segunda-feira, 28 de dezembro de 2015


Leandro Fortes: “Querem trocar juiz após vir à tona nome de tucano acusado de tráfico de órgãos”

publicado em 17 de abril de 2013 às 13:12
Paulinho, então com 10 anos, foi sedado e teve os órgãos retirados quando ainda estava vivo
A dor de Paulo Pavesi
por Leandro Fortes, em CartaCapital 
Sozinho, escondido em Londres, na Inglaterra, depois de ter conseguido asilo humanitário na Itália, em 2008, o analista de sistemas Paulo Pavesi se transformou no exército de um só homem contra a impunidade dos médicos-monstros que, em 2000, assassinaram seu filho para lhe retirar os rins, o fígado e as córneas.
Paulo Veronesi Pavesi, então com 10 anos de idade, caiu de um brinquedo no prédio onde morava, e foi levado para a Irmandade Santa Casa de Poços de Caldas, no sul de Minas, onde foi atendido pelo médico Alvaro Inhaez que, como se descobriu mais tarde, era o chefe de uma central clandestina de retirada de órgãos humanos disfarçada de ONG, a MG Sul Transplantes. Paulinho foi sedado e teve os órgãos retirados quando ainda estava vivo, no melhor estilo do médico nazista Josef Mengele.
Na edição desta semana de CartaCapital, publiquei uma reportagem sobre o envolvimento do deputado estadual Carlos Mosconi (PSDB) com a chamada “Máfia dos Transplantes” da Irmandade Santa Casa de Poços de Caldas.
Mosconi, eleito no início do ano, pela quarta vez consecutiva, presidente da Comissão de Saúde (!) da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, foi assessor especial do senador Aécio Neves (PSDB-MG), quando este era governador do estado. Aécio o nomeou, em 2003, presidente da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (FHEMG), à qual a MG Sul Transplantes, idealizada por Mosconi e outros quatro médicos ligados á máfia dos transplantes, era subordinada.
As poucas notícias que são veiculadas sobre o caso, à exceção da matéria de minha autoria publicada esta semana, jamais citam o nome de Carlos Mosconi. Em Minas Gerais, como se sabe, a imprensa é controlada pela mão de ferro do PSDB. Nada se noticia de ruim sobre os tucanos, nem quando se trata de assassinato a sangue frio de uma criança de 10 anos que teve as córneas arrancadas quando ainda vivia para que fossem vendidas, no mercado negro, por 1,2 mil reais. Nada.
Esse silêncio, aliado à leniência da polícia e do judiciário mineiro, é fonte permanente da dor de Paulo Pavesi. Mas Pavesi não se cala. De seu exílio inglês, ele nos lembra, todos os dias, que somos uma sociedade arcaica e perversa ao ponto de proteger assassinos por questões políticas paroquiais.
Como sempre, a velha mídia nacional, sem falar na amordaçada mídia mineira, não deu repercussão alguma à CartaCapital, como se isso tivesse alguma importância nesses tempos de blogosfera e redes sociais.
Pela internet, o Brasil e o mundo foram apresentados ao juiz Narciso Alvarenga de Castro, da 1ª Vara Criminal de Poços de Caldas. Em de 19 de fevereiro desse ano, ele condenou quatro médicos-monstros envolvidos na máfia: João Alberto Brandão, Celso Scafi, Cláudio Fernandes e Alexandre Zincone. Eles foram condenados pela morte de um trabalhador rural, João Domingos de Carvalho.
Internado por sete dias na enfermaria da Santa Casa, entre 11 e 17 de abril de 2001, Carvalho, assim como Paulinho, foi dado como morto quando estava sedado e teve os rins, as córneas e o fígado retirados por Cláudio Fernandes e Celso Scafi. Outros sete casos semelhantes foram levantados pela Polícia Federal na Santa Casa.
Todos os condenados são ligados à MG Sul Transplantes. Scafi, além de tudo, era sócio de Mosconi em uma clínica de Poços de Caldas, base eleitoral do deputado. A quadrilha realizava os transplantes na Santa Casa, o que garantia, além do dinheiro tomado dos beneficiários da lista, recursos do SUS para o hospital. O delegado Célio Jacinto, responsável pelas investigações da PF, revelou a existência de uma carta do parlamentar na qual ele solicita ao amigo Ianhez o fornecimento de um rim para atender ao pedido do prefeito de Campanha (MG). A carta, disse o delegado, foi apreendida entre os documentos de Ianhez, mas desapareceu misteriosamente do inquérito sob custódia do Ministério Público Estadual de Minas Gerais.
Ontem, veio o troco.
A Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) suspendeu as audiências que aconteceriam de hoje, 17 de abril, até sexta-feira, 19 de abril, para se iniciar, finalmente, o julgamento do caso de Paulinho. Neste processo, estão sendo julgados, novamente, Cláudio Fernandes e Celso Scafi, além de outros acusado, Sérgio Poli Gaspar.
De acordo com a assessoria do TJMG, o cancelamento se deu por conta de uma medida de “exceção de suspeição” contra o juiz Narciso de Castro impetrada pelo escritório Kalil e Horta Advogados, que defende Fernandes e Scafi. A defesa da dupla, já condenada a penas de 8 a 11 anos de cadeia, argumenta que o juiz teria perdido a “necessária isenção e imparcialidade” para apreciar o Caso Pavesi.
Ou seja, querem trocar o juiz, justo agora que o nome do deputado Carlos Mosconi veio à tona.
Eu, sinceramente, ainda espero que haja juízes – e jornalistas – em Minas Gerais para denunciar esse acinte à humanidade de Paulo Pavesi que, no fim das contas, é a humanidade de todos nós.
 

quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

Chauí: Golpe agora fará 64 parecer pão doce; veja o vídeo em que ela ironiza FHC; Schwarz diz que estratégia da oposição foi tornar país ingovernável

publicado em 16 de dezembro de 2015 às 14:26
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por Luiz Carlos Azenha
Surpreendentemente, o auditório da Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, no centro de São Paulo, estava superlotado de professores e alunos.
Mais de 7.500 pessoas já assinaram o manifesto.
Dentre os mil que tiveram as assinaturas confirmadas, 264 são professores da Universidade de São Paulo, 66 da Unicamp, 59 da Universidade Federal do Rio de Janeiro, mas há centenas de assinaturas de professores de universidades federais e privadas de todo o Brasil e até do exterior.
Muitos deles são críticos do governo Dilma e do Partido dos Trabalhadores, como o filósofo Paulo Arantes. Porém, todos reconhecem que o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff é apenas um passo no processo de retirada de direitos sociais e da instalação de um governo oligárquico no Brasil, sob forte influência da extrema-direita. É, portanto, um golpe.
Na mesa, o neurocientista Miguel Nicolelis teve um flashback de 35 anos atrás, de quando o Brasil sofreu um golpe militar. “Quero evitar que meus filhos e meus netos tenham de voltar aqui para protestar contra uma ditadura”, afirmou. “Não é uma presidência, uma pessoa, é a defesa do Estado de direito, da democracia, do império da lei”.
A economista Leda Paulani relembrou que “nenhuma Nação passa impune por 25 anos de ditadura”. Segundo ela, “é a construção democrática do Brasil” que está em jogo. Os que propõem o impeachment, segundo ela, “nunca foram democratas”.
Outro economista, Luiz Gonzaga Beluzzo, também relembrou o passado. Disse que em 64, depois do golpe, apanhou do Comando de Caça aos Comunistas (CCC) defendendo o governo constitucional de João Goulart e que o faria de novo, agora, se necessário for.
O jurista Dalmo Dallari afirmou que nunca foi filiado a partido político, que estudou a proposta de impeachment de Hélio Bicudo, Janaina Paschoal e Miguel Reali Jr. e que não existem atos da presidente Dilma que configurem crime de responsabilidade.
“Eu não diria que são falsos juristas, mas que são juristas incompletos”, afirmou. Nunca chegariam ao STF por terem demonstrado “notável ignorância jurídica”, aduziu.
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Paulo Arantes alegou que, por força da pergunta de um repórter, se sentia obrigado a explicar sua presença no ato, tendo em vista suas críticas recorrentes ao PT e ao governo Dilma.
“É em solidariedade às vítimas do processo em marcha. Saindo ou não saindo o impeachment, estamos diante de uma onda avassaladora que está se despejando sobre o Brasil”, afirmou.
Ele relembrou a manifestação na avenida Paulista em 2013, quando a esquerda apanhou de militantes direitistas quando comemorava a vitória do Movimento Passe Livre. Para ele, designar os pró-impeachment como “coxinhas é fofo”; no outro extremo, poderiam ser chamados de “milícias fascistas”.
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Para o fundador do PSDB, o economista Luiz Carlos Bresser Pereira, a democracia está ameaçada “pelos liberais”, que não aceitam premissas básicas dela, como os direitos civis e o sufrágio universal. Ele acrescentou que uma “classe média orfã” da política econômica fornece a militância para o que chamou de golpe.
Para Bresser, o impeachment falhará porque o Brasil tem uma sociedade plural, uma classe trabalhadora ativa e intelectuais como os que se reuniam naquele momento.
O professor Roberto Schwarcz disse que o impeachment vai enfraquecer a democracia e lembrou que, desde a apuração dos votos em 2014, a oposição trabalha para tornar o Brasil ingovernável de maneira a poder dar o golpe alegando que o país está desgovernado.
Para ele, se o governo atual for derrubado o impeachment estará legitimado como forma de resolver crises institucionais, mas o campo popular não terá acesso à imprensa, ao rádio e à TV, nem ao apoio da Fiesp, que representam “os interesses do dinheiro”.
O professor de Filosofia Marcos Nobre disse que a elite brasileira está “canalizando o sofrimento social” de uma crise econômica para dar o golpe. “É a energia sequestrada de uma sociedade”, disse. “A autodefesa de um sistema estruturalmente podre e corrupto”, segundo Nobre, resulta numa “enganação coletiva”: colocar os de baixo para apoiar uma proposta que basicamente beneficia os de cima.
Vídeo de Artur Scavone

Marilena Chauí afirmou que o impeachment é apenas a “cereja no bolo” da direita, que banca uma pauta extremamente conservadora no Congresso, incluindo da redução da maioridade penal à lei antiterrorismo.
Segundo ela, o que está sendo preparado “é a vitória completa do capital na luta de classes”. “Não é por acaso”, frisou, que “o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso afirmou em entrevista que o mercado é favorável ao impeachment, como se o mercado fosse um ente metafísico”. Para Chauí, a classe dominante conta com o apoio de uma classe média “proto fascista” para implantar um governo reacionário depois de derrubar Dilma Rousseff.
“Se o golpe vier, nós teremos uma ditadura que nos fará considerar 64 como um pão doce com bolacha”, previu sobre o futuro.
Para o jurista Fábio Konder Comparato, que encerrou o evento, no Brasil vigem duas Constituições. A de 1988, nunca totalmente regulamentada, e a “real, ditada pela oligarquia”. Para ele, o impeachment seria a vitória indiscutível desta constituição “de fachada”, que privilegia os de cima às custas dos de baixo.



