terça-feira, 30 de agosto de 2016



Fala

Secos & Molhados

 
Eu não sei dizer
Nada por dizer
Então eu escuto
Se você disser
Tudo o que quiser
Então eu escuto
Fala
lá, lá, lá, lá, lá, lá. lá, lá, lá
Fala
Se eu não entender
Não vou responder
Então eu escuto
Eu só vou falar
Na hora de falar
Então eu escuto
Fala
lá, lá, lá, lá, lá, lá, lá, lá
Fala

quinta-feira, 25 de agosto de 2016



In Between Days

Yesterday I got so old
I felt like I could die
Yesterday I got so old
It made me want to cry
Go on go on
Just walk away
Go on go on
Your choice is made
Go on go on
And disappear
Go on go on
Away from here
And know I was wrong
When I said it was true
That couldn't be me
and be her in between
without you
Without you
Yesterday I got so scared
I shivered like a child
Yesterday away from you
It froze me deep inside
Come back come back
Don't walk away
Come back come back
Come back today
Come back come back
Why can't you see?
Come back come back
Come back to me
And I know I was wrong
When i said it was true
That it couldn't be me
and be her in between
without you
Without you

sábado, 20 de agosto de 2016

Deputado sonha com o dia em que se 'abortará bandidos' do útero da mãe

Declaração do relator do projeto de redução da maioridade penal sobre o aborto de “bandidos” no útero da mãe revela como o poço não tem fundo no Brasil

laerte bessa aborto bandido útero
O deputado Laerte Bessa (PR-DF)
“Um dia, nós chegaremos a um estágio no qual seremos capazes de determinar se a criança no útero da mãe tem tendências criminais e, se sim, a mãe não será autorizada a dar à luz.”
A declaração foi feita por Laerte Bessa (PR-DF), relator do projeto de redução da maioridade penal, ao jornal inglês The Guardian e resgatada pela revista Fórum, no melhor estilo Minority Report – aquele filme em que Tom Cruise prende os bandidos antes deles cometerem os crimes. Uma outra declaração dada por ao jornal afirma que, em duas décadas, reduziremos a maioridade para 12 anos.
Em nota divulgada por sua assessoria de imprensa, ele disse que não falou em aborto e que a matéria escrita em inglês “ganhou interpretações erradas”.
Contudo, Bruce Douglas, o repórter do jornal inglês, disponibilizou o áudio da conversa, onde é possível ouvir a declaração:

Mas, vejamos: recebi, meses atrás, uma doce mensagem de leitor dizendo que “mãe de bandido deveria ser esterilizada”.
Não fiquei chocado porque, depois da popularização da internet, nada me choca. Ok, talvez Datena como possível candidato à prefeitura de São Paulo mas, fora isso, nada. O pior é que se perguntar para o missivista se é a favor de garantir às mulheres a autonomia sobre o próprio corpo, ele cospe na sua cara.
Daí, tentando seguir essa linha de pensamento ignorante e imbecil, ironizei o comentário do leitor, em um post em abril deste ano:
“Talvez seja essa a saída e não a redução da maioridade penal de 18 para 16 anos: Esterilizar úteros que pariram criminosos de forma a interromper o terreno fértil para crimes. Ou, talvez, se nossa ciência permitir, descobrir com cálculos precisos os úteros ruins e impedir que deles brote algo.”
Um amigo jornalista, que leu o post na época, me alertou para tomar cuidado com textos ficcionais que forçavam a barra. “Tá louco, Saka? Quem toparia uma aberração dessas? Não viaja…”
Isso ensina uma lição, meu caro amigo: Pense no pior filme B de terror? Ele não se compara à realidade brasileira.
Escrevi naquele post também que, conhecendo nossa sociedade, os “úteros ruins” passíveis de aborto forçado não serão úteros ricos, que sempre tiveram acesso a tudo e que repousam em lençóis de algodão egípcio – mesmo que de alguns deles tenha brotado os que põem fogo em indígenas em pontos de ônibus, espancam pessoas em situação de rua ou atropelam ciclistas.
Mas úteros negros e pardos, que lavam roupa, fazem faxina e não raro criam os filhos sozinhos. Úteros que andam de ônibus, ganham uma miséria, dividem-se entre o trabalho e a família. E, por isso, não vivem, apenas sobrevivem, enfileirando dias e noites, na periferia de alguma grande cidade.
Depois desse episódio profético, se eu fosse você, acreditaria no alerta que venho fazendo há tempos: com esse Congresso Nacional, nada está a salvo. Nem o direito das mulheres ao voto, nem a República, muito menos a Lei Áurea.
*Leonardo Sakamoto é jornalista e Doutor em Ciência Política
 
