quinta-feira, 30 de junho de 2016

TÁ tudo PÔDI ----AQUI É MS - COWMBOY - "O ex-PGJ é irmão de um empreiteiro que manteve contratos com a gestão do ex-governador André Puccinelli (PMDB), e comandou o MPE-MS de maio de 2012 a maio de 2016."" TJ entendeu que o pedido não tinha ‘fundamentação’, ou seja, não havia elementos suficientes para investigar o agora ex-PGJ."

30/06/2016 10h25 - Atualizado em 30/06/2016 10h44

Procuradores se reúnem a porta fechadas para discutir pedido da PF contra Brittes

Polícia encontrou indícios e pediu investigação contra ex-PGJ

  • Brittes disse que vai representar contra delegado da PF

  • Durante a reunião desta manhã do Conselho de Procuradores do MPE-MS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), o atual Procurador-Geral de Justiça do Estado, Paulo Cezar dos Passos, ordenou que todos que não fossem procuradores, incluindo a reportagem do Jornal Midiamax, saíssem da sala, para discussão do caso envolvendo o pedido de investigação feito pela Polícia Federal contra Humberto Brittes, que antecedeu Passos no comando do parquet.
    Durante a reunião do Conselho, o Procurador-Geral comunicou aos presentes que havia um ‘equívoco’ no pedido de investigação contra Brittes, e que o decano (Procurador mais antigo em ação), Sérgio Morelli, a quem caberia tocar o processo internamente, iria explicar aos colegas o caso em questão.
    Há quatro meses, a PF encaminhou ao TJ/MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul), pedido de investigação contra o então chefe do MPE-MS, Humberto Brittes, suspeito de se beneficiar do cargo para proceder arquivamento em procedimentos que poderia comprometê-lo.
    O inquérito da PF já havia recebido recomendação de investigação do STJ (Superior Tribunal de Justiça), todavia o TJ entendeu que o pedido não tinha ‘fundamentação’, ou seja, não havia elementos suficientes para investigar o agora ex-PGJ.
    Antes de deixar o cargo, Brittes havia dito à reportagem do Jornal Midiamax que o pedido de investigação contra ele ‘não tinha fundamento’, e que inclusive havia recebido apoio do Conselho Nacional dos Procuradores-Gerais de Justiça. O ex-chefe do MPE também revelou que entraria com uma representação judicial contra o delegado da PF que solicitou a investigação.
    Fechado
    Apesar da reunião ter sido a portas fechadas, o Jornal Midiamax apurou que durante a explicação aos Procuradores, Morelli afirmou concordar com o posicionamento do presidente do TJ, desembargador João Maria Lós, que pede o arquivamento do pedido de investigação, cogitando inclusive não manter sigilo nos autos, no que foi seguido pelo Paulo Cesar dos Passos.
    Já o Procurador Edgar Lemos pediu a palavra para contrariar o pedido do colega e declarar que é favorável que o processo que pede a investigação de Brittes seja mantido em sigilo.
    O ex-PGJ é irmão de um empreiteiro que manteve contratos com a gestão do ex-governador André Puccinelli (PMDB), e comandou o MPE-MS de maio de 2012 a maio de 2016.


    De Janeiro a Janeiro
    Roberta Campos

    Não consigo olhar no fundo dos seus olhos
    E enxergar as coisas que me deixam no ar, deixam no ar
    As várias fases, estações que me levam com o vento
    E o pensamento bem devagar

    Outra vez, eu tive que fugir
    Eu tive que correr, pra não me entregar
    As loucuras que me levam até você
    Me fazem esquecer que eu não posso chorar

    Olhe bem no fundo dos meus olhos
    E sinta a emoção que nascerá quando você me olhar
    O universo conspira a nosso favor
    A consequência do destino é o amor
    Pra sempre vou te amar

    Mas talvez você não entenda
    Essa coisa de fazer o mundo acreditar
    Que meu amor não será passageiro
    Te amarei de janeiro a janeiro
    Até o mundo acabar

    Até o mundo acabar
    Até o mundo acabar
    Até o mundo acabar

    Mas talvez você não entenda
    Essa coisa de fazer o mundo acreditar
    Que meu amor não será passageiro
    Te amarei de janeiro a janeiro
    Até o mundo acabar

    Até o mundo acabar
    Até o mundo acabar
    Até o mundo acabar

    De janeiro a janeiro

    terça-feira, 28 de junho de 2016


    Mira ira


    Tá tudo padronizado
    No nosso coração
    Nosso jeito de amar
    Pelo jeito não é nosso não
    Tá tudo padronizado
    Me mira ira
    Me mira mas me erra
    Mas minha mira me era confusa
    Mudando meu amor de endereço
    Fria
    Não mira ira
    Não miro mas te acerto no peito
    Quando mudo meu amor de endereço
    Me mira ira
    Me mira mas me erra no escuro
    Sentindo teu amor profundamente

    brazil - MOSTRA tua CARAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA



    Altamiro Borges: Operação Boca Livre é boa chance para discutir quem ganha de verdade com a Lei Rouanet; beneficiário xingava Lula e Dilma nas redes sociais