http://www.viomundo.com.br/politica/para-chaui-golpe-agora-fara-64-parecer-pao-doce-critico-do-pt-arantes-relembra-milicias-fascistas-para-schwarcz-estrategia-da-oposicao-foi-tornar-pais-ingovernavel-nobre-diz-que-brasil-vie-eng.html

Cunha tinha dois boletins de ocorrência sobre ex-relator do Conselho de Ética

Agência O Globo
 
No pedido de afastamento do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o Ministério Público Federal afirma que dois boletins de ocorrência relacionados ao deputado Fausto Pinato (PRB-SP), ex-relator do caso de Cunha no Conselho de Ética, foram apreendidos, um deles no paletó do peemedebista e outro no escritório de Cunha. O segundo documento tratava de uma briga com agressão física envolvendo Pinato.
“O interesse do EDUARDO CUNHA possivelmente era conhecer a extensão de fatos supostamente desonrosos envolvendo o Deputado Fausto Pinato para que pudesse, de alguma maneira, constrangê-lo caso levasse adiante o intento de prejudicar o EDUARDO CUNHA junto ao Conselho de Ética”, diz o Ministério Público, depois de mencionar que Pinato estava envolvido em um possível “cometimento de contravenção penal de vias de fato”.
Já o boletim de ocorrência encontrado no paletó de Cunha “se refere ao crime de ameaça supostamente praticado em desfavor do ex-relator do processo instaurado em face do EDUARDO CUNHA no Conselho de Ética” . Pinato havia relatado em entrevista à “Folha de S. Paulo” que teria sido ameaçado em um aeroporto.
“O fato de o EDUARDO CUNHA guardar cópia deste boletim demonstra interesse incomum por um fato ocorrido a um terceiro que não é pessoa de sua estreita proximidade. O interesse só se justifica se as supostas ameaças dirigidas ao ex-relator do Conselho de Ética tiverem origem em ações preordenadas pelo EDUARDO CUNHA, o que é bastante plausível, considerando que o Deputado Fausto Ruy Pinato manifestou-se favorável à abertura do processo em face de EDUARDO CUNHA. Nesta hipótese, é natural que o EDUARDO CUNHA queira acompanhar de forma mais atenta as declarações do Deputado Fausto Pinato relativo ao crime de ameaça. Esse documento apreendido certamente reforça a suspeita em torno da atuação do EDUARDO CUNHA para pressionar o então relator do seu processo no Conselho de Ética”, diz o Ministério Público.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

Mais um vídeo de ódio no Facebook. Menor apanha em protesto no Rio



Suspeito de roubo está dominado por PMs quando toma tapas e xingamentos. "Tem que metralhar!", diz manifestante

BRUNO FERRARI
15/12/2015 - 19h07 - Atualizado 15/12/2015 19h32

Garoto detido pela polícia é agredido por manifestantes (Foto: reprodução/Facebook)
"Tem que metralhar. Tem que metralhar. Tiro na cabeça. É isso que tem que fazer", diz uma jovem moça, usando um top cinza e uma calça de ginástica. É o desfecho de um vídeo que durou pouco mais de dois minutos no domingo (13/12), durante as manifestações no Rio de Janeiro. O destinatário das palavras é um garoto que aparenta ter uns 10-12 anos de idade. Ele foi detido por policiais militares por suspeita de ter roubado um manifestante. 
Momentos antes, o menino, já dominado pelos PMs, tenta se justificar enquanto é revistado pelos agentes. Alguns manifestantes se revezam para desferir tapas e socos na cabeça da criança. "Filho da p... Vai roubar da tua mãe", grita uma senhora mais exaltada.
Um senhor de camisa amarela e boné azul claro se aproxima do garoto e puxa o cabelo dele. É afastado por um cidadão que tentava proteger o menor. Logo depois, outro homem, com camisa que pedia o impeachment da presidente, se aproxima e dá um tapa forte na cabeça do suspeito. A senhora, de chapéu e óculos escuros, a mesma que xingava o garoto de filho da p..., então se aproxima e desfere mais um golpe.
A cena continua. Um senhor de cabelos brancos, óculos escuros, bermuda e camiseta azul desfere o tapa com mais força no menino, que é encaminhado para a viatura.
Já dentro do carro, alguns manifestantes se juntam ao redor da viatura e continuam com os xingamentos. “Ladrãozinho". "Desgraçado". "Cadê os diretos humanos para defender?”, diz uma senhora. “E o guarda quer me levar preso. É a inversão de valores!”, falou um dos adultos envolvidos na confusão. Neste momento, o senhor de cabelos brancos, óculos escuros, autor do tapa mais forte se aproxima e diz em voz alta para acalmar seu colega: “Não vai levar preso p... nenhuma”.

O vídeo termina e, aparentemente, ninguém, além do garoto, vai preso.

Por questões legais, não podemos exibir vídeos de menores de idade.
 
