quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Nele Azevedo













 

 

Exato Momento

 Zé Ricardo

O amor precisa da sorte
De um trato certo com o tempo
Pra que o momento do encontro seja pra dois
o exato momento

O amor precisa de sol
E do barulho da chuva
De beijos desesperados
De sonhos trocados da ausência de culpa

Talvez o amor só seja assim pra mim
E pra você não seja nada disso
Mas eu prometo tentar aprender a te amar do jeito que for preciso (3x)
Do jeito que for preciso, do jeito que for preciso,
Do jeito que for preciso...

Mas se o amor quiser mudar as leis do que é certo
Ele faz que o improvável aconteça
Quando o amor vier não tema, tenha fé
Que ele será seu olhar, esplendor e beleza

Talvez o amor só seja assim pra mim
E pra você não seja nada disso
Mas eu prometo tentar aprender
a te amar do jeito que for preciso.(2x)
Do jeito que for preciso, do jeito que for preciso...

SUPERSALÁRIOS para os nossos SUPER HERÓIS


Secretário admite supersalário na Saúde e compara produtividade de médicos à de Siufi

 
Evelin Araujo e Wendell Reis
Minamar Junior

“Os salários são altos por conta da produtividade dos médicos, que é maior que a do Siufi, por exemplo”, respondeu na manhã desta quarta-feira (28) o Secretário Municipal de Saúde, Ivandro Fonseca, sobre médicos que chegam a receber R$ 24 mil na rede pública de atendimento.
O secretário, que inaugurava junto com o prefeito Alcides Bernal uma rede de atendimento móvel a pessoas em situação de rua, garantiu que não há nenhuma ilegalidade nos holerites apresentados pelo vereador Paulo Siufi (PMDB).
“Estamos seguindo a legislação e a secretaria não vai admitir que nem um médico receba sem trabalhar”, ponderou. Ivandro comparou a produtividade de Wagner Rocha Pires de Oliveira, que receberia R$ 8.468,42 bruto mensal.
“Wagner, nos cinco anos, atendeu mais de 21 mil pacientes, sendo 300 pacientes por mês, enquanto Siufi atendeu 843 pacientes em 5 anos, ou seja, uma média de 14 atendimentos  por mês”, ironizou.
Fonseca ressaltou que é preciso que esses médicos tenham o direito ao contraditório como qualquer cidadão. Ele alertou Siufi sobre as denúncias. “É importante dizer que o ônus da prova cabe a quem acusa. Ele que apresente então as provas de que os servidores não trabalham”.
Sobre o salário ser considerado alto, Fonseca disse que alguns são de dois vínculos porque faltam médicos na rede municipal, que acabam acumulando atendimentos.
“O que é inadmissível é concordar que existam médicos que recebem e não trabalham pela população. Por que o Siufi recebeu por 17 anos sem trabalhar? Só isso que eu gostaria de saber?”, rebateu.

Siufi mostra cópias de holerites de funcionário que ganha mais de R$ 24 mil na prefeitura

 
Evelin Araujo e Wendell Reis
 
 
Cãmara

Após a polêmica sessão desta terça-feira (27) na Câmara de Campo Grande, o vereador Paulo Siufi (PMDB) disponibilizou cópias de holerites de funcionários da Secretaria Municipal de Saúde, mostrando que alguns chegam a ganhar mais de R$ 24 mil.
Em janeiro deste ano, a presidente Dilma Rousseff subiu o teto do salário do servidor público para R$ 28.059,29, o equivalente ao que ganha um juiz do Supremo Tribunal Federal. Em Campo Grande, segundo os holerites apresentados, um servidor pode chegar a ganhar apenas R$ 4 mil a menos que o maior salário de carreira pública do país.
Não é o Subsecretário de Saúde quem possui o maior salário, mas sim o funcionário Cristiano de Campos Lara que é chefe da Coordenadoria de Urgências da prefeitura e, de acordo com as cópias apresentadas, possui duas rendas. Pela Coordenadoria, ele recebe de salário bruto R$ 13.783,02.
Também lotado no CRS Dr. Guinter Hans, no Nova Bahia, o mesmo servidor recebe R$ 10.389,03 de salário bruto. Somando, as duas rendas ficam em R$ 24.172,05.
O Secretário Adjunto de Saúde, Victor Rocha Pires de Oliveira, recebe de salário bruto, conforme consta na documentação, R$ 17.275,49 de salário bruto. Wagner Rocha Pires de Oliveira receberia R$ 8.468,42 bruto pelo serviço de verificação de óbitos.
O vereador Siufi disse que questionou o Secretário Municipal de Saúde, Ivandro Fonseca, durante a prestação de contas do primeiro quadrimestre sobre adicionais que esses funcionários recebem. “Ele simplesmente não soube me explicar”, denunciou.
Somente de “plantão eventual”, o servidor Cristiano recebeu R$ 6.210,00 na categoria ‘vantagens’, como aparece no holerite. Outra denúncia feita por Siufi é em relação a um adicional de responsabilidade técnica, quesito que teria ficado sem explicação pelo Secretário. No holerite do servidor, a bonificação é de R$ 955,05.
 


'Certo é que Siufi recebia e não trabalhava', vocifera Bernal sobre altos salários da Sesau

 
Evelin Araujo e Wendell Reis
 
Minamar Junior

O prefeito Alcides Bernal disse que a única coisa certa é que “Siufi recebia e não trabalhava” na Secretaria Municipal de Saúde, ao rebater denúncias apresentadas pelo parlamentar nesta terça-feira (27) na Câmara de Campo Grande.
O vereador Paulo Siufi (PMDB) disponibilizou cópias de holerites de funcionários da Secretaria Municipal de Saúde, denunciando que alguns chegam a ganhar mais de R$ 24 mil.
Sobre os altos salários pagos a médicos, o prefeito disse não ter conhecimento. “Não tenho essa informação, o que tem de certo é que o Siufi recebia para trabalhar e não trabalhava”.
Bernal disse que o que é considerado um salário alto é “ganhar R$ 5 mil para fazer uma consulta semanal e ainda trabalhar em lugares de difícil acesso, indo de carro para Aguão”, ironizou.
Isso porque Siufi declarou que a investigação aberta contra ele - alegando irregularidades quanto ao serviço prestado pelo médico no distrito de Aguão – 40 km de Campo Grande - não passa de retaliação.
“Agora, o prefeito sim. Não pode ter nem um apartamento que já tenho problemas”, declarou, em relação a uma das primeiras e grandes polêmicas da administração de Bernal, que surgiu por conta da suposta aquisição de um apartamento de cerca de R$ 2 milhões em região nobre da Capital. Ele admitiu interesse na compra à época, mas negou o fechamento do negócio.
http://www.midiamax.com.br/noticias/868284-certo+siufi+recebia+nao+trabalhava+vocifera+bernal+sobre+altos+salarios+sesau.html#.Uh4aWJS5fMw