    28 de junho de 2016 às 21h36
               
    Captura de Tela 2016-06-28 às 22.03.42
    O casamento em Jurerê é apenas o lado pornográfico de benefícios que foram dados à cultura franco-canadense do Cirque Du Soleil e norte-americana do Holiday on Ice, além da Globo, do Banco Itaú e de eventos da elite antipetista
    Lei Rouanet e o segredos da Globo
    Por Altamiro Borges, em seu blog
    Em mais uma operação cinematográfica, batizada de “Boca Livre”, a Polícia Federal prendeu 14 pessoas na manhã desta terça-feira (28) acusadas de desvio de recursos públicos através das isenções fiscais previstas na Lei Rouanet.
    Segundo as investigações, o grupo mafioso atuou por quase 20 anos no Ministério da Cultura e conseguiu aprovar R$ 180 milhões em projetos “culturais”.
    O desvio ocorria por meio de diversas fraudes, como superfaturamento, apresentação de notas fiscais relativas a serviços e produtos fictícios, projetos duplicados e contrapartidas ilícitas feitas às incentivadoras.
    Entre os presos na Superintendência da PF em São Paulo, estão os donos da produtora Bellini Cultural e o agente cultural Fábio Ralston.
    Segundo relato do portal G1, do suspeitíssimo Grupo Globo, “a Polícia Federal concluiu que diversos projetos de teatro itinerante voltados para crianças e adolescentes carentes deixaram de ser executados, assim como livros deixaram de ser doados a escolas e bibliotecas públicas. Os suspeitos usaram o dinheiro público para fazer shows com artistas famosos em festas privadas para grandes empresas, livros institucionais e até a festa de casamento de um dos investigados na Praia de Jurerê Internacional, em Florianópolis. Além das 14 prisões temporárias, 124 policiais federais cumpriram 37 mandados de busca e apreensão, em sete cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília”.
    Ainda de acordo com a reportagem, “entre os alvos da operação, estão o Ministério da Cultura, o escritório Demarest Advogados, a empresas Scania, Roldão, Intermédica Notre Dame, Laboratório Cristalia, KPMG, Lojas 100, Nycomed Produtos Farmacêuticos e Cecil… Os presos devem responder pelos crimes de organização criminosa, peculato, estelionato, crime contra a ordem tributária e falsidade ideológica, cujas penas chegam a doze anos de prisão”.
    O site explica que a Lei Rouanet foi criada em 1991, no governo Fernando Collor, e permite a captação de recursos para projetos culturais por meio de incentivos fiscais. “A lei permite que uma empresa destine parte do dinheiro que iria gastar com impostos para financiar propostas aprovadas pelo Ministério da Cultura”.
    O produtor fascista e o Judas Temer
    O portal do Grupo Globo não se preocupou em pesquisar a história dos integrantes desta máfia.
    Já a revista Fórum foi atrás e descobriu um caso bem curioso.
    “Júlio Plácido, sócio diretor da J2A Eventos, empresa acusada pela Policia Federal de desviar verbas da Lei Rouanet para bancar casamentos e festas privadas posta com frequência xingamentos e ofensas a Dilma, Lula, ao prefeito Fernando Haddad e frequenta passeatas contra a corrupção… Em alguns posts, Júlio Plácido pede para que Lula seja assassinado e xinga a presidenta afastada de ‘vaca’… Um dos episódios que mais chamou a atenção da PF foi o casamento de Felipe Amorim e Caroline Monteiro, organizado pela empresa de Plácido, que aconteceu na luxuosa Jurerê Internacional em 22 de abril deste ano”.
    Há ainda muito mais coisa a se descobrir sobre os desvios criminosos praticados através do uso ilícito da Lei Rouanet.
    A questão é se o Ministério Público e a Polícia Federal irão investigar a fundo as mutretas, que envolvem interesses poderosos.
    Como se sabe, a Globo é uma dos maiores beneficiárias das isenções fiscais.
    Logo após o “golpe dos corruptos”, o ministro interino da Cultura, indignado com os protestos do setor pelo “Fora Temer”, anunciou que reavaliaria a legislação em vigor.
    Nas redes sociais, os fascistas mirins acusaram os artistas contrários ao impeachment de Dilma de “petralhas” que vivem da Lei Rouanet.
    No seu cinismo, o mafioso de Jurerê Internacional talvez até tenha reforçado a mentira. Na sequência, porém, os golpistas enterraram o assunto inflamável.
    Milhões para a Fundação Roberto Marinho
    Já o jornalista Kiko Nogueira, do blog Diário do Centro do Mundo, foi atrás e descobriu que as isenções fiscais beneficiam principalmente grandes empresas.
    O título da sua postagem é demolidor: “Globo captou, pela Fundação Roberto Marinho, R$ 147 milhões na Lei Rouanet sob o PT”.
    Vale conferir a reportagem:
    A Globo, através da Fundação Roberto Marinho, captou R$ 147 858 580 desde 2003, primeiro ano do governo Lula, até 2015.
    Os valores não foram atualizados.
    A FRM foi criada nos anos 70 e é uma instituição privada, teoricamente sem fins lucrativos, voltada, diz o site oficial, para “a educação e o conhecimento”. Ela “se dedica à concepção e implementação de museus e exposições”.
    Entre outros projetos, estão sob seus cuidados o Museu do Amanhã, o Museu de Arte do Rio, a nova sede do MIS no Rio e o Museu da Língua Portuguesa.
    O DCM teve acesso aos dados do Ministério da Cultura. A fundação é apontada na linha dos “maiores proponentes”.
    O ano em que mais se captou foi 2011: 35,2 milhões de reais. A destinação era a revitalização da Igreja Nossa Senhora do Carmo da Antiga Sé, o Paço do Frevo, o MIS e o Museus de Arte do Rio – Mar, todos no Rio de Janeiro. O MIS, sozinho, abocanhou 20,7 milhões.
    Refinando, chega-se aos “incentivadores”.
    Quem mais doou, segundo a planilha, foi a Globosat, com 9,5 milhões, seguida da Globo Comunicações e Participações. A Infoglobo entra com 700 mil.
    Grana para fundações é restituída no Imposto de Renda. Quando a fundação é do próprio grupo, tem-se uma situação ganha-ganha. O dinheiro sai do caixa da companhia, livre do fisco, e entra numa fundação que lhe pertence. É quase lavagem. E é, em tese, legal.
    Um ex-diretor do MinC ofereceu uma explicação sobre a generosidade com a Globo na aprovação de projetos.
    “O MinC foi leniente na gestão. Havia gente muito próxima do mercado em cargos chaves. Para se legitimar no lugar de Gilberto Gil, o ex-ministro Juca Ferreira teve de fazer várias concessões”, diz.
    Ele continua: “As prestações de contas são frágeis. Não se analisa nada direito. É uma festa.”
    A Lei Rouanet financia boa parte dos institutos e fundações privadas no país — do Itaú Cultural, passando pelo Alfa até o Instituto FHC. É um cipoal de altos interesses.
    No final de maio, o DEM entrou com um pedido de CPI, fruto da histeria coletiva de uma direita lelé segundo a qual artistas petralhas tinham ficado milionários com o incentivo. Assim que surgirem os verdadeiros beneficiários e o partido descobrir que deu um tiro no pé, a comissão será enterrada rapidamente.
    Assim como ocorreu com a investigação da Polícia Federal dos cem maiores captadores. Sergio Moro mandou anular o requerimento de um delegado ao Ministério da Transparência. Segundo Moro, a apuração, “se pertinente”, deve ser feita em um inquérito à parte na Lava Jato e com “objeto definido”.
    A grana para o Rock in Rio
    Será que a midiática Operação Boca Livre topa colocar a mão neste vespeiro? Caso vá fundo nas investigações, outros casos sinistros devem surgir.
    Segundo o Sistema de Apoio às Leis de Incentivo à Cultura (Salic), implantado pelo Ministério da Cultura, entre os anos de 1992 e 2011 foram aprovados na Lei Rouanet 34.521 projetos, cujos valores de captação somados totalizaram R$ 11,7 bilhões.
    É muito dinheiro! Com estes recursos, importantes iniciativas artísticas foram patrocinadas, ajudando a valorizar a cultura nacional. Elas merecem aplausos!
    Outras, porém, serviram apenas para encher os bolsos dos oportunistas e dos magnatas do setor. No início de junho, a Folha estampou no título: “Rock in Rio pede R$ 8,8 milhões via lei Rouanet para show sem público”.
    Segundo matéria de Rodolfo Viana, a empresa “Rock Word”, produtora do Rock in Rio, encaminhou ao Ministério da Cultura o pedido de isenção fiscal no valor total de R$ 8,8 milhões “para custear o Amazônia Live, um show em um palco flutuante montado no rio Negro, em Manaus, agendado para ocorrer em 27 de agosto. O evento será fechado a 200 jornalistas e formadores de opinião, diz o texto do projeto. A assessoria da produtora, contudo, ressalta em nota: o público poderá acompanhar, por telões espalhados por Manaus e pela transmissão do Multishow [pertencente ao Grupo Globo], as apresentações do tenor lírico Plácido Domingo ao lado da Orquestra Amazonas Filarmônica e do Coral do Amazonas”.
    A própria reportagem registra: “O caráter restritivo é proibido pela lei Rouanet, que veda a concessão de incentivo a eventos que estabeleçam limitações de acesso, lembra o advogado Fábio de Sá Cesnik, presidente da Comissão de Mídia e Entretenimento do Instituto dos Advogados de São Paulo e membro da Comissão de Direito às Artes da OAB-SP. ‘Mesmo com a transmissão por telões e na TV, eles não poderiam criar restrição de acesso no evento principal’, diz. ‘Se, no show, respeitassem a distribuição estipulada pela lei [em que até 20% dos acessos podem ser destinados a patrocinadores e ações de divulgação, reservando o restante ao público], não teria problema’”.
    Será que a TV Globo fará algum escarcéu contra este projeto? Quanto ela iria garfar em publicidade com a transmissão do “Amazônia Livre”?
    PS do Viomundo: Logo de manhã, em tom de festa, os locutores da CBN, a rádio da Globo, atacavam os abusos da Lei Rouanet sem, obviamente, explicar aos ouvintes que a empresa dona da emissora é uma das principais beneficiárias da isenção fiscal…
    PS2 do Viomundo: E o ministro da Justiça Alexandre Moraes tirando casquinha de uma investigação que começou na CGU sob Dilma Rousseff, CGU que o governo interino do qual ele faz parte rebaixou?