 

sexta-feira, 30 de outubro de 2015

Teach me to love, teach me to love




Akeda

Matisyahu

 
How can I talk to you
I step into your glory
I step into the house
House of David's light
How can I talk to you
It's the same story
Ashrey yoshvey beyseho
Teach me to love, teach me to love
Avraham
Avraham
Take your son
Take your blade
Take your rope
Three long nights, Three long days
And approach to the mountain of the Lord
Yes you've been here times before
In your dreams, fantasies, realities, they all bleed
Ayeka
Teach me to love
Ayeka
Avraham
Avraham
Take your son
Take your blade
Take your rope
Three long nights, Three long days
And approach to the mountain of the Lord
Yes you've been here times before
In your dreams, fantasies, realities, they all bleed
Teach me to love
Ayeka

sábado, 24 de outubro de 2015

David Bowie



Heróis

Eu, eu serei rei
E você, você será rainha
Embora nada os afaste
Nós podemos vencê-los, apenas por um dia
Nós podemos ser heróis, apenas por um dia
E você, você pode ser mau
E eu, eu vou beber o tempo todo
Porque somos amantes, e isso é um fato
Sim, somos amantes, e é isso
Embora nada, nos mantenha juntos
Nós poderíamos enganar o tempo, apenas por um dia
Nós podemos ser heróis, para todo o sempre
O que você diz?
Eu, eu gostaria que você pudesse nadar
Como os golfinhos, como os golfinhos podem nadar
Embora nada, nada nos mantenha juntos
Nós podemos vencê-los, para todo o sempre
Oh, nós podemos ser heróis, apenas por um dia
Eu, eu serei rei
E você, você será rainha
Embora nada os afaste
Nós podemos ser heróis, apenas por um dia
Nós podemos ser nós, apenas por um dia
Eu, eu consigo me lembrar (eu me lembro!)
De pé, junto ao muro [de berlim] (junto ao muro!)
E as armas dispararam sobre nossas cabeças (sobre nossas cabeças!)
E nós nos beijamos, como se nada pudesse cair (nada
Pudesse cair!)
E a vergonha, estava do outro lado
Oh nós podemos vencê-los, para todo o sempre
Então nós pudemos ser heróis, apenas por um dia
Nós podemos ser heróis
Nós podemos ser heróis
Nós podemos ser heróis
Só por um dia
Nós podemos ser heróis
Nós não somos nada, e nada vai nos ajudar
Talvez estejamos mentindo, então é melhor não ficar
Mas poderia ser mais seguro, apenas por um dia
Oh-oh-oh-ohh, oh-oh-oh-ohh, apenas por um dia

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Casos de Mortes de ìndios MS - não olham nem pra isso....

Briga entre índios e deputados sobre boicote a produtos encerra sessão

http://www.campograndenews.com.br/politica/briga-entre-indios-e-deputados-sobre-boicote-a-produtos-encerra-sessao

Flávia Lima e Leonardo Rocha
Indígenas voltaram a ocupar o plenário da Assembleia nesta quinta-feira. (Foto:Leonardo Rocha)Indígenas voltaram a ocupar o plenário da Assembleia nesta quinta-feira. (Foto:Leonardo Rocha)
Uma discussão entre um grupo de pelo menos 40 indígenas e os deputados Paulo Corrêa (PR) e Mara Caseiro (PTdoB), terminou com o encerramento da sessão da Assembleia Legislativa desta quinta-feira (22). A polêmica começou quando os índios chegou ao local para apoiar a criação da CPI que apura se houve omissão do Estado nos casos de morte e violência praticada contra os povos indígenas entre 2000 a 2015.
 
A confusão começou quando o grupo se mostrou favorável a um boicote contra os produtos do agronegócio do Estado. "Há sangue indígena na produção do Estado", disse a líder Sônia Guajajara, coordenadora executiva da APIB (Associação de Povos Indígenas do Brasil), que ocupou a tribuna para incentivar o lançamento da campanha de boicote.
Nesse momento o deputado Paulo Corrêa se mostrou contrário ao discurso dos índios e solicitou que a mesa diretora apurasse o RG, CPF e a té comprovante de residência da líder indígena. No entanto, ele não explicou o motivo da solicitação.
Além disso, o deputado disse que era possível discutir sobre a CPI, mas quanto ao boicote, seria impossível. Em apoio ao colega, a deputada Mara Caseiro também se mostrou contrária a reivindicação do grupo. "Todos iremos morrer de fome se houver um boicote aos nossos produtos", ressaltou.
Revoltados, os índios começaram a gritar. Foi quando o deputado Paulo Corrêa se dirigiu até a mureta, próxima ao público e começou a discutir com os indígenas. .
O clima ficou tenso e o deputado Junior Mochi (PMDB) acabou encerrando a sessão. Com a decisão o grupo acabou deixando o plenário, se concentrando na área externa da Assembleia, com faixas e realizando danças típicas. Após o fim do tumulto, a sessão foi retomada.
Após encerramento de sessão, índios fizeram protesto do lado externo da Assembleia. (Foto:Fernando Antunes)Após encerramento de sessão, índios fizeram protesto do lado externo da Assembleia. (Foto:Fernando Antunes)

kkkkkk PIADINHA MS: "Aqui ninguém é bandido, ninguém é assassino." Vereador Saraiva kkkkkkk