Puccinelli exonera Ivandro Fonseca do Conselho Estadual de Saúde de Mato Grosso do Sul

 
Evelin Araujo
 
Minamar Junior
 

O governador André Puccinelli exonerou nesta terça-feira (27) o Secretário Municipal de Saúde, Ivandro Fonseca, como membro do Conselho Estadual de Saúde de Mato Grosso do Sul (CES), conforme publicação no Diário Oficial do Estado.
Ele era titular do segmento “Gestor /Prestador do Sistema Único de Saúde (SUS)”. Além dele, os suplentes Crhistinne Cavalheiro Maymone Gonçalves e Frederico Marcondes Neto também foram exonerados.
O Secretário de Estado de Saúde e o governador assinaram pela exoneração. Assumem os cargos Eleonor de Jesus Ximenes, como titular. Nilo Sérgio Laureano Leme e Luzia Japira Alves Pereira assumem como suplentes.
 

sábado, 24 de agosto de 2013

Boas notícias! Além do "Mais Médicos", agora, "Mais professores".

Governo planeja um ‘Mais Professores’

Ministro disse que programa está em fase de estudos, mas ideia é colocar profissionais aposentados para dar aulas em áreas carentes

 
O Estado de S. Paulo
O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, anunciou nesta quarta-feira, 21, um programa para levar professores para escolas do interior do País, principalmente para cidades mais pobres, nos moldes do Mais Médicos. O "Mais Professores" faz parte do Compromisso Nacional pelo Ensino Médio, apresentado ontem pelo ministro na Câmara dos Deputados, durante audiência pública feita a convite da Comissão Especial de Reformulação do Ensino Médio.
De acordo com o ministro, o programa ainda está em fase de elaboração e deverá lidar com limitações orçamentárias para ser implementado. A proposta é conceder bolsas a professores que se disponham a reforçar o quadro de escolas em lugares de baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e baixo Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb).
Caso não haja professores disponíveis na rede, o MEC cogita a participação de professores aposentados que queiram voltar às salas de aula. Para Mercadante, a prioridade deve ser concedida a professores que possam lecionar Matemática, Física, Química e Inglês. O ministro diz que as disciplinas representam cerca de 3% das matrículas de ensino superior, índice que se mantêm constante.
"É uma contribuição do governo federal aos municípios que têm baixo Ideb, baixo IDH e principalmente onde não temos hoje professores de Matemática, Física, Química, Inglês - que são as maiores carências", salientou Mercadante.
Na mesma audiência na Câmara dos Deputados, o ministro informou que o número de matriculas no Ensino Médio subiu de 3,770 milhões em 1991 para 8,376 milhões em 2012. Para ele, "é hora de garantir a qualidade do ensino oferecido nas escolas públicas, responsáveis por 88% do total de alunos". Mas a defasagem considerando idade e série ainda é alta, atingindo 31,1% dos alunos.
O Compromisso Nacional pelo Ensino Médio prevê um redesenho curricular do ensino médio, com foco na educação integral. Haveria ainda investimento na formação continuada dos docentes, com o desenvolvimento de material didático específico e a criação da Universidade do Professor, uma rede de cursos, informações e de programas.
Ciências. Faz parte do compromisso a ação Quero ser Professor, Quero ser Cientista, com a oferta de 100 mil bolsas de estudo para jovens que queiram ingressar na área de Exatas. Além disso, o ministério desenvolveu, em conjunto com pesquisadores, um kit lúdico para estimular o interesse pelas ciências.
 

PEIXE FRITO


terça-feira, 20 de agosto de 2013

São Paulo dá café, minas dá leite, e a Vila Isabel dá samba

 

Feitiço da Vila

Noel Rosa



Quem nasce lá na Vila
Nem sequer vacila
Ao abraçar o samba
Que faz dançar os galhos,
Do arvoredo e faz a lua,
Nascer mais cedo.


Lá, em Vila Isabel,
Quem é bacharel
Não tem medo de bamba.
São Paulo dá café,
Minas dá leite,
E a Vila Isabel dá samba.


A vila tem um feitiço sem farofa
Sem vela e sem vintém
Que nos faz bem
Tendo nome de princesa
Transformou o samba
Num feitiço descente
Que prende a gente


O sol da Vila é triste
Samba não assiste
Porque a gente implora:
"Sol, pelo amor de Deus,
não vem agora
que as morenas
vão logo embora


Eu sei tudo o que faço
sei por onde passo
paixao nao me aniquila
Mas, tenho que dizer,
modéstia à parte,
meus senhores,
Eu sou da Vila!

Que eu, Mato Grosso e o Joca

Saudosa Maloca

Adoniran Barbosa



Si o senhor não "tá" lembrado
Dá licença de "contá"
Que aqui onde agora está
Esse "edifício arto"
Era uma casa véia
Um palacete assombradado
Foi aqui seu moço
Que eu, Mato Grosso e o Joca
Construímo nossa maloca
Mais, um dia
Nóis nem pode se alembrá
Veio os homi c'as ferramentas
O dono mandô derrubá
Peguemo todas nossas coisas
E fumos pro meio da rua
Aprecia a demolição
Que tristeza que nóis sentia
Cada táuba que caía
Duia no coração
Mato Grosso quis gritá
Mas em cima eu falei:
Os homis tá cá razão
Nós arranja outro lugar
Só se conformemo quando o Joca falou:
"Deus dá o frio conforme o cobertor"
E hoje nóis pega a páia nas grama do jardim
E prá esquecê nóis cantemos assim:
Saudosa maloca, maloca querida,
Dim dim donde nóis passemos os dias feliz de nossas vidas
Saudosa maloca,maloca querida,
Dim dim donde nóis passemo os dias feliz de nossas vidas.