    http://www.viomundo.com.br/denuncias/altamiro-borges-beneficiarios-da-boca-livre-desmantelada-pela-pf-incluem-empresario-que-denunciava-lula-dilma-e-o-pt-por-corrup.html


    Fátima Oliveira: Com os ataques ao Bolsa Família, governo Temer quer resgatar a legião de “meninos do pão velho”

    28 de junho de 2016 às 13h33
    tem pão velho
    A minha recusa a voltar a conviver com o ‘dona, tem pão velho?’
    Fátima Oliveira, em O TEMPO
    Médica – fatimaoliveira@ig.com.br @oliveirafatima_
    As crianças, após o jantar, viam TV. Fazia uma temperatura agradável, mas para nós, nordestinos, recém-chegados a Belo Horizonte, era frio. A campainha tocou.
    Atendi.
    “Dona, tem pão velho?”
    Voz de criança. Era a primeira vez na vida que ouvia aquilo. Demorei a processar a indagação. Espantada:
    “Pra quê?”
    “Pra comer!”
    “Espera. Vou descer.”
    O porteiro falava alterado. Eram duas crianças, a maior de uns 8 anos e a menor tendo por volta de 6 anos. Vendo-me com um saco de pão, o porteiro, imbuído da maior autoridade dos pequenos poderes: “A senhora não pode dar pão pra esse povo que pede aqui na rua! Tenho ordem do síndico pra não deixar”.
    Dei o calado por resposta e entreguei o saquinho com dois pães para o menino maior, e ambos saíram correndo. Encarei o porteiro: “Comunique ao síndico, que sempre que alguém pedir comida em minha casa, se eu tiver, darei!”
    No dia seguinte, recebi uma advertência por escrito, na qual constava a resolução dos moradores, definindo a proibição de dar esmolas na portaria para não atrair gente que “colocasse o prédio em risco”.
    Era 1988. Rua Oscar Trompowski, no Gutierrez, bairro de classe média tida como alta. Morei lá mais de um ano, e nunca mais minha campainha foi tocada por gente pedindo comida. Depois que saí de lá, soube que deram um spray de pimenta para o porteiro afugentar pedintes!
    Mudei-me para a Cidade Jardim, na zona sul de BH. Prédio de apenas três andares, dois apartamentos por andar. Sem porteiro. Na rua Conde de Linhares, onde morei de março de 1989 a junho de 2014. Lá descobri a dura peregrinação cotidiana de adultos e crianças em busca de pão velho ao anoitecer.
    Minha filharada aprendeu a comer pão guardando o pedaço que não queria mais para o “menino do pão velho” – na verdade, uma legião deles, que durante anos tocavam a nossa campainha, tão presentes em nossas vidas que viraram dizeres pedagógicos contra o desperdício e até piadas.
    Um dia, ouvi Débora, pré-adolescente, dizer: “Isso, estraga Arthur! Olho maior do que a barriga. Enche bem o prato e joga no lixo! Mamãe se mata de trabalhar, e tu jogando comida fora. Quer virar ‘menino do pão velho?’”
    Eram tão onipresentes que em Minas, ao se atender a campainha e se reconhecer a voz de uma pessoa amiga, ainda se diz, rindo: “Tem pão velho, não!”
    Não sei dizer exatamente quando começou a escassear até praticamente desaparecer a legião de meninos do pão velho, mas não tenho dúvidas de que foi após o governo Lula instituir o Bolsa Família, como bem lembrava Valdete, idealizadora das Meninas de Sinhá, com quem aprendi muito.
    Valdete repetia como um mantra: “Meninos na rua agora são poucos, quase nada comparando com antes de Lula: tudo na escola! Menino do pão velho? Virou coisa do passado! Milagre de Lula com o Bolsa Família! Lá em casa, a gente está comendo pão velho à tripa forra. Pudim, doce, na torta de sardinha, bolo salgado de pão com legumes… e almôndegas com pão velho, melhor não há!” Ê, Valdete, saudade! (“‘Tá Caindo Fulô…’ – Memórias de Valdete e das Meninas de Sinhá”, 22.1.2014).
    É a legião de “meninos do pão velho” que o governo do interino quer resgatar no Brasil com ataques ao Bolsa Família, com discursos que até tenho vergonha de repetir, mesmo com aspas; e, agora, com a recusa de honrar o reajuste de apenas 9% concedido pela presidente Dilma Rousseff! Coisa de gente sem repertório humanitário.
    Indago outra vez: “Por que o Bolsa Família desperta tanto ódio de classe?” (O TEMPO, 11.6.2013). Nem preciso gastar mais meu latim, mas é ódio de classe de quem acha que o Brasil não deve ser um país cuidador de seu povo.

