‘fantasma’ no HU, diretor do Regional diz trabalhar à noite e fim de semana

Pio Redondo
A reportagem do Midiamax recebeu denúncia de um leitor – anônima, frise-se- dando conta de que o presidente da Fundação de Saúde do MS, e diretor-geral do Hospital Regional (HR), o médico Ronaldo Perches Queiroz, era servidor “fantasma” do Hospital Universitário da UFMS (HU), de Campo Grande.

Procurados pela reportagem, tanto Ronaldo Perches quanto a direção do HU confirmaram que o expediente dele no hospital é de 20 horas semanais.

No entanto, com informações divergentes, o próprio Perches admite que“não tem hora, e nem lugar” para trabalhar em projetos que estão em fase de organização.

A assessoria do HU informou que Perches trabalha 10 horas semanais (duas noites de 5 horas) em um serviço ainda em implantação, a Polissonografia, relativa aos distúrbios do Sono.

O serviço está em fase de implantação, ainda sem condições de atendimento ao público, está em fase de elaboração dos protocolos, treinamento de pessoal técnico e finalização da instalação de equipamentos. É possível que esteja em pleno funcionamento a partir de meados de março”, informa a assessoria.

Perches, ao contrário, informou uma jornada de trabalho diferente. “A carga horária foi dividida em 12 horas dedicadas à pneumologia, onde estarei trabalhando à noite no Laboratório de Medicina do Sono, em fase de organização, planejamento e final de instalação no Serviço”, afirmou.

Segundo o médico, “as outras 8 horas estão vinculadas ao assessoramento na Direção Geral do HU, onde à noite e finais de semana darei apoio à área de gestão, implantando Curso de Gestão Hospitalar para médicos e servidores do hospital, assim como participando do NAQH - Núcleo de Acesso e Qualidade Hospitalar, também em fase de implantação no Hospital Universitário”.

Pershes informou ainda que foi aprovado em concurso no HU em prova realizada em maio de 2012, com posse no cargo em setembro do mesmo ano.

Pelos vínculos empregatícios que constam no Cadastro de Estabelecimentos de Saúde (CNES), o médico responsável para direção-geral do HR, o maior hospital estadual do MS, tem mais dois empregos, além do HU.

Como médico pneumologista, Perches mantém vínculo na Clinica Médica Anhanguera, onde trabalha 20 horas semanais. E também atua como autônomo na Cardiomed, com expediente de 20 horas semanais.

Ou seja, Perches trabalha 60 horas semanais fora do Hospital Regional, que apresenta problemas crônicos e graves de atendimento ao público.

Médicos são chefes e subalternos ao mesmo tempo
O Hospital Universitário é dirigido pelo médico José Carlos Dorsa, a quem Perches presta serviços. A clínica Cardiomed, onde Perches trabalha, é de propriedade de Dorsa.
A situação se inverte porque Dorsa tem jornada de trabalho do Hospital Regional muito superior a do HU, que ele dirige.
Como médico do HR, dirigido por Perches, Dorsa tem uma carga de trabalho semanal de 36 horas, segundo dados do CNES do médico.
O cadastro de Dorsa aponta trabalho de apenas 6 horas semanais à frente do HU. A isso some-se o seu trabalho como médico e diretor da Cardiomed.


 
Documento mostra o trabalho do médico

Tanto quanto o Hospital Regional, o Universitário apresenta graves e crônicos problemas de atendimento ao SUS.


(Alguns comentários:)

Comentários (51)

28/02/2013 00:59
Marcinha Araújo
Vocês falam mal pois não sabem o quanto o Dr. Ronaldo ajuda a gente que trabalha aqui na diretoria. Eu, Zé, Rosangela, Rogéria e Elenize ganhamos nossa folha de plantões cheia, 60 horas aos finais de semana. Uma maravilha, todo mundo andando de carro novo. E a gente trabalha aos finais de semana, é só ligar aqui pra conferir. Melhor que isso só se tivesse casada com o vereador chocolate...hahaha

28/02/2013 00:05
O Cara do HU
Dezafio o midiamax a encontrar o Ronaldo no Hu agora. A folha de bate ponto diz que ele entrou as 19 h. Mas esse ponto ja aparecia batido antes dessa reportagem ser divulgada.