PIZZA DE ALICHE SAINDO QUENTINHA --- eu não gosto

CPI da Saúde da Assembleia chega a 90 dias sem ouvir pivô do escândalo

Zemil Rocha

CPI da Câmara já ouviu pivô do escândalo; na Assembleia nada até agora (Foto: Arquivo)CPI da Câmara já ouviu pivô do escândalo; na Assembleia nada até agora (Foto: Arquivo)
Prestes a completar 90 dias de atuação e faltando mais 30 para concluir seus trabalhos, caso não peça prorrogação, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Saúde da Assembleia Legislativa do Estado ainda não ouviu o principal pivô do escândalo que a originou, conhecido como “Máfia do Câncer”, o médico Adalberto Siufi. Nesse aspecto, a CPI da Saúde da Câmara de Campo Grande está à frente nas investigações, já tendo ouvido pelo menos uma vez o médico, que é acusado de armar um esquema de evitar o tratamento de câncer na rede pública para beneficiar sua empresa particular, a Neorad.
Adalberto Siufi foi convocado, inicialmente, para depor no dia 1º de agosto, mas houve adiamento em razão de uma viagem para os Estados Unidos. Uma certidão da Justiça Federal garante a Adalberto Siufi, ex-diretor do Hospital do Câncer, a possibilidade de viajar para os Estados Unidos para visitar familiares e participara de um congresso médico, entre os dias 30 de julho e 13 de agosto, confirmando decisão da Justiça Estadual. O presidente da CPI, deputado Amarildo Cruz, chegou a marcar o depoimento para 13 de agosto, mas também não aconteceu.
Além disso, a CPI não reconvocou a ex-secretaria Beatriz Dolbashi, apesar de haver contradições entre o seu primeiro depoimento, dia 17 de junho, e a divulgação de escutas telefônicas na televisão, levantando suspeitas sobre o interesse da ex-secretária em beneficiar a rede particular em Campo Grande. O presidente da CPI, deputado Amarildo Cruz (PT), chegou a informar que haveria nova convocação, argumentando o que foi divulgado pela imprensa comprovou depoimento “contraditório” à comissão. Até agora nada.
Criada no dia 23 de maio deste ano, além de Beatriz Dolbashi, a CPI da Saúde já colheu depoimentos do secretário municipal de Saúde de Campo Grande, Ivandro Fonseca; do presidente da Santa Casa, Wilson Teslenco, e dos ex-diretores do Hospital Universitário, José Carlos Dorsa, e do Hospital Regional de Campo Grande, Ronaldo Perches Queiroz, do ex-secretário municipal de Saúde da Capital Leandro Mazina. Também foram ouvidos os ex-integrantes da Junta Interventora da Santa Casa, Antônio Lastória, Nilo Sérgio Laureano Leme e Issan Moussa, além de gestores e conselheiros municipais de saúde nas cidades de Dourados, Coxim e Aquidauana.
Em Campo Grande, os deputados visitaram o Centro Regional de Saúde Nova Bahia (Dr. Guinter Hans), a Unidade Básica de Saúde do Nova Bahia, a Unidade de Pronto Atendimento do Coronel Antonino (Dr. Walfrido Azambuja de Arruda), o Centro Regional de Saúde das Moreninhas III (Dr. Marcílio de Oliveira Lima), o Centro Regional de Saúde do Aero Rancho (Dr. João Pereira da Rosa) e a Central de Regulação do Samu (Serviço Móvel de Atendimento de Urgência).
A CPI já recebeu também muitas denuncias, mas poucas delas com confirmação. Uma delas levou os parlamentares a conhecer a Central de Regulação do Samu, pois havia denúncia de sucateamento de viaturas. Porém, ficou comprovado que a estrutura e as viaturas estão em ótimas condições. O coordenador do Samu em Campo Grande, Luiz Antonio Moreira da Costa, afirmou aos deputados que hoje a frota na Capital é de 20 viaturas.
A falta de foco e a preferência de depoimentos de autoridades têm gerado desentendimentos entre os próprios integrantes da CPI da Saúde da Assembleia. Em meados de junho, um dos integrantes da comissão, deputado Lauro Davi (PSB), fez duras críticas aos encaminhamentos. Para ele, a comissão deve buscar denúncias com trabalhadores e usuários e não ficar apenas “ouvindo” gestores de saúde.
Novos depoimentos - Nesta segunda-feira, os deputados da CPI da Saúde estão em Paranaíba e vão amanhã (20/8) para Três Lagoas, para investigar possíveis irregularidades nos repasses do SUS (Sistema Único de Saúde). Os depoimentos são colhidos na Câmara Municipal das cidades correspondentes, das 14h às 19h.
Para próxima quinta-feira (22), a CPI convocou mais duas autoridades do setor de saúde, o diretor-presidente do Hospital Universitário da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), Cláudio Wanderley Saab, e o presidente do CRM/MS (Conselho Regional de Medicina), Luiz Henrique Mascarenhas. O primeiro, Cláudio Saab, já avisou que não vai à oitiva, alegando que já tem compromissos em Goiânia e Brasília.
Em balanço feito recentemente da tribuna da Assembleia Legislativa, o presidente da CPI apontou como um dos principais problemas na gestão da saúde em Mato Grosso do Sul o mau uso de recursos. “Os trabalhos da CPI já apontam que os problemas não são apenas poucos recursos, mas o mau uso e a má administração destes recursos. Além de sugerir ações para melhorar a saúde no Estado, a comissão irá apontar as irregularidades e quem as cometeram”, afirmou Amarildo Cruz.
A CPI tem 120 dias para apurar as possíveis irregularidades, podendo ser prorrogada por mais dois meses. Para ajudar no trabalho de investigação, os deputados decidiram criar o e-mail cpisaude@al.ms.leg.br para que as pessoas pudessem denunciar irregularidades nas unidades hospitalares. Também foi criada a fan page CPI da Saúde em MS.
A Comissão é composta pelos deputados Amarildo Cruz - presidente, Lauro Davi (PSB) - vice-presidente, Junior Mochi (PMDB) - relator, Mauricio Picarelli (PMDB) - vice-relator e Onevan de Matos (PSDB) – membro.
 