    http://www.viomundo.com.br/denuncias/fatima-oliveira-com-os-ataques-ao-bolsa-familia-governo-temer-quer-resgatar-a-legiao-de-meninos-do-pao-velho.html

    PQP - PQP - Nossa Senhora. CAMPANHA - "Por um corrupto mais sagaz no MS." Não essa PORRRRRTTAAAAAAAAA



    Ministro da Saúde menospreza médicos cubanos, farmacêuticos e benzedeiras; Conselho de Farmácia de SP exige retratação

    27 de junho de 2016 às 23h34
               
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    por Conceição Lemes e Marcelo Nassif
    Na última sexta-feira, 24 de junho, o ministro interino da Saúde, o engenheiro e deputado federal licenciado Ricardo Barros, fez uma visita oficial a municípios do seu Estado, o Paraná.
    Em Ponta Grossa, falou sobre o Mais Médicos. Garantiu que vai priorizar os médicos brasileiros, durante a renovação do contrato do programa:
    “Em setembro, 3.500 médicos vencem o seu prazo [no programa federal]. Muitos vão permanecer, outros não. Nós vamos fazer um grande esforço no sentido que os médicos brasileiros preencham essas vagas”.
    Em seguida, soltou esta pérola:
    “Se tiver algum ponto em que médicos brasileiros não queiram ir, teremos lá um médico cubano. É melhor ter um médico cubano do que um farmacêutico ou uma benzedeira”.
    Essa frase é uma verdadeira radiografia da incompatibilidade de Ricardo Barros com o cargo que lhe foi dado por Michel Temer.
    De cara, demonstra que ele desconhece que saúde exige abordagem multidisciplinar. E também como funciona o nosso sistema de saúde.
    Para piorar, refere-se pejorativamente aos médicos cubanos, farmacêuticos e benzedeiras,  revelando ignorância, preconceito, desrespeito e desconsideração.
    Ao incluir as benzedeiras, mostra o seu menosprezo com a nossa cultura popular. Mexe ainda com a fé alheia.
    Muitos que benzem, homens e mulheres, são portadores de uma cultura centenária, atávica, assim como os indígenas. São verdadeiras enciclopédias de plantas medicinais. Por meio da cultura oral, eles vão passando, através das gerações, os seus conhecimentos, inclusive para cientistas. Em vários lugares, são a única a opção de cuidado.
    Ricardo Ramos confunde os profissionais que trabalham numa farmácia.
    Nem todo mundo atrás dos balcões é farmacêutico, profissão que exige curso universitário com duração média de cinco anos e registro nos conselhos regionais de Farmácia.
    Não é à toa que farmacêuticos e outros profissionais de saúde estão detonando o ministro golpista.
    Os comentários no Facebook do Ministério da Saúde dão uma ideia da indignação.
    farmaceutico 5-001
    farmaceutico 2-001
    farmacêutico 3-002 Farmaceutico 4
    O Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo soltou a nota abaixo.
    Além de dar uma aula ao ministro sobre o tema, exige retração imediata. Será que conseguiremos uma resposta digna e verdadeira desse senhor?
    saude CRF nota min saude 24 06 2016-001

    quinta-feira, 23 de junho de 2016



    Após 3 anos, ‘Máfia do Câncer’ voltará a ser investigada por denúncias no HRMS

    Ex-secretária e ex-diretor serão ouvidos 
    Matérias do Midiamax foram anexadas ao processo do MPMatérias do Midiamax foram anexadas ao processo do MP
    O Operação deflagrada em 2013, pela Polícia Federal, e denominada ‘Sangue Frio’, que investigou um esquema que beneficiava clinicas privadas em detrimento de hospitais públicos, acabou colocando fim a um grupo de gestores que ficou conhecido como ‘Máfia do Câncer’, voltou a ser alvo de investigação por parte do MPE-MS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul).
    O parquet publicou em seu Diário Oficial desta quinta-feira (23), a instauração de um inquérito civil para ‘apurar eventuais irregularidades administrativas praticado, em tese, pela Administração do Hospital Regional, em relação à Saúde Pública do Estado, sobre a denominada Operação Sangue Frio’.Desta vez, o MP notificou o ex-diretor do HRMS (Hospital Regional de Mato Grosso do Sul), Ronaldo Perches Queiroz, e a ex-secretária estadual de saúde, Beatriz Dobashi, para prestarem esclarecimentos sobre os fatos objetos da investigação.
    Os dois foram flagrados em conversa, à época, na qual dificultavam o recebimento de um equipamento (acelerador linear) usado no tratamento de pacientes com câncer, no HRMS, para promover a clínica do ex-diretor do Hospital de Câncer Alfredo Abrão, Adalberto Siufi, que monopolizava o tratamento de radioterapia em Mato Grosso do Sul.
    Havia uma solicitação de arquivamento do inquérito, instaurado inicialmente em 2013, mas o procurador de Justiça, Aroldo José de Lima, definiu pela convocação de Queiroz e Dobashi, e o também procurador Helton Fonseca Bernardes, pediu a quebra dos sigilos bancário e fiscal da dupla.
    Diversas matérias do Jornal Midiamax estão anexadas ao processo, com denúncias de servidores do HRMS sobre irregularidades cometidas na gestão estadual da saúde, como o fato de que Queiroz era um ‘servidor fantasma’ do hospital, onde trabalharia apenas 10 horas por semana, à época da Operação.

    http://www.midiamax.com.br/cotidiano/3-anos-mp-retoma-investigacao-chamada-mafia-cancer-305603

    Brasilzão Véio Sem porteira - UM lugar ao SOL (Filme) - INCRÌVEEEL

    ( FILME)

    PIADA INTERNACIONAL (TRANSIÇÂO PMDB/PSDB) - AQUÁRIO MS - EMPREITERAS - WELCOME MS - AQUI O ROMBO NÃO TEM TAMANHO. PARABÉNS PROCURADORES E JUÍZES DO ESTADO....PARABÉNS...MAIS UM ÓTIMO TRABALHO...COMO SEMPRE...PARABÉNS...Q PIADA....Q PIADA....Q PIADA....