28/02/2013 00:02
O Cara do HU
mas nao eh só medico que tá no esquema. Tem diretor, chefe de setores, acessor, secretaria em gfim, toda a turma suja que se aceita fazer o trabalho ilegal e imoral que o dorsa impoe e que a direcao da ufms finge não ezistir.

Sabe como ele consegue trabalhar em tantos lugares ao mesmo tempo? No HU ele faz parte uma máfia altorizada pelo Dorsa ha fraudar o ponto o ponto eletronico. Uma estensa lista de medicos, a maioria da area do diretor geral que tem o ponto registrado no automatico. Desse jeito ninguém precisa trabalhar mesmo e aos olhos dos outros parece que eles estão suendo pelo salario todos santo dia.
27/02/2013 23:56
Maria Rosa
Que interessante... Ele é fantasma no HU... E será que diretor geral Dorsa não sabe disso?!? Pq a folha de ponto das demais classes ele cuida certinho... Será coincidência: o médico em questão trabalha na empresa do diretor... e ambos trabalham no Regional... E os parentes e assessores do diretor contratados no HU? Cadê o Ministério Público???

27/02/2013 21:20
Frizo
não sabe de nada que acontece no hospital. ganha dinheiro dormindo na casa dele

7/02/2013 21:04
marcio
20 h (HU) + 20 H(cardiomed) + 20 h (clínica) + 40h (HR = Cargo de confiança)= 100 h + 56h de sono - 168 h (semana)- sobraram 12 horas para viver. Ou ele não vive, só trabalha ou tem conta errada aí!

27/02/2013 20:52
gabriela
gostaria de informar a este senhor que estão morrendo pacientes todos os dias na ala de ortopedia por infecção hospitalar ,digo isso com certeza pois passei meus piores dias com meu pai dentro deste hospital e infelizmente ele veio a falecer.gostaria que fosse feito uma fiscalização porque senão muitos ainda morreram por conta da falta de responsabidade desse diretor.


27/02/2013 20:48
JAMES RUDY SILVEIRA
Meu Deus. Pede pra sair. SEJA VALENTE UMA VEZ NA VIDA. Deixe de ser covarde se mantendo em tantos cargos para levar vantagem. DINHEIRO NÃO É TUDO. AJUDA, MAS NÃO É TUDO. Saia enquanto tem tempo. MINISTÉRIO PÚBLICO PRA QUÊ. SÓ ESTÃO ASSISTINDO. Depois dizem: E O BERNAL? No Estado as falcatruas são bem maiores. SACANAGEM.


27/02/2013 20:36
Dr. Bruno Ribeiro
E o Ministério Público Federal? E a Drª.Analicia Ortega e a Drª. Joana Barreiro, o que respondem e o que fizeram a respeito deste e tantos outros casos fartamente conhecidos?

27/02/2013 19:29
Juvenal Campos Corrêa
Me fez lembrar a denominação daquela facção carioca denominada "Amigos dos amigos", ou seja, se fizer parte do rol, está dentro! agora, se não o fizer e, tampouco encontrar com a tal "fiscalização", vai se locupletando e a vida segue...!!!
 
27/02/2013 18:53
Fatima Panassolo
Esses comentario sao pura inveja. Quem conhece meu chefe Dr. Ronaldo sabe que ele é bom. Graças a ele consegui faze duas cirurgia pelo SUS, fiz lipoaspiracao e agora vou fazer reducao dos peito, furando a fila do SUS. Nao preciso mais vende pizza na feira, ganho plantao fantasma esse meu chefinho é um amor comigo. E ele trabalha fim de semana sim, é só ligar aqui e voce vao ver que ele atende sim.

27/02/2013 18:45
Fernando Henrique de Castro Mello
A maioria desses médicos políticos possuem boquinhas desse tipo. Tem gente apresentando programa de TV como se estivesse cumprindo sua carga horária de trabalho em Posto de Saúde. Lá onde o povo precisa desse profissional faltam médicos de família.