+ UM - "a câmara mais fácil de se ocupar " - também pudera, não tem quase mais ninguém lá...


Justiça eleitoral cassa mandato de mais um por compra de voto: Bueno está inelegível

 
Diana Gaúna



A Justiça julgou procedente o pedido de cassação de mandato do vereador Alceu Bueno (PSL). Além de cassar Bueno por compra de voto, a juíza eleitoral Elisabeth Rosa Baisch também condenou o político por abuso de poder econômico , decretando de imediato sua inegibilidade por oito anos e uma multa de mais de R$ 50 mil. A decisão foi publica nesta segunda-feira (19) no Diário de Justiça.
A representação contra Alceu Bueno foi formulada pelo Ministério Público Eleitoral. Baseado em denúncia realizada por meio do disque-denúncia TRE/MS, o promotor foi informado que estavam sendo distribuídos “vale combustível” pelo então candidato em troca de voto para abastecimento em diversos postos de combustível espalhados nesta capital.
As denúncias apontavam ainda que Bueno estaria comprando votos pelo valor de R$ 100,00, em seu comitê, em frente à antiga rodoviária. Foi expedido mandado de busca e apreensão, com apreensão no comitê de R$ 385,00 em espécie e diversos documentos, os quais revelaram que o candidato contratou os serviços da Rede Faleiros Postos e Serviços para fornecer 2.000 litros de gasolina comum, sempre em pequenas quantidades, a serem fornecidos por meio de requisições.
Também foram apreendidos dois blocos de requisições do Posto Marcello e apreendida uma lista contendo o nome de 24 pessoas beneficiadas com dez ou vinte litros de combustível após colocarem adesivo de Bueno em seus veículos, constando inclusive a data em que a adesão ocorreu.
A Justiça Eleitoral também determinou busca e apreensão no comitê do candidato, onde foram encontrados requisições de combustível totalizando grande quantidade em dinheiro, contratos particulares de compra e venda de combustíveis, além de diversos outros documentos de aquisição de produtos alimentícios e contratação de cabos eleitorais.
O Ministério Público por ocasião das alegações finais em que perdeu o prazo requereu que o processo fosse desmembrado em relação a Bueno.
Entre as diligências solicitadas, estava a oitiva de dois coordenadores da campanha eleitoral do vereador e mais a oitiva de dois eleitores cooptados. Sem sucesso, Bueno moveu vários recursos para tentar impedir a oitiva em juízo das testemunhas que foram ao Gabinete do Promotor. Entretanto, nesta segunda-feira a Justiça decidiu por sua cassação.


Assim, o vereador Alceu Bueno entra para a lista dos cassados pela Justiça eleitoral. Conforme decisão da Justiça, o vereador foi condenado a cassação do mandato por compra de voto (captação ilícita de sufrágio) e abuso de poder econômico. Com isso fica decretada de imediato sua inelegibilidade pelo prazo de oito anos – a contar das eleições 2012 – e uma multa de R$ 53 mil. Da decisão cabe recurso.

http://www.midiamax.com.br/noticias/866968-justica+eleitoral+cassa+mandato+mais+compra+voto+bueno+esta+inelegivel.html#.UhOMNZS5fMw

"Se for pra chover no molhado e dar tempo pra coisa prescrever, ai não pode."

Delcídio diz que CPIs precisam 'por o dedo na ferida e não ficar vaselinando' em MS

 
Diana Gaúna



O senador Delcídio Amaral (PT) declarou na manhã desta segunda-feira (19) que as CPIs da saúde em Campo Grande precisam por o dedo na ferida e não ficar vaselinando. As declarações foram feitas em entrevista à rádio Cultura AM.
O senador presidiu em 2005 a CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) dos Correios que culminou com a descoberta do caso conhecido internacionalmente como Mensalão.
Durante a entrevista, Delcídio disse que a saúde em Campo Grande é "um desastre que se arrasta pelas administrações". O senador afirmou que há solução para a saúde e que as Casas Legislativas (Câmara e Assembleia) estão cumprindo seu papel de fiscalizar o executivo.
“As CPIs são positivas, mas os parlamentares têm que ter em mente que é preciso por o dedo na ferida e não ficar vaselinando. Se for pra chover no molhado e dar tempo pra coisa prescrever, ai não pode. Sob pena inclusive de ficar mal para o político”, disparou.
Delcídio afirma que das investigações devem sair proposições para aperfeiçoamento de controle e citou como exemplo a questão da transparência, leis de previdência e outras que foram reflexo da CPI dos Correios. "É preciso ouvir a voz das ruas", pontuou.
CPIs
Atualmente duas CPIs da saúde são conduzidas em Campo Grande. Na câmara de vereadores o assunto é direcionado à investigar a Máfia do Câncer. A CPI foi proposta por adversários políticos do PMDB, mas após intensas articulações, o líder do ex-prefeito Nelsinho Trad (PMDB), vereador Flávio César (PtdoB) assumiu o controle das investigações.
Na Assembleia o deputado Amarildo Cruz (PT) preside a apuração de possíveis irregularidades dos repasses do SUS em 11 cidades sul-mato-grossenses.
As CPIs foram abertas após a deflagração da Operação Sangue Frio, pela Polícia Federal em março deste ano. A operação conta com apoio do Ministério Público Federal e Estadual, Controladoria Geral da União.
Fora
Divulgação

Desde o início das investigações saíram da administração a Secretária Estadual de Saúde, Beatriz Dobashi, o diretor do Hospital Regional, Ronaldo Perches, toda a diretoria do Hospital do Câncer, capitaneados pelo médico Adalberto Siufi e diretores do Hospital Universitário da UFMS, entre eles o diretor geral José Carlos Dorsa.

http://www.midiamax.com.br/noticias/866852-delcidio+diz+cpis+precisam+dedo+ferida+nao+ficar+vaselinando+ms.html#.UhOOQJS5fMw

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

You Won't Let Me

If you'd only let me,
I could show you how to love.