    Governo terá de refazer todos os projetos complementares do Aquário

    Waldemar Gonçalves e Leonardo Rocha
     
    Autoridades estaduais vistoriam obra no dia do anúncio da retomada da construção do Aquário, no começo de abril (Foto: Fernando Antunes)Autoridades estaduais vistoriam obra no dia do anúncio da retomada da construção do Aquário, no começo de abril (Foto: Fernando Antunes)
    O governo de Mato Grosso do Sul terá de refazer todos os projetos complementares da obra do Aquário do Pantanal, que já consumiu aproximadamente R$ 250 milhões. Os custos destas mudanças ainda estão sendo calculados, mas incluem até o sistema hidráulico, incluindo a estrutura de filtragem da água, que, em resumo, garantirá a vida nos tanques, chegou a ser motivo de piada entre a equipe técnica do Executivo estadual.
    Nem o secretário estadual de Infraestrutura, Marcelo Miglioli, diz ter noção do tamanho do prejuízo com as alterações necessárias. O que ele admite, por enquanto, é que precisa de uma revisão geral de todo o projeto elétrico do Aquário do Pantanal: “vamos levantar em planilha o custo disso”.
    Miglioli, que participou na manhã desta quinta-feira (23) de reunião entre o secretariado e o governador, Reinaldo Azambuja (PSDB), não entrou em detalhes sobre os problemas no projeto elétrico. Indicou que pode estar relacionado ao tempo de paralisação da obra, aproximadamente oito meses.
    Técnicos do setor de obras da Seinfra (Secretaria de Estado de Infraestrutura) ouvidos pelo Campo Grande News garantem que as falhas vão muito além da parte elétrica, envolvendo todos os chamados projetos complementares. Entre eles, o do sistema de condicionamento de ar e o hidráulico, crucial no funcionamento dos cerca de 20 tanques que abrigarão peixes e bichos de inúmeras espécies.
    Secretário estadual de Infraestrutura, Marcelo Miglioli, que participou de reunião do secretariado com o governador nesta quinta (Foto: Fernando Antunes)Secretário estadual de Infraestrutura, Marcelo Miglioli, que participou de reunião do secretariado com o governador nesta quinta (Foto: Fernando Antunes)
    O Aquário visto por dentro: em torno de R$ 250 milhões já foram gastos no projeto, ainda por ser concluído. (Foto: Fernando Antunes)O Aquário visto por dentro: em torno de R$ 250 milhões já foram gastos no projeto, ainda por ser concluído. (Foto: Fernando Antunes)
    "Filtro de piscina" – No caso do sistema hidráulico, a deficiência é tamanha que chegou a ser alvo de piada. “Disseram que o filtro instalado em uma estrutura daquele porte só servia para filtrar piscina”, comenta um membro da equipe técnica do Governo, que permitiu a divulgação de informações sem que ele seja identificado.
    As dimensões gigantescas da obra refletem, também, no tamanho dos problemas encontrados pela atual administração do Estado. “Não conseguimos levantar ainda o valor total dos gastos com o Aquário, o que podemos adiantar é que precisamos de um aditivo (acréscimo no valor) acima de 25%”, diz Miglioli.
    Em alguns casos, os contratos com as empresas responsáveis por determinados projetos complementares já prevê os reparos sem ônus ao governo. A ideia, a partir de agora, é unir todo o trabalho em apenas um contrato com a Egelte, construtora que reassumiu a obra neste mês, após acordo judicial.
    “Tivemos muitas empresas com contratos no Aquário, depois precisamos paralisar em função do impasse com a Proteco (construtora anterior, investigada pela Operação Lama Asfáltica, sobre desvio de dinheiro público). Por isso, vamos avaliar a responsabilidade de cada uma, o que cabe ao Estado e o que cabe a elas”, conclui o secretário.

    terça-feira, 21 de junho de 2016



    Grupo aplaude PMs que assassinaram o menino negro Ítalo


    Por Douglas Belchior
    Cerca de 50 pessoas recepcionaram com aplausos e gritos de “heróis”, os dois policiais militares da Rocam (Ronda Ostensiva de Motos – SP), suspeitos de terem assassinado a tiros o menino negro Ítalo, 10 anos. O crime aconteceu na Vila Andrade (zona sul de SP), onde foi feita a reconstituição, na noite deste domingo, dia 19/06. Este foi o tema da semana, na coluna do Blog NegroBelchior no Jornal da TVT. Confira:

    Dentre diferentes versões apresentadas tanto pelo menino de 11 anos que sobreviveu à ação da PM, quanto pelos policiais, as teses finais são:
    A versão defendida pela criança, que depois de protegida pelo Serviço de Proteção à Criança e Adolescente Ameaçado de Morte, afirmou que os policiais da Rocam teriam “plantado” uma arma no local do crime, prática – convenhamos – habitual da PM em situações como essa;
    E a defendida pelo governador Alckmin, de que os policiais teriam atirado em resposta a disparos feitos pelas crianças, com o carro em pleno movimento. Ou seja, a morte do garoto teria ocorrido em uma situação de legítima defesa.
    Seja qual for a verdade – e a mentira, o fato é: homens maiores de idade, formados e treinados pelo governo do Estado São Paulo, em sua atribuição de defender a cidadania, a vida e a sociedade, concluíram uma operação com a morte de uma criança pobre e preta de 10 anos de idade.
    Vamos acompanhar.
    http://negrobelchior.cartacapital.com.br/
     

    segunda-feira, 20 de junho de 2016



    Araquém Alcântara: criticar o Mais Médicos é desconhecer o Brasil!

    Em livro, fotógrafo conta a história do programa
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    publicado 20/06/2016
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    Da CUT:

    Ser contra Mais Médicos é desconhecer o país, diz fotógrafo

    Depois do início de carreira em jornais e revistas, o fotógrafo Araquém Alcântara ouviu um chamado, ele que diz ter um “xamanismo natural”. Ouviu e obedeceu. São 46 anos no meio das florestas, do cerrado, da caatinga, do pantanal, dos pampas e de todo o tipo de ecossistema brasileiro, registrando animais, plantas e, especialmente, pessoas.
    “O Brasil não conhece o Brasil, né? O Brasil sequer conhece seus brasileiros. E o que eu faço? Eu vou lá e mostro pra eles”, conta o fotógrafo, ao nos receber em seu escritório, uma pequenina casa na Vila Olímpia, São Paulo.
    Araquém havia voltado de quase um mês de expedição no Pantanal, onde caçava imagens para produzir um livro sobre a onça-pintada. Quando ficar pronto, será seu 50º livro, sem falar nas participações em edições coletivas.