Policiais armados suspendem sessão e abrem nova crise com Bernal

Aline dos Santos e Antonio Marques

Aqui ninguém é bandido, ninguém é assassino, reclama Saraiva. (Foto: Marcos Ermínio)"Aqui ninguém é bandido, ninguém é assassino", reclama Saraiva. (Foto: Marcos Ermínio)
A presença de dois policiais à paisana e armados, que fariam a “escolta” da vereadora Luiza Ribeiro (PPS) e seriam lotados no gabinete do prefeito Alcides Benal (PP), provocou confusão na Câmara Municipal nesta quinta-feira.
A sessão foi interrompida quando o vereador Airton Saraiva (DEM) informou ao presidente da Casa de Leis, vereador Flávio César (PTdoB), a presença de policiais armados. Segundo Saraiva, o regimento não permite pessoas armadas no plenário, mesmo que sejam policiais. O parlamentar ainda disse que os policiais estavam no local fazendo a segurança da vereadora.
“Aqui ninguém é bandido, ninguém é assassino. O plenário é parte política da Casa”, afirmou Saraiva. A sessão foi suspensa e os vereadores rumaram para reunião fechada. À imprensa, Saraiva afirmou que são policiais lotados no gabinete de Bernal.
“Esse é o relacionamento que o prefeito quer te com a Câmara? Não precisa disso. Aqui é lugar do debate político. Vai que uma pessoa despreparada, num momento mais intenso de debate, saque uma arma e atire num vereador, num jornalista”, declarou Saraiva.
Hoje foi o primeiro dia em que Luiza Ribeiro foi à Câmara após vir a público seu depoimento à força-tarefa do MPE (Ministério Público do Estado), que apura denúncias de fraudes em obras. Luiza relatou que há proteção dos vereadores ao grupo investigado.
A repercussão foi negativa e a vereadora foi duramente criticada pelos vereadores, pois não apresentou provas das denúncias. Nesta quinta-feira, pelo menos no plenário, o tom foi amistoso. A vereadora cumprimentou os colegas um a um e nenhum se negou a lhe estender a mão. A expectativa é de que Luiza faça um pronunciamento na Câmara. A reportagem não conseguiu falar com a vereadora sobre a polêmica da escolta. Os policiais deixaram o plenário.
http://www.campograndenews.com.br/politica/policiais-armados-suspendem-sessao-e-abrem-nova-crise-com-bernal
 

BANG-BANG Campo Grande - COROLENISMO ms

 

Flagra de supostos policiais civis armados interrompe sessão na Câmara

Dupla disse que foi até a casa de leis atendendo 'ordem de cima'
     
A presença de dois homens armados no plenário, que se identificaram como policiais civis, levou os vereadores a suspenderam a sessão ordinária desta quinta-feira (22) na Câmara Municipal de Campo Grande. A dupla foi retirada do prédio pela segurança da casa e, até o fechamento deste texto, os parlamentares estavam reunidos a portas fechadas avaliando a situação. 

Os dois homens armados evitaram dar declarações. Apenas se identificaram como policiais civis e, quando questionados sobre o motivo da presença no plenário, disseram ter recebido “ordem de cima, do céu” para irem até a Câmara “por conta do clima hostil”.
Logo após a abertura dos trabalhos, o vereador Airton Saraiva (DEM) pediu que a sessão fosse suspensa. “É a primeira vez em 15 anos que vejo alguém entrar armado no plenário”, disse.
Em seguida, os vereadores deixaram o plenário e começaram uma reunião para avaliarem a situação. A dupla armada foi convidada, pela equipe de segurança da Câmara, a deixar o prédio, e saiu do local sem prestar mais informações.
Nos corredores, há a informação de que os dois seriam policiais civis cedidos à Prefeitura. No entanto, nenhuma fonte oficial confirma ser este o caso ou o motivo pelo qual os agentes tenham sido deslocados até o plenário da Câmara.
Houve também a informação de que seriam seguranças da vereadora Luiza Ribeiro (PPS), devido ao fato de ter vazado depoimento da parlamentar ao MPE (Ministério Público Estadual) no qual ela denuncia corrupção na política local. Ela está reunida junto com os colegas e, por enquanto, não há qualquer informação que confirme este rumor.

http://www.midiamax.com.br/politica/supostos-policiais-civis-armados-interrompem-sessao-camara-municipal-278126
 

sábado, 26 de setembro de 2015

 

 Put money in my hand
And I will do the things you want me to
Vanity overriding wisdom
Usually common sense
Should I delete it
You said you'd read it
You promised you would
Never ruin it with sequels
I wake for you on and on

Beyond all ideas of right
And wrong there is a field
I will be meeting you there
The moon's a skull
I think it's grinning
The room is full of people
Now I think it's spinning

Wanted you
Didn't ask for nothing
Wait for you on and on
And I don't need your tie
I don't need to, tired of saying it
We don't need more talk
Don't empty out your canteen
On the desert floor
Ahh, it's all my fault

Never wanna spell it out
I just want to say
That it is all my fault
I could never spit it out
I don't wanna fix your tie
Never want to say we're sad
Thankful that we got some chance
I know you won't get back your time
I wish that you could take it back
Beyond all ideas of right and wrong
There is a field
I will be meeting you there

He wanted it more than me, I suppose
I was in a rush to wait in a line
Now I hear echoes of my old self
This is not the way to be
All at once
I lost my way

Is it not true, the things that we did?
Come here at once and look what they did
Come here shut down and tune in tonite
Learn the words that they teach you
Without you realizing it
Come here sit down and watch some tv

Mine all mine wait your turn
Cross my cross slice his hand
Not your son not your friend not your enemy
I rely on the little things to get me by
Conscience says "I'm ok"
You don't hear what they say
"He's not my son, search his home"
Off to war
It's time to go hide inside

Soft skin
Weak chin
Just walk me thru it, tell me what to do I'll do
Hurry hurry, that's my baby
Ohh, do what you can
All the time - he waits for me
And now we talk from time to time
Hits you on the head when nobody's there
Then he says "come here could you fix my tie? "

It's never gonna be
To be is not the way to be
Show me where to go
Don't get angry so quickly
Fuck depression
Beyond all ideas of right and wrong there is a field
I will be meeting you there