Take our time,
let it all go.


If you'd only let me,
show you how to cry.


In your darkest hour,
I will lead you through the fire.


You won't let me,
You won't let me,
I don't wanna say goodbye,
I just wanna give it one more try.


And I'd do anything,
Yes, I'd do anything.
If you'd only let me.


With your hand in mine,
I would show you how to laugh.


Nothing heavy, nothing serious.
Just forget about all that.


You've been stepping back,
I wanna be your friend.


Tear down the walls that surround you,
Build you back up again.


But, you won't let me.
You won't let me.
I don't wanna say goodbye.
I just wanna give it one more try.


And I'd do anything,
Yes, I'd do anything.


So, tonight, stay with me.
I know I can change your mind.


But you won't let me..
You won't let me…
I don't wanna say goodbye.
I just wanna give it one more try,
But you won't let me.
You won't let me.


I don't wanna say goodbye,
I just want to give it one more try.
But you won't let me.
But you won't let me.


And I'd do anything for you..
I'd do anything for you,
But you won't let me..
You won't let me…


You won't let me

Minha memória às vezes me trai

Traz as lembranças do que nunca vai

Abro meus olhos para ver se sai

O que não se apaga nem se subtrai

 

Eu fico com medo

Eu fico com medo

 

Nunca mais é muito tempo

Sem não ter nenhum momento

Vem o frio que sai de dentro

Com você no pensamento

Elogio da loucura



Todos ficamos cabisbaixos e assistimos atônitos à saída escoltada de Randall Patrick McMurphy, personagem interpretada magistralmente por Jack Nicholson em ‘Um estranho no ninho?’ (1975), rumo à cela de lobotomia. Dói saber que o manicômio já não precisa de grades ou mesmo paredes. Por Flávio Ricardo Vassoler

Flávio Ricardo Vassoler* na Carta Maior

Você já se sentiu ‘Um estranho no ninho?’ O filme de 1975 dirigido por Milos Forman arregimenta uma legião de (in)adaptados – personagens e espectadores – para uma reflexão sobre as muitas afinidades eletivas entre a normalidade e a patologia, o cotidiano e o caos. 

Randall Patrick McMurphy, personagem interpretada magistralmente por Jack Nicholson, reitera a pergunta acima prescrita pelo mal-estar da civilização: 

− Você já se sentiu um estranho no ninho? Isto é, você já chegou a pensar, sentir ou intuir que as margens que delimitam o fluxo de nosso cotidiano não possuem racionalidade alguma para além da regulação e reprodução autoritárias da sociedade? Para sermos mais específicos, vale dizer, para sofrermos de forma mais rente aos aguilhões enferrujados que nos põem em marcha a cada segunda-feira: que tal trabalhar mais de 10 horas diárias com atividades que sequer remotamente dizem respeito às suas aspirações mais próprias? Que dizer quando passamos de duas a quatro horas diárias no trânsito por conta da usurpação privada do espaço público? (As montadoras de automóveis vão muito bem, obrigado.) E quanto ao medo e à desconfiança que sentimos quando conhecemos uma nova pessoa que, talvez, e não mais do que talvez, venha a se transformar no grande amor? O outro parece culpado até que se prove o contrário. 

O irrequieto R. P. McMurphy continua a (nos) interpelar: 

− Você já reparou que a classificação de patologias psíquicas vem aumentando sobremaneira? São siglas e mais siglas para nos enquadrar – e medicar. TOC, Transtorno Obsessivo-Compulsivo; TDAH, Transtorno de Deficit de Atenção e Hiperatividade; SP, Síndrome do Pânico; TP, Transtorno Bipolar. Diante da voracidade com que o braço psiquiátrico da indústria farmacêutica nos veste com a camisa de força de suas prescrições, as mulheres (e os homens sequiosos...) não mais precisam se preocupar com a inofensiva e apenas mensal TPM. 

Faço as vezes de McMurphy para perguntar ao leitor e à leitora:

− Você já teve medo de perder o emprego? Ou pior: para manter o frágil emprego, você trabalha com o bafejo da pressão contra a nuca? Ou ainda pior: faz tempo que você está desempregado? Você confia em sua (seu) namorada(o)? Ou pior: você pode confiar em sua (seu) namorada(o)? Ou ainda pior: você acredita que relações mais duradouras ainda tenham sobrevida? Você sequer considerou sua vocação ao “escolher” o seu trabalho? Ou pior: você sequer pôde considerar sua vocação ao ser arregimentado por seu trabalho? Ou ainda pior: você ao menos tem registro em sua CTPS, Carteira de Trabalho e Previdência Social? 

Se levarmos em consideração a avalanche social – avalanche socialmente (ad)ministrada – de transtornos obsessivos e compulsivos, nossa frágil atenção reduzida a mera hiperatividade por conta da pressão e o pânico bipolar de nossas inseguranças e incertezas, será possível dizer que a recente onda farmacológica de enquadramento de nossas patologias pretende substituir a PM, o DOPS, o DOI-CODI, a CIA, a KGB e a Gestapo pelos medicamentos tarja preta. O carrasco e a cela se tornaram obsoletos. O poder faz com que introjetemos as grades. A sanidade quer controlar os mecanismos da imaginação. A indômita imaginação, um dos últimos e trêmulos resquícios de liberdade. 

Pois Randall Patrick McMurphy faz com que Jack Nicholson tenha que franzir ainda mais as sobrancelhas espessas quando fica sabendo que seus colegas de manicômio estão internados voluntariamente. (R. P. McMurphy foi enviado para o manicômio judicial para que o Estado pudesse sentenciar se suas transgressões são imputáveis ou inimputáveis. No primeiro caso, o delinquente tem consciência de seus atos e deve ser escarrado em mais uma masmorra superlotada; no segundo, o louco deve ser lobotomizado e seu uniforme passará a ser uma camisa de força.) 