    Livro que ficou parado por um ano por conta de outro desses chamados que o fotógrafo diz ouvir. “A minha bem-aventurança é criar belezas, mas, sobretudo, reparti-las. A minha fotografia é feita para provocar, para dar prazer, para inquietar. Nesse contexto, eu percebi intuitivamente que estava diante de um belíssimo trabalho, acima de qualquer posição partidária”.
    “Vou contar essa história”
    Foi assim, num estalo, na cerveja de fim de tarde com o amigo Fausto Figueira Júnior, médico e à época assessor do então ministro da Saúde, Artur Chioro, que Araquém decidiu voltar aos ditos confins do Brasil para realizar uma longa reportagem sobre o programa Mais Médicos, criado no governo Dilma.
    “Eu percebi um veio humanístico nesse projeto. Caralho, vou contar essa história”, relembra. O artista afirma que o único apoio recebido do Ministério da Saúde foi transporte e ajuda de funcionários em cada local que visitava para registrar os médicos participantes do programa e seus pacientes. Nasceu o livro “Mais Médicos”, lançado no final de 2015 por sua própria editora, a Terra Brasilis.
    “Primeiro pensei: 700 municípios sem atendimento. Vai ter um velhinho que pela primeira vez vai ver um médico. E um jornalista estará lá. E o Araquém foi pra lá”, resume. “Essa coisa da essência brasileira, eu acho que entendi o caráter desse povo, andando bem perto dele. Quem não faz isso não percebe o caráter de um povo. Você vai entender os valores de um povo se estiver entre ele”, explica.
    Neste ponto da conversa, o fotógrafo da CUT Roberto Parizotti, o Sapão, acrescenta: “O Capa (Robert Capa, célebre fotógrafo de guerra nascido na Hungria) falava isso. Se a sua foto não está boa, é porque você não está perto do objeto”.

    Sentido de brasilidade
    E, para Araquém, isso ocorre não só com fotógrafos, mas com a sociedade como um todo. “Há um certo distanciamento do sentido de brasilidade”, diz. Na opinião dele, esse é um dos fatores que provocou tanta hostilidade ao programa Mais Médicos por parte da oposição, da mídia e de corporações médicas. “O maior é a falta de consciência de nação, mesmo. E se transforma nessa coisa triste: o cara não quer fazer nenhum esforço, ele quer toda a mamata do mundo porque ele é...médico. Ele é doutor”, provoca.
    Entre seus colegas, Araquém sentiu a mesma resistência à aventura do Mais Médicos. “Eu vi a mídia ignorando esse livro, e é um puta livro, meu irmão, feito com sangue, com suor”, diz, com vocabulário e sotaque de sua cidade natal, Santos (SP). “Vieram me patrulhar: ‘Pô, você está trabalhando para esse governo?’ Eu teria respostas na ponta da língua, mas é melhor não. São tão medíocres que não dá pra responder”.
    Histórias
    Formado jornalista e com talento também para redação, Araquém é um grande e pródigo contador de histórias. Desde o olhar fixo de uma onça sobre si até a experiência de sobreviver à queda de um monomotor na Amazônia, o fotógrafo vai contando um Brasil de pobrezas, destruição da natureza, ausência do Estado mas, também, de esperança, reforçada pelo que viu e viveu enquanto fazia o livro “Mais Médicos”.

    “Conheci uma médica que descobriu que havia um grande índice de esquistossomose. Ela percebeu que as crianças tomavam banhos nos arrozais contaminados. Ela começou a fazer um trabalho social e diminuiu a esquistossomose. Pô, aí nós temos chance. É a presença do Estado”.
    Entre as histórias vividas durante o livro, há o encontro com João Goulart Neto, médico que se inscreveu no programa para atender pessoas nos morros do Rio de Janeiro.
    Reencontro de culturas
    Em Poço Redondo, Sergipe, viu o reencontro de culturas salvando vidas e preparando o futuro. “Um médico que era da santeria cubana encontra uma quilombola parteira, a dona Josefa, da umbanda, que tinha feito não sei quantos partos, os dois se identificam, e estão mudando a história da comunidade. Como? O cara percebe nela uma liderança, se agrega a ela, os dois começam a fazer palestras de sexualidade para as crianças”, narra.
    “O Mais Médicos extrapola suas funções. É obrigado a conhecer e atuar na comunidade, porque se ficar de fora, morre na solidão”, diz o fotógrafo. Outra cena que o emocionou foi o encontro de uma idosa que, ao cruzar com o médico numa rua empoeirada do vilarejo, abraçou-o para agradecer o remédio que lhe havia curado. E deu a ele uma galinha de presente.
    “As mudanças que vejo no país são mudanças de consciência, por intermédio de pessoas que agem localmente. E o Mais Médicos se insere nisso, sem dúvida nenhuma”, avalia.
    Perguntado o que pensou quando o ministro interino da Saúde manifestou a intenção de eliminar os estrangeiros do programa Mais Médicos, Araquém dispara: “Eu não esperava outra coisa dessa excrescência de governo”. Ele diz que torce pela volta de Dilma. Se isso ocorrer, garante, fará uma segunda edição do livro “Mais Médicos”.
     Crédito das imagens: CUT

    http://www.conversaafiada.com.br/brasil/araquem-alcantara-criticar-o-mais-medicos-e-desconhecer-o-brasil

    sexta-feira, 17 de junho de 2016

    Transição PMDB - PSDB - MS - SÓ PODIA DAR NISSO. E AINDA MUITO PIOR POR VIR



    MPF denuncia 12 jagunços envolvidos em crimes contra indígenas em MS; nesta semana, um foi assassinado e seis estão internados; alertada, a OAB não fez nada