Understanding is more important than love
If not money will always trump justice
All is lost
I'll find my way
So I say
To be is not to be
To be is not the way to be


sexta-feira, 18 de setembro de 2015


Brasil e Canadá inovam em
pesquisas sobre saúde mental

Projeto rendeu debates, 40 teses, site, 54 artigos nacionais e internacionais, além de oito capítulos de livros

·       Texto: 


Especial para o JU

·       Fotos: 


·       Edição de Imagens: 





Durante cinco anos, pesquisadores, estudantes, usuários e prestadores de serviços da Unicamp e da Universidade de Montreal investigaram modelos de saúde mental no Brasil e no Canadá. O projeto foi financiado pela Aliança de Pesquisa Comunidade-Universidade (ARUC) do Canadá e buscou influenciar debates acadêmicos e políticos em favor da luta contra o estigma das doenças mentais, aproximar os serviços de saúde, a comunidade e a pesquisa acadêmica.

As abordagens de investigação tomaram, como base, metodologias participativas e inclusivas de alunos de mestrado, doutorado e pós-doutorandos e gerou 40 teses, 54 publicações nacionais e internacionais, oito capítulos de livros, o site www.aruci-smc.org, dentre outros produtos oriundos do projeto. A participação ativa dos usuários no processo de investigação tornou-se um evento sem precedentes no Brasil.

“A quantidade de alunos envolvidos no projeto foi enorme. Só de doutorado e pós-doutorado do Brasil foram 35 alunos. O que me encantou no projeto foi fazer ciência aplicável engajada com a comunidade. Essa é uma tendência mundial de pesquisa participativa inclusiva, que no Brasil tem pouco desenvolvimento. Temos, por exemplo, um artigo recém-publicado nos Cadernos HumanizaSUS, publicado pelo Ministério da Saúde, que foi escrito com a participação dos próprios usuários dos serviços da saúde mental”, revelou Rosana Teresa Onocko-Campos, médica do Departamento de Saúde Coletiva da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp e coordenadora do projeto ARUC.

O artigo “A experiência de produção de saber no encontro entre pesquisadores e usuários de serviços públicos de saúde mental: A construção do guia GAM” reuniu 27 autores entre docentes, mestrandos e doutorandos da Unicamp, da Universidade Federal Fluminense e Universidade Federal do Rio Grande do Sul e também usuários de serviço de saúde mental dos municípios de Campinas (SP), Novo Hamburgo e São Leopoldo (RS), Rio de Janeiro e São Pedro da Aldeia (RJ), e trabalhadores desses serviços. Segundo Onocko-Campos, o artigo levou dois anos para ser escrito.

No Brasil, até a década de 1980, os hospitais psiquiátricos e os asilos eram os principais locais de tratamento para pessoas com problemas mentais graves. A Reforma Psiquiátrica instituiu uma nova política de saúde mental, que teve, como um de seus principais recursos, o desenvolvimento dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) para o tratamento em saúde mental na comunidade, possibilitando o seguimento ambulatorial e a atenção à crise. 

Reconhecendo o contexto de utilização pouco crítica dos medicamentos nos tratamentos em saúde mental, bem como o valor simbólico da medicação para aqueles que a utilizam, foi desenvolvida em Quebec, no Canadá, o guia de Gestão Autônoma da Medicação (GAM), para que os usuários tivessem acesso a informações sobre seus tratamentos e pudessem reivindicar seus direitos e até mesmo a retirada da medicação.

Description: A médica Rosana Teresa Onocko-Campos, coordenadora do projeto ARUC: “A direção proposta é a de que o usuário, em vez de ocupar um lugar de dependência na relação com o serviço, tenha o serviço como espaço a partir do qual retome o seu lugar de cidadão”A versão brasileira não manteve o tema da retirada da medicação, mas reforçou a tomada de decisões compartilhadas entre usuário e profissional de saúde. O guia é dividido em passos, onde a pessoa é convidada a fazer um balanço da própria vida para alcançar uma melhor qualidade de saúde.

“O guia GAM revelou que o uso dos medicamentos aumenta o poder dos serviços de saúde mental, coisa que outras pesquisas avaliativas não haviam conseguido mostrar. A medicação psiquiátrica ainda é usada como forma de controle das pessoas. O grande paradoxo é que descobrimos que a palavra do usuário é pouco ouvida na hora da prescrição da medicação nos serviços comunitários de saúde mental”, disse Onocko-Campos.

A pesquisadora da FCM afirma que algumas pessoas têm comparado a medicação psiquiátrica a remédios para hipertensão ou diabetes, como algo que deve ser tomado a vida inteira. A diferença, alega, está na dosagem. Por meio de um exame de sangue é possível ao médico prescrever qual a dose certa para o controle da hipertensão ou diabetes. Já para os medicamentos que afetam percepções e sensações, como os ansiolíticos, não há como ter essa dosagem por meio de exames de laboratório.

“Se eu lhe dou um regulador de humor, como vou saber como está o seu humor se não for confiando no que você me disse? Há pessoas que estão tomando há anos medicamentos sem saber dos efeitos colaterais. Queremos trazer a experiência do usuário para a tomada de decisão quanto a uma boa prescrição”, revelou Onocko-Campos.

A pesquisa, com aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Unicamp, respeitou os aspectos éticos e legais implicados no trabalho com pessoas, sobretudo usuárias da rede de saúde mental. Os usuários da intervenção GAM referiam-se ao grupo como um local para troca de um “saber experiencial” sobre o medicamento, no qual cada um pôde contar sua vivência singular com relação ao uso dos psicotrópicos.