− Mas como, vocês estão aqui por que querem?! Quer dizer que vocês podem sair daqui!? Ora, por que não vão embora, por que não se mandam, por que permanecem aqui, meu Deus?! 

McMurphy parece não acreditar que o discurso da servidão voluntária de fato exista. McMurphy, o marginal a ser enquadrado como louco, já foi preso cinco vezes por agressão, além de haver em sua prolixa ficha criminal uma (suposta) tentativa de estupro e vários assaltos. O diretor do manicômio pergunta ao detento por que ele age desta forma. Mas por que você tem que ser um transgressor tão contumaz? Ainda uma vez, cedamos espaço à lucidez de Randall Patrick McMurphy: 

− Ora, eu sou um agressor?! Eu sou um agressor!? Você disse que já estive preso 5 vezes por agressões? E quanto a Rocky Marciano?! O campeão dos pesos pesados já levou 4 dezenas de infelizes à lona, são 40 agressões, 40! Enquanto eu vou para a cadeia, Rocky Marciano se torna um milionário. Como é que você me explica isso, doutor, como? E mais: que história é essa de tentativa de estupro, hein? Aquela mocinha já sabia de tudo, doutor, de tudo, ela me queria, sim, ela me queria! Nenhum homem resistiria àquela coisinha rosada entre as pernas dela, doutor, nenhum! Mas como eu não agi como um vegetal, doutor, eles acham que eu sou louco! 

Ora, façamos então o elogio da loucura. Não seria a depressão um sintoma salutar de que as coisas não vão bem? Senão, vejamos: depressão, a compressão dos desejos do eu, a impossibilidade social de realizá-los. (Eis o sepultamento da utopia.) “Mas não” – grita a farmacologia com o dedo em riste de sua polícia política –, “é preciso quantificar a dor, é preciso mensurá-la com os miligramas das drágeas, só assim o paciente pode voltar à normalidade”. Que diria McMurphy a este respeito?

− A normalidade normativa é consequente em sua autoridade: a tarja preta substitui a venda que o torturador hoje anacrônico outrora utilizava para cegar e amordaçar as vítimas. Afinal, é preciso voltar a trabalhar. E se você está descontente, o problema é seu, a realidade nunca está errada, não é verdade? O real nos remete ao poder do rei, ou seja, o que é, o existente, tem que ser assim e não pode ser de outra maneira, não é mesmo? E se nos sentimos mal, se sentimos pena dos indigentes cujo teto não passa de um cobertor cheio de pulgas, se sentimos náusea pela competição encarniçada que nos arremessa uns contra os outros, se desconfiamos da rotina que nos aparta dos entes e amigos queridos, se fazemos o elogio da loucura que ousa imaginar uma outra sociedade, uma sociedade outra, somos achincalhados, presos e medicados, não necessariamente nessa ordem, mas policialmente contra a desordem. 

Ao fim e ao cabo, a perplexidade indômita de McMurphy se volta ainda uma vez contra a servidão voluntária de seus colegas de manicômio: 

− Mas vocês têm que sair daqui, vocês jamais poderiam estar aqui, vocês têm que ir para a rua, para as ruas, as avenidas, vocês têm que dizer o que é isto aqui, vocês têm que se rebelar! 

Todos ficamos cabisbaixos e assistimos atônitos à saída escoltada de McMurphy rumo à cela de lobotomia. Dói saber que o manicômio já não precisa de grades ou mesmo paredes. Ele pode se expandir e suas fronteiras vez por outra coincidem com o traçado de cidades e até mesmo países. Acaso os paulistanos não elegeram o Coronel Ubiratan Guimarães deputado estadual sob a bandeira 14.111? “Quem é o Coronel Ubiratan Guimarães?” – pergunta McMurphy parcialmente lobotomizado. Após receber o devido beneplácito do governador de São Paulo à época, o Coronel Ubiratan Guimarães comandou a invasão do antigo presídio do Carandiru pela Tropa de Choque da PM, invasão cujo saldo para a população de bem e de bens foi a erradicação de 111 detentos. 

Mas, de alguma forma, ainda há espécimes como McMurphy. É bem verdade que a farmacologia tenta rastrear o genoma de sua imaginação rebelde – afinal, é preciso prever para prover –, mas, até o presente momento, o poder não conseguiu introjetar a lobotomia. Se a vigilância ainda se faz necessária, a resistência de McMurphy ainda pode insinuar o caos pelas frestas mal vedadas do cotidiano. 

*Flávio Ricardo Vassoler é escritor e professor universitário. Mestre e doutorando em Teoria Literária e Literatura Comparada pela FFLCH-USP, é autor de O Evangelho segundo Talião (Editora nVersos) e organizador de Dostoiévski e Bergman: o niilismo da modernidade (Editora Intermeios). A partir do dia 02 de setembro, passará a apresentar o Espaço Heráclito, um programa de debates políticos, sociais, artísticos e filosóficos com o espírito da contradição entre as mais variadas teses e antíteses – segundas-feiras, às 19h, na TV Geração Z: www.tvgeracaoz.com.br. Periodicamente, atualiza o Subsolo das Memórias, www.subsolodasmemorias.blogspot.com, página em que posta fragmentos de seus textos literários e fotonarrativas de suas viagens pelo mundo.
 
 
http://www.mariolobato.blogspot.com.br/2013/08/elogio-da-loucura.html#more

terça-feira, 13 de agosto de 2013

 

Manifestantes invadem Sírio-Libanês e param a Paulista durante ato em SP

 
 