 

quarta-feira, 10 de agosto de 2016

Na terra dos homens de luzes --- coloridas ----As notícias ------- que montam cavalos ligeiros --------- vão tomando todo o mundo --- na casa, no lar-----esquecidos, todos ficam longe ---- de saber o que foi que aconteceu --- e ali ninguém percebeu ---tanta pedra de amor cair --- tanta gente se partir



Novena
Alceu Valença
Compositor: Geraldo Azevedo, Marcus Vinícius

Sei que são nove dias, nove apenas
Enquanto espero, aumentam...
O mundo se faz esquecido
Na terra dos homens de luzes
Coloridas
Enquanto família reza a novena
As notícias
Que montam cavalos ligeiros
Vão tomando todo o mundo
Na casa, no lar
Esquecidos, todos ficam longe
De saber o que foi que aconteceu
E ali ninguém percebeu
Tanta pedra de amor cair
Tanta gente se partir
No azul dessa incrível dor
Enquanto a família reza
Alguém segue a novena no abismo
De preces divididas
Do sossego de uma agonia
Sem fim
Nessa hora, se Deus, amém
Padre, Filho, Espírito Santo
Essa é a primeira cantiga
Que nessa casa eu canto

Enquanto a família reza a novena
Nove dias se passam marcados
Sem tempo e sem nada, sem fim
No meio doido do medo
E de mim despedaçado
Tanto verso então
De orações a fala se faz
E lá fora se esquece a paz
Uma bomba explodiu por lá
Sobre os olhos de meu bem
E assim me mata também
Enquanto a novena chega ao fim
Bambas, bandeiras, benditos
Passando pela vida
E a novena se perde esquecida
De nós

Nessa hora, se Deus, amém
Padre, Filho, Espírito Santo
Essa é a última cantiga
Que nessa casa eu canto

terça-feira, 9 de agosto de 2016

http://www.diariodocentrodomundo.com.br/ela-foi-o-triunfo-da-vontade-na-globo-waack-omite-que-rafaela-silva-recebeu-bolsa-do-governo-dilma/

 
http://www.viomundo.com.br/denuncias/medica-defende-o-direito-de-o-paciente-falar-do-jeitinho-que-sabe-e-vira-alvo-de-racismo-e-misoginia-nas-redes-sociais-foi-como-levar-um-chute-no-estomago.html

Médica defende o direito de o paciente falar do “jeitinho” que sabe, e vira alvo de racismo e misoginia nas redes sociais:”Foi como levar chute no estômago”