Nas narrativas dos usuários, os CAPS foram descritos ora como lugar de tratamento e cuidado positivamente avaliado, como fomentador de espaço de escuta, de troca e produção de trabalho, ora como promotor de sentimentos de baixo poder de troca e de participação. Foram identificados vários problemas associados à dificuldade de comunicação sobre esse tema: relações desiguais de poder, coerção, medo, timidez, uso de linguagem técnica, ausência de escuta para a vivência pessoal e atribuição exclusiva de competências. Percebeu-se a existência de um limite tênue entre o cuidado com a saúde dos usuários e a tendência ao gerenciamento absoluto de suas vidas. 

As pesquisas levaram à constatação de que ainda são necessárias mudanças nas práticas em saúde mental, especialmente no que se refere à valorização da experiência do usuário em seu tratamento.

“Nesses cinco anos de pesquisa, o que nos chamou a atenção foi o aspecto da prescrição de medicamento tanto dentro da reforma psiquiátrica quanto nos serviços comunitários, nos quais é feito de forma tradicional, com pouco diálogo com os pacientes, muita verticalidade e assimetria na tomada de decisão entre médicos e pacientes. A direção proposta é a de que o usuário, em vez de ocupar um lugar de dependência na relação com o serviço, tenha o serviço como espaço a partir do qual retome o seu lugar de cidadão. Isso foi uma diferença que apareceu nos estudos comparados entre o Canadá e o Brasil”, revelou Onocko.

As pesquisas mostraram que a verticalidade do saber médico sobre o usuário apareceu tanto no Brasil quanto no Canadá, mas o que torna os usuários brasileiros mais frágeis, sobretudo os pacientes atendidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS), é a baixa escolaridade, o escasso poder aquisitivo, o acesso à boa alimentação, a baixa qualidade da moradia e outros fatores, se comparados ao nível de vida dos usuários canadenses.

“Como se não bastasse o estigma da doença mental, que gera uma certa segregação social, a diferença cultural torna os usuários mais fragilizados. Precisamos criar canais de comunicação para que os médicos mediquem corretamente do ponto de vista farmacológico, quando necessário, mas com um grau de permeabilidade com o que os pacientes sentem e acham”, reforçou Onocko-Campos.

O projeto como um todo teve um sistema de governança muito particular, pois permitiu inserir os alunos de pós-graduação em grandes grupos de pesquisa e mudar conceitos. Depoimentos de alunos do Canadá e do Brasil mostram que, depois de participarem do projeto ARUC, eles não conseguem fazer pesquisa sobre as pessoas sem pensar o que elas acham.

De acordo com Onocko-Campos, a FCM da Unicamp está entrando com outro pedido de financiamento no Canadá. A ideia é desdobrar o trabalho na apreensão do processo do adoecimento, mantendo a ênfase na inclusão do usuário nos estudos participativos, com maior refinamento e qualidade do ponto de vista científico.

“Às vezes, tendemos a achar que inovação só existe na área mais dura – engenharia, computação, matemática, física –, mas essa é uma pesquisa inovadora dentro da internacionalização. Por conta desse trabalho, estamos buscando novos convênios com a Universidade de Yale, nos Estados Unidos. E em setembro, vamos para Londres conversar com pesquisadores do Kingdom College, o grupo mais citado do mundo de avaliação de serviços mental. Hoje, as pesquisas são aglutinadas em rede. Essa é uma nova tendência da ciência contemporânea”, revelou Onocko-Campos.

 

Publicações

 

Artigo: A experiência de produção de saber no encontro entre pesquisadores e usuários de serviços públicos de saúde mental: A construção do guia GAM

Autores: Rosana Teresa Onocko Campos, Eduardo Passos, Analice de Lima Palombini et ali

Unidades: Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp, Universidade Federal Fluminense, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Publicação: Cadernos HumanizaSUS, volume 5, Saúde mental, 2015

 

Artigo: Human rights and the use of psychiatric medication

Autores: Lourdes Rodriguez del Barrio, Rosana Teresa Onocko Campos, Sabrina Stefanello, Deivisson Vianna Dantas dos Santos, Ce´ line Cyr, Lisa Benisty e Thais de Carvalho Otanari

Unidades: Universidade de Campinas e Universidade de Montreal

Publicação: Journal of Public Mental Health, Vol. 13, nº. 4 2014, pp. 179-188

 

Artigo: A Gestão Autônoma da Medicação: uma intervenção analisadora de serviços em saúde mental

Autores: Rosana Teresa Onocko Campos, Eduardo Passos, Analice de Lima Palombini, Deivisson Vianna Dantas dos Santos, Sabrina Stefanello, Laura Lamas Martins Gonçalves, Paula Milward de Andrade e Luana Ribeiro Borges

Unidades: Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp, Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Federal Fluminense, Instituto de Psicologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Publicação: Ciência & Saúde Coletiva 18(10):2889-2898, 2013
 

Não deixe de Lutar - Júnior Dread e Gustavo Black Alien






 Sei que o tempo não vai voltar
O que já passou nem quero lembrar
Não to pra perder jogo pra ganhar
Nunca deixo de lutar
Eu digo então

Mas se for pra desistir eu prefiro morrer
Tem que errar pra poder aprender
Sua história sua memória
É a resposta dentro de vc
Quem só fala a vida vai cobrar
Se vc não acredita vai ter que pagar
Corre atrás quem precisa tem que acreditar
Nunca deixo de lutar

Tudo na vida de nada mais vale
Se não tem amor
Encontre a saída não importa o que falem
Seja como for