27/02/2013 18:36
Paula
a ufms virou um covil de espertos, atrai tudo que é tranqueira, e o maior exemplo é o HU. é vergonhoso, um escândalo atrás do outro. o representante da máfia na reitoria, ainda vem com aquela conversinha mansa, com cara de coitado! triste mesmo é ver tudo isso sem uma reação da decência ou das entidades, pelo menos que se dizem sérias, a essa pilantragem toda! Estou me sentindo um lixo como cidadã

27/02/2013 18:29
EDSON
ENQUANTO ALGUNS COITADOS TEM K.ACORDAR DE MADRUGADA PRÁ PEGAR ONIBÚS,,E AINDA LEVAR UMA MARMITA,,,E CUMPRIR 8 HS DE TRABALHO PRÁ GANHAR UMA MICHARIA,,EXISTEM ESSES INSÉTOS EGOISTAS,,VAGABUNDOS,APROVEITADORES,,,METENDO A MÃO NO DINHEIRO PUBLÍCO,,,CADE O MINISTÉRIO PÚBLICO,,FAZ ESSE INSÉTO DEVOLVER O DINHEIRO DO POVO

27/02/2013 17:30
Paulo Moburo Kawasaky
Atenção no exame de seleção de residência médica não é exigido se tem ou experiência profissional é só fazer a prova indicar o nome do papai, mamãe e assumir depois que entrou é só comparecer e fingir que atende os pacientes no corredor. Vejam o estacionamento e as fazendas com bois nelore de raça no finais de semana é cachaça e carne da boa. Enquanto isso o povo morre na maca do açougue. Bandido

27/02/2013 17:28
Samuel
A imagem do homem ja diz tudo, egoista e acima de tudo espertalhao, Brasil um pais de pilantras e corruptos. Esse infeliz deve contar vantagem nos corredores dos palacetes e rindo dos honestos, essa e a grande verdade..
 








GOOD NEWS: Câmara acaba com 14º e 15º salários para deputados e senadores

Até que enfim!!!
E ouvi falar que o Joaquim Barbosa, está querendo também "mexer" no salário do judiciário.
Ótimas notícias.



Câmara acaba com 14º e 15º salários para deputados e senadores
Proposta foi aprovada por unanimidade; líderes querem agenda para melhorar imagem da Casa
Eduardo Bresciani e Denise Madueño, de O Estado de S. Paulo
BRASÍLIA - Com um consenso forçado, a Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira, 27, o fim do benefício anual do 14º e 15º salário para os parlamentares. A partir de agora, os deputados e senadores só receberão salários extras ao assumir e deixar seus mandatos no Congresso, o que acontece, em regra, a cada quatro anos. A votação acontece numa tentativa do presidente, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), de tentar melhorar a imagem da Casa.
O benefício de salários extras para os parlamentares, chamados internamente de ajuda de custo, começou em 1938. Em alguns períodos ocorria o pagamento também quando haviam convocações extraordinárias para trabalho em julho e janeiro, o que levou ao pagamento de até 19 salários em um mesmo ano. Atualmente, o benefício era pago no início e no fim de cada ano.
A proposta aprovada é de autoria da atual ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, e foi aprovado pelo Senado em maio do ano passado. Na Câmara, a proposta ficou parada por meses na Comissão de Finanças e Tributação, o que permitiu o pagamento do benefício no final do ano passado e na folha de pagamento deste mês. O fim do 14º e do 15º salários representará uma economia anual de R$ 27,41 milhões para a Câmara e de R$ 4,32 milhões para o Senado nos anos do mandato em que não houver o pagamento. O decreto legislativo precisa ainda ser promulgado e publicado no Diário do Congresso para entrar em vigor.
Deputado com o maior número de mandatos na Casa, e quem mais recebeu o benefício, o presidente Henrique Alves empenhou-se para acelerar a aprovação pressionando os líderes a assinar um requerimento de urgência para o projeto. Na visão dele, a aprovação pode ajudar a aproximar o Congresso da sociedade. "Essa Casa pode ter pecados, pode ter seus equívocos no voto sim ou não, mas a omissão é indesculpável", argumentou Alves ao defender a votação imediata.
Com o consenso imposto, dezenas de parlamentares fizeram questão de discursar em plenário apoiando a medida. "O fim do 14º e 15º salários é uma reverência à sociedade que trabalha no País", disse o líder do PPS, Rubens Bueno (PR). "Não é com uma boa agência de publicidade que vamos mudar a imagem dessa Casa, é com posturas como essa", afirmou o líder do PSDB, Carlos Sampaio (SP). "Todo mundo passou a vida toda recebendo o 14º e 15º, inclusive eu, mas chegou a hora de acabar", disse o deputado Sílvio Costa (PTB-PE).
O único deputado a se manifestar no microfone contrário ao fim do benefício foi Newton Cardoso (PMDB-MG). "Estão votando com medo da imprensa. É uma deslealdade com os deputados que precisam. Não falo por mim, abri mão. Pago caro para trabalhar aqui".