08 de agosto de 2016 às 19h04
 
Julia, milton e capel ultima versão
Guilherme Capel, Júlia Rocha e Milton Pires
 por Conceição Lemes
Há pouco mais de uma semana, dois posts publicados por médicos numa rede social viralizaram. Ambos envolviam a relação médico-paciente, mas com olhares e posturas diametralmente opostas.
O primeiro foi na quarta-feira, 27 de julho. Após atender o mecânico José Mauro de Oliveira Lima, 42 anos, no Hospital Santa Rosa de Lima, em Serra Negra (SP), o clínico-geral Guilherme Capel Pasqua foi para a internet e debochou.
Com o título “Uma imagem fala mais que mil palavras”, publicou uma foto sua, com o receituário na mão e a inscrição: “Não existe peleumonia e nem raôxis”.
Duas colegas do hospital — a enfermeira Renata Rodrigues e a recepcionista  Adrielli Conti – aderiram à chacota.
Médico da peleumonia e colegas do hospital
Na família do mecânico e nas redes sociais, muita indignação, especialmente com o médico.
Afinal, ao se formar, ele fez o “Juramento de Hipócrates”, comprometendo-se, entre outras coisas, a usar os seus conhecimentos “para o bem do doente, nunca para causar dano ou mal”.
Em entrevista ao G1, publicada na sexta-feira 29, o enteado do senhor José Mauro, o eletricista Claudemir Thomaz Maciel da Silva, que o acompanhava na consulta, revelou o que aconteceu:
“Quando meu padrasto falou pneumonia e raios X de forma errada, ele [o médico] deu risada. Na hora, não desconfiamos que ele iria debochar depois na internet. O que ele fez foi absurdo. O procurei e escrevi para ele na rede social que, independente dele ser doutor, não existe faculdade para formar caráter. Assim que ele viu minha postagem, apagou a foto.  Ele não quis conversar com a gente”, diz Claudemir.
Meu padrasto não sabe falar direito porque não teve estudo (…). Ele trabalhava como cozinheiro aqui em Serra Negra e depois se tornou mecânico. Lembro que ele estudava, mas precisou abandonar as aulas para cuidar de mim. Tive tuberculose aos dois anos e, nessa época, ou ele estudava ou pagava meus remédios”, lembra.
 Na quinta-feira, dia seguinte à postagem, o médico, a recepcionista e a enfermeira foram demitidos pelo hospital, que é administrado pela Santa Casa de Serra Negra.
“EXISTE PELOUMONIA; EU MESMA JÁ TIVE VÁRIAS”
O segundo post que viralizou foi o da médica de família e cantora-compositora Júlia Rocha.
É preceptora do Programa de Residência Médica de Família e Comunidade da Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro.
Toda sexta à noite, vai para Belo Horizonte (MG), onde mora. E, no domingo à noite, volta para o Rio, onde trabalha.
Na sexta retrasada, 29 de julho, ao chegar a BH, várias pessoas haviam lhe mandado o link de uma mesma reportagem: a do clínico-geral de Serra Negra, que caçoou do paciente com “peleumonia”.
Ela leu e resolveu passar o seu olhar e dos seus colegas como médicos de família. Nada mais.
IMG-20160731-WA0013-001
No sábado, 30, ao acordar, a doutora Júlia percebeu que a postagem saíra do seu círculo de amigos e seguidores. Tinha tomado proporções gigantescas.