Éis ou não éis sagaz
Sagacidade no seu máximo é fundamental
Desde neanderthal o aproveitamento do físico e do mental
Que tal?
Uma vez que vc nasceu o presente que ele te dera não tem, ano que vem
Embrulhado debaixo de sua árvore de natal
Em concordata to na moral
Vou acordar seu coração com um afago ou um balde de gelo
Da água pro vinho de sonho a pesadelo
Gwan
O inferno na era glacial
E a gente cai no pêlo
Num dia bonito eu paro e analiso
Lucro e prejuízo comparo e o resultado é o juízo final



 Voa leve
Voa alto
Gira mundo
Roda gigante

Voa leve
Voa alto
Gira mundo

Quando você passar
Vou pegar em sua mão
Te abraçar
Você sabe quem te ama

Juntos voltaremos a girar
Juntos voltaremos a girar
Juntos voltaremos a girar
Juntos voltaremos a girar

Respirar você
Sair do chão
Perder o ar
Perto de você nuvem no céu

Respirar você
Perder o chão
Sair do ar
Perto de você nuvem no céu da boca





 
 [Refrão]
Ela tem cores, curvas, sabores
Coisas que seduzi e,
Eu levo flores, som de cantores
E ela ama ouvir
Se der minha hora preciso ir embora
Mas ela me impede
De um jeito louco, "fica um pouco"
Sou incapaz de ir.
Não vou mentir
Fiquei envolvidão

Ma-ma-malandro era inevitável eu não me envolver
Ela é inacreditável, você tinha que ver
Se liga essas pretinha, toda emperiquitadinha
Meio modeletizinha na pegada "france"
Tem a simplicidade que é difícil se ver
E a sagacidade que é difícil se ter
È de falar baixinho, gosta de calor, carinho
E quando vai tomar um vinho pra brindar de "santé"
A gente se combina, a gente tem tudo a ver
Se é coisa do destino eu já não sei te dizer
Havia conhecido através de um conhecido
Ela prima de um amigo que eu trombei num rolê, e

[Refrão]
Ela tem cores, curvas, sabores
Coisas que seduzi e,
Eu levo flores, som de cantores
E ela ama ouvir
Se der minha hora preciso ir embora
Mas ela me impede
De um jeito louco, fica um pouco
Sou incapaz de ir.
Não vou mentir
Fiquei envolvidão

E ela tinha uma mania de caçar assunto
Dizia que amor-ciúme era um conjunto
Pedia pra Eu valorizar as crise de ciúme dela
Porque se o ciúme dela sumisse o amor também sumia junto e
Curtia Nutella, revista, novela, sambista portela
A pista, favela, mó sinistra ela
Frasista e bela, lia Sérgio Vaz, era fã de Mandela
Vai pensando que ela é fácil. rapaz
Ela não é daquelas minas "tanto fez, tanto faz"
Não cabe naquela rima de alguns anos atrás
Nem combina com as mulheres vulgares
Uma noite e nada mais

[Refrão]
Ela tem cores, curvas, sabores
Coisas que seduzi e,
Eu levo flores, som de cantores
E ela ama ouvir
Se der minha hora preciso ir embora
Mas ela me impede
De um jeito louco, "fica um pouco"
Sou incapaz de ir.
Não vou mentir
Fiquei envolvidão.

E ela quer, quer, quer, quer, quer, quer
Eu fiquei envolvidão.

segunda-feira, 14 de setembro de 2015


 Lembra dos retro-mutantes, dos proto-mutantes
Dos bio-mutantes cantados em momentos atrás
Os quais ainda são a linha esperada
A conduta marcada por atitudes de originalidade e paz

Mas desta vez vou falar de homens
Que por caminhos diferentes daqueles
Procuram também seus objetivos naturais
Também não se estabeleceram, não aceitaram
Não se encaixaram em perversas etiquetas sociais

Todos anormais, todos desqualificados
Castrados, desajustados, considerados um problema
Eles têm uma sensibilidade aflorada
Que os tolos não podem aceitar
Porque estão todos fora do esquema

Agora onde sou? Quem estou?
Pra quem só passa pela vida isso pode até parecer brincadeira
Mas não. Como eles, eu volto ao monte, volto à caverna
Sinto o bicho que sou se contorcendo em minha veia
Volto ao tudo para achar a resposta mais sensata
A carne dos Deuses em minha cara

Simplesmente
A carne dos Deuses em minha cara
Eu volto ao monte
A carne dos Deuses em minha cara

E assim eles me mostraram:
Passe dos limites da sua casa, da sua turma
Se comunique sem nenhum tipo de rótulo
Supere seus limites
Não se conforme com a informação
Busque, atreva, ultrapasse os muros impostos
Atravesse a linha do seu horizonte
Eleve seu espírito como um flash sem destino,
Em todas as direções
Supere seus limites de respiração, de força, de bicho
Como um macaco nu que luta incondicionalmente pela vida

Então, sinta mais
Abrace cada sentimento, seja ele qual for
Como se abraça a quem se ama
E quando precisar, chore
Onde estiver, chore
E um dia, dance... Um dia dance do jeito que você quiser
Sem dúvida as pessoas que dançam com verdade
São pessoas muito mais felizes
E por mais louco que possa parecer, não me ouça
Pois posso ser apenas mais um tijolo daquele muro que você quer
Passar
Simplesmente passar
Passar
Simplesmente passar

Simplesmente
A carne dos Deuses em minha cara
Eu volto ao monte
Eu volto ao monte