Fonte: http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,camara-acaba-com-14-e-15-salarios-para-deputados-e-senadores,1002326,0.htm

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Os objetos/dejetos da UTI


“A noção de que qualquer vida, vale a pena ser vivida. E portanto, ela deve radicalmente ser defendida pelas práticas de saúde... Nós temos séculos de história, que mostra exatamente o contrário, mostra que a vida das pessoas não é considerada equivalente. E que muitas vidas, não vale a pena ser defendida.” – Emerson Merhy - Médico - professor da UFRJ (Palestra proferida em 2011)

         Uma questão que muito chocou algumas pessoas essa semana, foi a “postura” da médica de Curitiba, chefe de uma UTI de um grande hospital. Pelo que eu andei escutando dela, ela vem ganhando contornos cada vez mais “psicopata” a sua pessoa.

(Psicopata quase no mesmo sentido que Rubens Alves fala classificando um político que desvia verbas públicas, em prol de sua volúpia e ganância. Dinheiro esse, que poderia matar a fome de crianças na merenda de uma creche da periferia, ou comprar materiais e medicamentos de saúde, ou mesmo melhorar a situação de nossas ruas e estradas, no qual tantas vidas são ceifadas diariamente. Enfim, psicopatas engravatados: pouco ou nenhum senso de coletividade (senso social), afetividade nula também, e "matando" friamente muitas pessoas. E ainda se mostram sorridentes em eventos e na TV.)

Eu conversando com uma amiga, ela me questionou um incômodo aspecto: por que ninguém que trabalhava nesse hospital, denunciou essa médica?

Eu respondi: porque ela era a chefe...

E ela retrucou: mas então eles eram coniventes com ela, ou seja, participavam das mortes...

Eu: mas ela tacava tamanco nos seus subordinados. Se algum técnico de enfermagem a desagradasse, ela berrava palavrões contra ele... Ela chamava a equipe com um apito para se ter uma ideia... Fiquei sabendo dessas coisas, e não duvido absolutamente de nada...

Ela: se eu trabalhasse lá, eu faria pelo menos uma denúncia anônima.

        

Na discussão sobre a eutanásia, eu sou a favor, apesar de pouco “entender”, e talvez nem mesmo querer, pensar nesse assunto. Muito sentido me faz, uma pessoa optar, por sua própria vontade, numa “opção” mais “leve”, para que sua agonia final, seja antecipada, digamos.

         Sei que muito especialistas de saúde, atualmente discutem essa questão dos cuidados com os nossos moribundos. Já que possivelmente, em crescimento, a população vai se envelhecendo, e os cuidados com pessoas idosas aumentando. As verbas públicas, a atenção à saúde, o dinheiro, ou seja, muito se discute sobre esse aumento de custos que a humanidade terá, incidindo no cuidado com pessoas que vão adoecendo aos poucos...