    17 de junho de 2016 às 18h31
    MS-001
    Massacre GuaraniA Subprocuradora Geral da República, Deborah Duprat (de óculos, blusa salmão e jeans), os deputados Padre João (PT-MG) e Paulo (PT-RS), respectivamente presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara, Zeca do PT (PT-MS) visitaram as comunidades indígenas atacadas, conversaram com as lideranças, ouviram os relatos de agressão e repressão 
    MPF denuncia 12 por milícia privada contra índios em MS
    do gabinete do deputado Paulo Pimenta
    O Ministério Público Federal (MPF) ajuizou, nesta sexta (17), duas denúncias contra doze envolvidos em crimes contra os povos Guarani Kaiowa e Ñandeva em Mato Grosso do Sul. Eles são acusados de formação de milícia privada, constrangimento ilegal, incêndio, sequestro e disparo de arma de fogo.
    Os ataques foram cometidos contra indígenas do cone sul do estado, na região de fronteira com o Paraguai. Jagunços teriam sido contratados e financiados por proprietários rurais para violentar e ameaçar as comunidades.
    Oitivas, diligências, fotos, vídeos, buscas e apreensões comprovam a atuação dos milicianos, mas o MPF não divulgou a íntegra das denúncias porque os processos correm sob sigilo.
    Nesta semana, um indígena foi assassinado e outros seis estão hospitalizados após comunidade Guarani e Kaiowa do Mato Grosso do Sul ser alvejada a tiros por pistoleiros.
    Os indígenas foram atacados durante retorno para suas terras originárias. Um comitiva da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados foi até o Mato Grosso do Sul para denunciar violações e acompanhar as investigações.
    Em agosto de 2015, o indígena Semião Vilhavla, Guarani e Kaiowa, também foi assassinado por pistoleiros.
    O deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS) lembra que a presença da Comissão de Direitos Humanos no Mato Grosso do Sul faz parte de uma “sequência de esforços que estão sendo tomados para promover a paz nas áreas de conflito”. Em pouco mais de um ano, essa é a oitava vez que a CDHM vai até o Mato Grosso do Sul para garantir proteção aos povos indígenas e mediar, com autoridades locais, soluções para o fim dos ataques.
    Além das diligências, a Comissão de Direitos Humanos, sob a presidência do deputado Paulo Pimenta, realizou ao longo de 2015 e 2016, diversas reuniões com a Procuradoria Geral da República, audiências públicas, vigílias e atos públicos, sempre cobrando ações do Ministério Público Federal e providências sobre as constantes violências contra os indígenas do Mato Grosso do Sul, em especial os Guarani, Kaiowa, Terena e Ñandeva.
    “Nessas incursões sempre buscamos ir acompanhados das autoridades competentes e, em especial, do Ministério Público Federal. Muitos membros e servidores do MPF sempre estiveram ao nosso lado, em especial a Subprocuradora Geral da República, Deborah Duprat, os Procuradores da República no Estado do Mato Grosso do Sul e servidores do MPF/MS”, recorda o deputado Pimenta.
    Segundo o Ministério Público Federal, o ajuizamento das denúncias é “a primeira de uma série de medidas a serem adotadas para combater o conflito armado na região”.
    Para o MPF, a Força Tarefa “é uma maneira de dar uma resposta efetiva aos milhares de indígenas vítimas de violência, que poderiam deixar de acreditar na Justiça por causa da impunidade”.
    Dados do Conselho Indigenista Missionário (Cimi) mostram que, nos últimos 11 anos, mais da metade dos assassinatos de indígenas no país ocorreram no Mato Grosso do Sul. O levantamento aponta também que somente em 2013 houve 73 casos de suicídios de indígenas no estado. Esse índice é o maior em 28 anos. Dos 73 mortos, 72 eram do povo Guarani e Kaiowa.
    Com informações do MPF.
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    Terça-feira, 14 de junho de 2016
    OAB/MS foi avisada sobre risco de assassinato de lideranças indígenas por fazendeiros
    do Justificando 
    Na manhã dessa terça feira, 14, indígenas da etnia Guarani Kaiowa foram vítimas de uma ofensiva organizada por fazendeiros no município de Caarapó, no Estado do Mato Grosso do Sul. Informações do Instituto Socioambiental – ISA narram que fazendeiros reagiram com tiros dois dias após à ocupação dos Guarani em suas terras tradicionais, causando a morte de pelo menos uma liderança indígena. Outras pessoas ficaram feridas.
    A tensão nos territórios indígenas e repressão às etnias têm aumentado exponencialmente, levando a diversos ativistas ligados ao movimento a procurarem organizações para mediarem o debate, a fim de impedir mais mortes.
    Um dos ativistas mais ligados ao movimento indígena, o Advogado e Professor de Direitos Humanos Pedro Pulzatto Peruzzo, já havia recebido a informação de indígenas do risco iminente de uma tragédia, levando-o a alertar por ofício a cada Subseção da Ordem dos Advogados do Brasil de Mato Grosso do Sul (OAB/MS), inclusive a de Caarapó, pedindo apoio para a mediação dos conflitos. Nenhuma subseção respondeu aos ofícios enviados pelo jurista.
    Em maio deste ano, Peruzzo ainda publicou um texto no Justificando, sob o título: A denúncia de um advogado sobre a situação dramática dos indígenas frente à repressão de fazendeiros”. Segundo ele, “o motivo deste texto é uma série de ameaças que fazendeiros do Mato Grosso do Sul, e também do Sul da Bahia, têm feito contra os povos indígenas que vivem nesses estados”.
    No campo de atuação, a OAB/MS pouco tem se posicionado sobre o assunto. Quanto à OAB Federal, a última movimentação na discussão jurídica e mediação em confrontos indígenas foi na gestão passada de Marcus Vinícius. A atual gestão de Claudio Lamachia não se posicionou sobre o tema.
    A situação dos Guarani Kaiowa comoveu as redes sociais há alguns anos quando a comunidade emitiu uma declaração de “morte coletiva por resistência” de 170 homens, mulheres e crianças após uma ordem de despejo decretada pela Justiça de Naviraí (MS). Depois de intensa comoção, a Justiça Federal suspendeu a liminar.




    quinta-feira, 16 de junho de 2016


    Violência policial: provas não se sustentam, mas o que importa é a opinião pública