DE SÃO PAULO
 
 
Um grupo de cerca de 50 servidores públicos da saúde interrompeu o trânsito na avenida Paulista, na região central de São Paulo, na noite desta terça-feira (13). Segundo a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) três faixas da via chegaram a ser fechadas no sentido da rua da Consolação.
Por volta das 21h25 o grupo deixou a avenida Paulista e foi até a sede da secretaria estadual da Saúde, que fica ao lado do Hospital da Clínicas, na avenida Doutor Arnaldo, zona oeste. Em seguida os manifestantes se dispersaram e o tráfego foi normalizado.
Mais cedo o protesto estava na frente ao hospital Sírio-Libanês, também na região central.
O ato começou por volta das 18h30 na frente da prefeitura, no viaduto do Chá, no centro de São Paulo. Chegou ao Sírio por volta das 19h30.
O grupo, que tem membros do Fórum Popular de Saúde, protesta por melhores condições de trabalho e atendimento à população no SUS (Sistema Único de Saúde). Também pede a saída do secretário estadual da Saúde, Giovanni Guido Cerri.
Eles também usaram palavras de ordem contra o senador José Sarney, que está internado no hospital.
Nelson Antoine/Fotoarena/Folhapress
Manifestantes que participam de protesto a favor da saúde pública tentam entrar no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo
Manifestantes que participam de protesto a favor da saúde pública tentam entrar no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo
PROTESTO
Esse foi o segundo protesto em frente ao Sírio-Libanês em menos de uma semana. Na quinta-feira (8), servidores da saúde também protestaram no local.
Hoje, o grupo pediu uma reunião com a direção do hospital. Segundo o Sírio, foi permitida a entrada de duas pessoas para discutir saúde pública. Houve um princípio de confusão entre manifestantes, policiais militares e seguranças do hospital.
Alguns manifestantes, segundo o Sírio, invadiram o pronto-atendimento e quebraram vasos e algumas cadeiras. Uma mulher foi contida com spray de pimenta jogado pela polícia.
A Folha tentou contatar representantes dos manifestantes, mas não obteve sucesso. No texto do ato no Facebook, o grupo critica o Sírio-Libanês e diz que o hospital é "o símbolo de uma política que não aceitamos: a saúde como mercadoria!".
O Sírio disse que "lamenta que, mais uma vez, as manifestações por melhorias na área da saúde estejam acontecendo dessa forma, em prejuízo do bem-estar de pacientes que merecem respeito".
 
 

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

DINHEIRO PÚBLICO (NOSSO) DO SUS

Vereador médico rebate acusações postadas no Facebook de que recebeu sem trabalhar

 
Diana Gaúna
 
 
Um post anda circulando a rede social Facebook com informações de que o vereador Paulo Siufi (PMDB) teria recebido os salários de médico da rede municipal de saúde, mas não teria trabalho em horário integral. Segundo a publicação, dos cinco anos atuando como médico no distrito de Aguão, a 40 km de Campo Grande, Siufi teria cumprido apenas 13,34 % de sua carga horária.
O post do Facebook aponta suposta auditoria interna da Secretaria Municipal de Saúde de Campo Grande, que teria constatado que o vereador e médico, nestes cinco anos, deveria ter cumprido uma jornada de 7.680h, já que era contratado como servidor 20h/semanais, ou meio período todos os dias.
Segundo a denúncia, entretanto, ele só comparecia ao distrito uma vez por semana, o que registra uma carga horária de 1.024 h, equivalente a 13,34% do total do contrato de trabalho.
Um médico 20h do SUS atende pelo menos 3.520 pacientes por ano – se considerado o padrão de 16 atendimentos por dia, cinco dias por semana e 11 meses, levando em conta as férias. Multiplicando os atendimentos por cinco anos, seriam pelo menos 17,6 mil consultas.
Já o compartilhamento da rede social diz que a auditoria constatou que em cinco anos, Siufi atendeu somente 843 pessoas, tendo recebido em torno de R$ 324,9 mil, ou R$ 385,4 por consulta. O SUS paga atualmente, em acordo pactuado pela CIB (Comissão Intergestores Biparitte), o valor de R$ 10 por consulta, em qualquer especialidade.
A reportagem tentou entrar em contato com o secretário de Saúde, Ivandro Fonseca, para mais detalhes da auditoria, mas não obteve sucesso.
Outro lado
Procurado pela reportagem, o vereador declarou que o horário em que ele cumpria era fixado pela secretaria de saúde. “Durante 17 anos estive no distrito de Aguão, sempre indo às segundas-feiras, como os outros médicos iam uma vez por semana. Só o dentista ia duas vezes por semana”, conta.
Siufi explicou que sua carga horária estava acordada com a chefia da Secretaria de Saúde e todos os médicos faziam o mesmo horário o que demonstra que ele não teria nenhum ‘horário especial’.
“Se eu estava irregular, como é que eles me pagaram normalmente ao longo desses 17 anos e aos outros médicos também? O que eu sei é que isso é uma realidade do SUS. Tem médicos que vão duas vezes por semana em postos de saúde na Capital, por exemplo”, rebateu.
Reprodução/Facebook
O vereador disse que os pagamentos eram assinados pela gerência, pelo secretário e que os moradores de Aguão sentem sua falta, porque recebe ligações até hoje. “Criei um vínculo com eles ao longe desses anos e aos que me ligam, nunca me neguei a atendê-los no meu consultório sem cobrar pelo serviço”, finalizou.

DINHEIRO PÚBLICO (nosso) DO SUS- ‘troço é meio misturado’ - “Não é que o dinheiro é do SUS. O dinheiro em maior grau gira em torno do SUS. O médico faz o serviço e ‘mal e porcamente' o SUS paga”,

Para garantir salário de R$ 100 mil, Adalberto Siufi 'embolsava' pagamento dos residentes