         Muitos dizem: vamos cuidar de um idoso, deixá-lo em uma vaga de UTI, sabendo que ele terá pouca ou nenhuma sobrevida, e às vezes, lhe prescrevendo apenas cuidados paliativos, ou, vamos nos concentrar em uma criança doente, sendo que ela precisa, ou pode precisar, da mesma vaga na UTI que esse idoso ocupa?  Já li renomados especialistas em saúde, pontuarem que essa é uma questão muito a se pensar.

         Lembrei-me daquela história dos elefantes... Dizem que eles numa certa idade avançada, desvinculam-se da manada, e morrem sozinhos, voltando ao lugar onde nasceram. E também existe aquele filme japonês, que não me lembro do nome e nunca o assisti, mas me contaram, que mostra um senhor de bastante idade, que é levado nas costas pelo filho, por sua própria vontade, a um casebre no alto da montanha, para lá morrer sozinho e afastado da sua comunidade.

         Nós não somos elefantes. E nós não somos japoneses.

Nós somos de uma nação, que tem um povo com trabalhadores, como os cortadores de cana, que tem a vida útil de trabalho de apenas 10 anos (depois de uma década na colheita, para quem não sabe, os cortadores ficam “tortos”, digo, sua coluna vertebral faz uma "curva"). Nós temos um país onde milhões de pessoas, devido a muitos outros subempregos por qual se sujeitam a maior parte de suas vidas, tem a saúde também deteriorada. E essas pessoas por vezes se tornam idosos. E já vi muitos deles, serem abandonados por suas próprias famílias. E mesmo aquelas famílias que cuidam dos seus velhos, cuidam deles com muita dificuldade. Então, o que faremos com essa grande parcela da população?

         Com as palavras de Merhy, comecei a acreditar que mais ainda, como profissional de saúde, devemos defender todo tipo de vida, até mesmo, aquela que já está em seu final. Talvez pensando "poeticamente", às vezes, por exemplo, um momento qualquer “a mais” para a pessoa, pode-se tornar “eterno” para ela... Eu sempre penso nisso.

         Voltando ao caso médica da UTI, relacionando a algo mais geral, mais ordinário, e que se faz tão presente em nossas vidas, e em vários âmbitos: é a coisificação da vida, a coisificação das pessoas, principalmente nesse nosso ritmo econômico de respirar.

         Pelos jornais, ela matou para “liberar” vaga para as pessoas que tinham “convênio”.

         Assim, a vida de uma pessoa não valeu mais, do que o pouco mais “da migalha” que paga o convênio de saúde, em comparação ao SUS.

        

E tudo isso envolto a questão do atual colapso econômico que a maioria das Santas Casas de Misericórdia estão passando. Elas que tiveram um belo, sereno e filantrópico começo, mas que ao longo dos anos, se tornaram uma “grande caixa preta”, e/ou mesmo “caixa dois”. Muitos falam em déficit de financiamento, mas pelo menos regionalmente, é mesmo coisa de se “meter” a mão em dinheiro público, em dinheiro de “promoções beneficentes”.  Fora que essas Organizações Sociais (muitas Santas Casas são geridas pelas tais OS´s), não tem nenhum tipo de capacidade gerencial, ou seja, são totalmente desorganizadas em muito sentidos, ao invés de organizadas.  

         (E tudo isso envolto a uma declaração do Conselho Federal de Medicina que vem ganhando força, exigindo melhores salários para os médicos, como os de juízes. “Nós queremos carreiras como as de juízes”. Para ele, somente o médico ganhando como um juiz, é que fará a distribuição regional desse profissional por habitante melhorar.)

         Uma vez eu escutei uma história, em que uma colega enfermeira, na triagem de uma emergência de saúde pública, se recusou a atender um mendigo, declarando: “não achei meu nariz no lixo”.

        Acredito que diariamente, muitos de nós profissionais de saúde, não atendemos, e nem sequer escutamos determinadas pessoas, com suas queixas e sofrimento, pois temos que seguir o que se chama de “procedimento padrão”.

        Esquecemos que cada caso é um caso, que cada pessoa é única.

         Nós estamos nos tornando objetos, e “tratando” outras pessoas como objetos também.