    Jornal GGN – O amigo do menino de dez anos morto pela Polícia Militar sofre de um grau leve de autismo e uma severa hiperatividade. Em nenhuma circunstância ele poderia ter sido interrogado na rua sem a presença de psicólogos e outros profissionais. Essa é a opinião do ouvidor da Polícia do Estado de São Paulo, Julio Cesar Fernandes Neves.
    Para ele, nenhum dos três depoimentos que o menino deu até agora (contando o primeiro, informal e irregular), foi conduzido de maneira adequada. E o testemunho do garoto, mesmo não podendo constar oficialmente no processo penal por conta de sua idade, é a peça chave para entender o que realmente aconteceu naquela noite. “Fundamental para o esclarecimento da verdade real”.
    O ouvidor entende que algumas ações dos policiais naquela ocorrência tinham o objetivo de produzir provas para a opinião pública. O depoimento improvisado do menino sobrevivente é um exemplo disso. “Um abuso enorme. Abuso de autoridade. Totalmente irregular. Prova para a opinião pública. Para ter uma comoção”.
    “Parece ser espontâneo”, foram as palavras do governador Geraldo Alckmin ao assistir as imagens. “Eu infelizmente tenho que discordar do governador”, disse Julio Cesar Neves. “Quando você sabe da situação dessa criança, não dá pra afirmar que ele tenha dito qualquer coisa com espontaneidade. É impossível”.
    Inclusive, o ouvidor revelou que consta no inquérito policial um novo vídeo, que ainda não foi disponibilizado para a imprensa, em que o menino sobrevivente é retirado à força de dentro do carro roubado e arrastado por cerca de 40 metros até outro veículo.
    “Eu tenho convicção absoluta que os policiais que estavam naquela ocorrência não sabiam com quem estavam lidando. Quando viram que quem levou o tiro foi uma criança, eles ficaram estupefatos”. A partir daí, começou uma corrida para tentar justificar o erro. “Com certeza eles mexeram na cena do crime. Não dá para falar que não”, garantiu o ouvidor.
    Testemunhas improvisadas também foram reunidas às pressas para endossar a versão da PM para os fatos. O advogado Marco Gomes afirmou que estava na rua quando o crime aconteceu e ouviu um disparo de arma de fogo vindo do carro dos garotos contra a viatura da polícia. “Foi tão próximo de onde eu estava que até abaixei", disse na ocasião.
    Tratava-se de mais um testemunho informal para a opinião pública, que não se confirmaria na investigação oficial. Na hora de prestar depoimento, o advogado já não tinha tanta certeza de onde veio o tiro. “O testemunho teria peso, se ele tivesse certeza e estivesse convicto de que o tiro que ele ouviu saiu de dentro do carro dos meninos. Mas ele deixou claro que não viu isso. Ele corria o risco de ser acusado de falso testemunho, então, ele fez bem em não assumir esse risco. Ele falou que é um advogado e sabe das consequências do testemunho dele. Não convicto, ele retirou o testemunho”, contou o ouvidor.
    A própria arma supostamente encontrada pela polícia, um revolver 38 com três balas íntegras e três deflagradas, precisa ser mais bem investigada. “Essa arma veio de um roubo de carga da Comarca de Jundiaí. A gente também está pedindo para que seja visto o histórico dessa arma. Como que ela chegou nesse carro?”.
    Para o ouvidor, não é razoável imaginar que dois meninos armados invadissem furtivamente um condomínio, pulando o muro externo, e furtassem um automóvel. “Se eles estavam armados, eles não precisavam pular o muro de um prédio. Eles poderiam fazer assaltos a mão armada na região”.
    Além disso, os meninos deviam saber que a lei não permite deter menores de 12 anos. “Por que um menino de dez e um de 11 anos trocariam tiros com a polícia sabendo que sairiam imediatamente de uma delegacia? Eles não podem ser levados para a Fundação Casa, para abrigos, só acima de 12 anos”.
    Passada a comoção inicial do caso, e com a investigação ainda em andamento, a única certeza é que, qualquer que tenha sido o motivo, houve erro policial. A própria gravação da conversa dos policiais na rua com o Centro de Operações da Polícia Militar (Copom) deixa isso claro.
    “Eles ali estavam conversando com o Copom, pedindo licença para agir. A resposta do Copom foi ‘mantenha distância, evite confronto’. Essa foi a frase que o policial do Copom soltou para os policiais da ocorrência. O Copom deixou claro que não era para haver confronto. O que não foi feito. Então, houve erro até no procedimento dos policiais da ocorrência”, acredita o ouvidor. “Trata-se de um garoto. Querendo ou não, o Estado tem uma dívida com ele”.
    Dívida que provavelmente não será paga. O Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) está no caso. E os policiais envolvidos estão afastados da rua e realizando trabalhos administrativos. Mas o Ministério Público até agora não nomeou um membro para participar das investigações.
    “A bem da verdade, até agora o Ministério Público não esteve presente. E essa é uma falha grave. A Ouvidoria exerce o controle social da atividade policial. Eles exercem o controle efetivo. O Ministério Público é que vai propor uma eventual ação penal, se tiver essa convicção, ou vai mandar arquivar. Mas como é que o Ministério Público manda arquivar se não participou diretamente dessa investigação?”.
    Se a opinião pública estiver convencida, o caso será esquecido. E num país em que 50% da população concorda com a afirmação de que “bandido bom é bandido morto” (de acordo com dados do Fórum Nacional de Segurança Pública), o assassinato de jovens pelas mãos do Estado é até encorajado. 
    http://jornalggn.com.br/noticia/violencia-policial-provas-nao-se-sustentam-mas-o-que-importa-e-a-opiniao-publica

    terça-feira, 14 de junho de 2016




    Não há indícios de disparos do carro de menino morto pela PM, diz perícia

    Segundo peritos, cena do crime na Zona Sul de SP foi alterada.
    Delegada quer ouvir policiais envolvidos ainda nesta semana.

    Do G1 São Paulo
    Os peritos que apuram a morte do garoto de 10 anos em uma perseguição policial na Zona Sul de São Paulo afirmaram que a cena do crime foi alterada. Pelos primeiros resultados, não há indícios de que tenham sido feitos disparos de dentro do carro que o menino dirigia, como mostrou o Bom Dia São Paulo.
    Segundo a perícia, o carro roubado pelos meninos estava revirado e o corpo do garoto baleado havia sido mexido. A arma que um deles teria usado para atirar nos policiais não estava no local, foi recolhida pela PM e levada ao Departamento de Homicídios.
    Um advogado que é ouvido como testemunha do caso mudou sua versão e disse no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) que não sabe dizer de onde partiram os tiros que ouviu. Ele mora no Morumbi, perto do local onde os meninos bateram o carro. O depoimento durou quatro horas, mas não eliminou as dúvidas dos investigadores.
    Ele disse para a polícia que estava na rua onde os dois meninos foram perseguidos pela polícia e contou que ouviu um disparo, mas disse que não viu se o tiro partiu dos policiais ou do carro em que estavam os garotos. Antes, ele havia dito que ouviu tiros disparados do carro dos meninos.
     
    MENINO MORTO EM SP
    Menor de 10 anos foi morto pela PM
    A delegada responsável pela investigação quer ouvir os policiais envolvidos ainda nesta semana. Depois de uma semana de investigações, a polícia não tem certeza se a ação dos PMs foi legítima ou se houve uma execução.
    O depoimento dos quatro PMs envolvidos neste caso está marcado para sexta-feira (10). Depois, a polícia deve marcar a reconstituição. A mãe do menino, de 10 anos, que morreu durante uma perseguição policial na quinta-feira passada prestou depoimento no departamento de homicídos.
    O menino de 11 anos que sobreviveu deu três versões diferentes sobre o que aconteceu. Na última, ele falou a uma psicóloga que o amigo não estava armado.
    “O ambiente ali da psicóloga é um ambiente bem leve, bem descontraído, porque que ele falou assim com tanta tranquilidade, falou que realmente não tinha, né? Naquele instante com a psicóloga, falou que não tinha arma no carro. Isso precisa ficar bem claro para a autoridade policial”, disse Júlio Cesar Neves, ouvidor das polícias de São Paulo.
    Vídeo
    O vídeo em que o menino de 11 anos é interrogado, supostamente por policiais militares, sem a presença dos responsáveis e de um advogado, obtido pelo G1, pode ter sido feito para criar provas a favor da Polícia Militar, segundo especialistas. As imagens do vídeo gravado por policiais militares foram encaminhadas para perícia, segundo a SSP informou em nota encaminhada nesta terça.
    Para advogados especialistas em direitos da criança e do adolescente, os policiais possivelmente coagiram o menino a gravar o vídeo e produziram provas para tentar se eximir de culpa. Além disso, o interrogatório  do menino sem advogados ou representante legal pode ter infringido o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
    Para o presidente da Comissão dos Direitos Infanto-Juvenis da OAB, Ricardo Cabezon, o interrogatório, aparentemente, é a tentativa de encobrir o que aparenta ser um excesso na abordagem policial.

    http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2016/06/nao-ha-indicio-de-disparos-do-carro-de-menino-morto-pela-pm-diz-pericia.html