 
Diana Gaúna

Durante a CPI da Saúde na Câmara desta segunda-feira (12), o ex-presidente do conselho curador, Luiz Felipe Mendes declarou que os procedimentos realizados pelos residentes no Hospital do Câncer iam para o bolso do médico Adalberto Siufi. A CPI constatou que Adalberto chegava a receber R$ 100 mil de salário.
O ex-presidente do conselho curador disse que os médicos recebiam por produção e que Adalberto, por exemplo, sempre chegava cedo e tinha muitas fichas, além do trabalho dos residente que atuavam com ele, que também ‘ficava pra ele’.
O vereador Alex achou estranho e questionou se ele estava dizendo que a produção dos residentes era paga para Adalberto, quando obteve a resposta ‘sim’. “Em todo o Brasil o serviço dos residentes fica para o preceptor,”declarou Luiz Felipe.
Alex rebateu dizendo que na USP (Universidade de São Paulo), o médico faz residência dentro dos hospitais escola e que apenas aqui em MS adotou-se essa sistemática ‘estranha’.
“Se é estranha, não é ao MEC (Ministério da Educação), pois ela foi aprovada pelo Ministério do jeito que ela está”, disparou o médico.
O vereador Alex bateu em cima também da triangulação de repasse de valores, entre secretaria municipal, fundação e Neorad. O médico explicou que o ‘troço é meio misturado’ entre o HC e a Rede Feminina.
“Não é que o dinheiro é do SUS. O dinheiro em maior grau gira em torno do SUS. O médico faz o serviço e ‘mal e porcamente' o SUS paga”, explicou Luiz Felipe.
“O senhor participava dessa triangulação ou participava apenas como barriga de aluguel”, disparou Alex? O médico respondeu que o dinheiro vinha pela secretaria municipal, para a Fundação que repassava para a Neorad.
Questionado se ninguém sabia das irregularidades, o médico disse que fiscalização tinha, mas que ele não entende nada de conta. Luiz Felipe disse ainda que não tinha conhecimento sobre o sobrepreço de 70% da tabela SUS, que era pago a Neorad pelos procedimentos.

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Vereadora diz que história de Dudu está mal contada e pede ajuda para CDH e OAB-MS

 
Evelin Araujo e Wendell Reis
A vereadora Luiza Ribeiro (PPS) declarou na manhã desta quinta-feira (8) durante sessão da Câmara de Campo Grande que a história envolvendo Eduardo Miranda Martins, de 28 anos, conhecido como “Dudu”, está muito mal contada e precisa ser acompanhada pela Comissão de Direitos Humanos e a OAB-MS (Ordem dos Advogados do Brasil de Mato Grosso do Sul).
“É preciso observar que a Guarda Municipal já tinha tido problemas com ele, que ele inclusive denunciou isso aqui na Câmara. Temos que ficar de olhos abertos para que ele tenha direito a ampla defesa para que não sofra injustiça e tudo seja muito bem esclarecido”, pediu.
Ela diz que há vários relatos de pessoas que afirmam que ele não prtava drogas no momento da prisão. Presidente da Comissão, Elizeu Dionízio (PSL) declarou vai acompanhar o caso e que na próxima sessão já deve ter algumas respostas a dar em relação ao assunto.
O ator é o único dos sete manifestantes, presos após manifestações contra a corrupção em Campo Grande, que continua atrás das grades em Campo Grande. Ele está no Presídio de Trânsito (Petran). Eduardo está preso desde o último dia 20 de junho, pois, segundo a polícia foram encontrados papelotes de cocaína na mochila do jovem.
Cãmara Municipal
Ainda de acordo com a polícia, Eduardo também responde por dano ao patrimônio público, já que teria incitado outros participantes do protesto, a invadirem a prefeitura municipal, além de quebrar a porta e danificar uma placa da Câmara Municipal.

http://www.midiamax.com.br/noticias/865338-vereadora+diz+historia+dudu+esta+mal+contada+pede+ajuda+para+cdh+oab+ms.html#.UgQfYJS5fMw

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Três mil índios protestam em Sidrolândia contra enrolação na demarcação de terras

 
Fernanda Kintschner e Nealla Machado
 
 
Cerca de três mil indígenas se reuniram próximo da Fazenda Buriti, palco de conflitos entre proprietário e índios Terena, para protestar quanto a morosidade das demarcações para ampliação da Aldeia Buriti. Eles prometem resistir até a morte, caso seja decidido a favor dos produtores rurais.
Os indígenas criticam o adiamento da reunião com o Ministério da Justiça marcada para ontem (5) e mudada para amanhã (7), às 14h em Brasília. Eles alegam que já era para ter uma decisão final do Governo Federal sobre quem fica com a terra Buriti, se o proprietário Ricardo Bacha ou os indígenas.
De qualquer forma, uma decisão não favorável aos índios não está sendo cogitada pelos Terena. “Se não demarcarem, vamos marca a terra por nossas próprias mãos. Chega de sofrimento”, disse o cacique Ageu Reginaldo Terena, mostrando a foice quando avisa que a demarcação será pela própria tribo.
Segundo o cacique, os indígenas não vão aceitar mais demora. “Não vamos aceitar que a União brinque com essa gente. Estamos sendo ameaçados e não vamos nos calar”, destacou.
“ Perdemos a guerra, mas não perdemos a luta. Quem matou nosso irmão foi o Governo. Nós não vamos nos calar até conseguir”, afirmou o filho do cacique, Gênio Reginaldo Francisco Terena.
Para o ancião da Aldeia Buriti, Basílio George Terena, a situação é mais grave. “Eles dizem que vão matar índio. Nós estamos lendo na internet, fazendeiro fazendo ameaça. Se vai matar índio, se está em época de exterminar, então vai acontecer porque nós não vamos sair daqui”.
Luiz Alberto
No local há doze homens da Força Nacional que acompanham em três carros o protesto de forma a evitar violência, por ambas as partes. O Governo do Estado estendeu a permanência da Força por mais 45 dias.
 

terça-feira, 6 de agosto de 2013

BEIRUT

O Leãozinho

Caetano Veloso


Gosto muito de te ver, leãozinho
Caminhando sob o sol
Gosto muito de você, leãozinho


Para desentristecer, leãozinho
O meu coração tão só
Basta eu encontrar você no caminho


Um filhote de leão raio da manhã;
Arrastando o meu olhar como um ímã...
O meu coração é o sol, pai de toda cor;
Quando ele lhe doura a pele ao léu...


Gosto de te ver ao sol, leãozinho
De te ver entrar no mar
Tua pele, tua luz, tua juba


Gosto de ficar ao sol, leãozinho
De molhar minha juba
De estar perto de você e entrar no mar