No domingo à noite, quando se preparava para voltar ao Rio, recebeu de uma amiga os prints de postagem do médico Milton Pires (logo abaixo), de Porto Alegre (RS), bem como a de alguns dos seus seguidores.
Milton revela-se racista e reacionário.
Aposta também na desinformação da sua malta.
Joga desonestamente nas costas da doutora Júlia — que escracha com foto imensa — a responsabilidade pela demissão do “guri da Santa Casa”:
IMG-20160731-WA0029
Só que os fatos o desmentem cabalmente.
O “guri” debochou do paciente com “peleumonia” na quarta, na quinta perdeu o emprego.
Júlia só publicou a sua postagem na sexta, às 23h29. O print da mensagem comprova.
Igualmente estarrecedores os comentários dos seguidores do médico gaúcho.
Médico gaucho e seguidores
Além do conservadorismo, da agressão e ódio desmedidos, eles revelam machismo, misoginia, inclusive por parte das mulheres.
“Na hora em que vi a postagem do médico gaúcho e os comentários dos seus seguidores, fiquei em choque”, afirma Júlia Rocha, em entrevista exclusiva ao Viomundo. “Foi como levar um chute no estômago. Foi muito triste.”
Ainda no domingo passado à noite, ela postou esta segunda mensagem:
img-20160731-wa0022-001
Como todo racista que se preza, Milton Pires não gostou de ser chamado de racista.
Baixou ainda mais o nível em nova postagem (abaixo). Mandou a médica à “puta que pariu”, mostrando que também é mal-educado.
O post, todo em letras maiúsculas, é como se ele estivesse gritando a seguidores surdos. E, de novo, escracha, em tamanho grande, a foto da doutora Júlia.
Júlia - milton Pires chmando Júlia de filha da puta
Na segunda-feira passada, 1° de julho, provavelmente a pedido de Milton Pires, o Facebook eliminou a segunda postagem de Júlia. Já tinha mais de 70 mil curtidas e milhares de compartilhamentos.
Covardemente, Milton também apagou também rapidinho a sua página no Facebook.
Júlia tem recebido a solidariedade individual e coletiva de colegas.
A Rede Nacional de Médicos e Médicas Populares divulgou nota (na íntegra, ao final) de solidariedade:“Repudiamos a prática que tende a utilizar o discurso de ódio para combater divergências políticas e ideológicas, com conteúdo racista para isso”.
Segue a íntegra da entrevista que esta repórter fez por telefone com a doutora Júlia.
Viomundo – Como soube do caso do médico da  “peleumonia”?
Júlia Rocha – Na sexta-feira [29 de julho], à noite, quando cheguei de viagem em Belo Horizonte. Algumas pessoas me mandaram o link da reportagem. Li e, antes de dormir,  decidi me manifestar. Fiz sem nenhuma pretensão. Nunca imaginei que fosse ter tanta repercussão, principalmente essa reação negativa, tão assustadora, tão virulenta.
Viomundo — O que a levou a fazer a sua primeira postagem?
Júlia Rocha – A minha ideia era apenas passar outro olhar sobre a questão. O meu olhar e os dos meus colegas como médicos de família. Nada mais.
Não tive a intenção de manchar a imagem de ninguém, de forma alguma.  Não me cabe julgá-lo. Talvez tenha sido um ato de imaturidade, porque ele é muito novo.  Acho que ele vai aprender com esse episódio e provavelmente mudar a sua prática a partir de agora.
Viomundo – O que significa esse outro olhar?
Júlia Rocha – É importante que a gente realmente esteja inteira dentro de uma consulta médica para poder ouvir o que o paciente tem a dizer da forma que ele se apresenta, como ele é.
No nosso meio, é recorrente a ridicularização da fala do excluído, do pobre.
A minha ideia foi justamente mostrar que é legítimo, sim, que o paciente fale dessa forma.
Nós, médicos, somos os técnicos dessa relação médico-paciente. Nós somos formados para isso, para entender. O paciente não tem obrigação de saber o que a gente sabe. E se me foi dada a chance de conhecer sobre as doenças e ler os livros, o que me custa entender ou tentar entender aquilo que o paciente me traz.
Viomundo — Paradoxalmente, é muito comum o médico falar para o umbigo, usando jargão que o paciente não entende. Outro dia vivi isso, ao levei a minha mãe de 93 anos à ortopedista. A médica disse: “a senhora flete a perna”. Mesmo percebendo que a minha mãe não estava entendendo, ela insistiu no “flete”. Na terceira, eu interferi: “mãe, dobra a perna!”
Júlia Rocha – Isso é comum. No Brasil, a profissão de médico ainda é muito elitizada.  Em consequência, usa uma linguagem muitas vezes inacessível para muitos pacientes. Então, a nossa obrigação é se fazer entender de verdade pelo paciente.
Até porque isso pode parecer uma brincadeira, às vezes deboche. Mas pode se tornar algo sério, a partir do momento em que você coloca a vida do paciente em risco por não entendê-lo ou ele não te entender.
Viomundo – O que a senhora sentiu quando viu os prints da postagem do médico gaúcho e de alguns seguidores dele?
Júlia Rocha – A sensação foi de ter levado um chute no estômago. Só quem passa por situação semelhante sabe o quanto é triste. Além de ter usado indevidamente a minha  imagem, ele proferiu palavras racistas ali e permitiu que seus seguidores fizessem o mesmo. Eu vi na página dele vários comentários racistas, como “esse cabelo deve ter um mico leão lá dentro”, “para negar que é preta, ela descolore o cabelo”…
Viomundo – A informação que tive inicialmente é que a postagem do médico gaúcho teria sido numa comunidade fechada chamada Movimento Pela Dignidade Médica…
Júlia Rocha – Realmente, eu ouvi dizer que alguns dos que comentaram ali fariam parte dessa comunidade de médicos reacionários, de extrema-direita. Mas não sei. Agora, esse post dele foi publicado no perfil pessoal, que estava público. Eu não precisei entrar em nenhuma comunidade. Houve uma alegação de que eu teria exposto a imagem dele. Mas não. Na verdade, o post estava ali, aberto, para quem quisesse ver.
Viomundo – O Facebook eliminou a sua segunda postagem provavelmente a pedido dele. Sabe por quê?
Júlia Rocha – Ele tem poucos seguidores. Eu tenho mais de 60 mil. Então, na hora que postei no meu Facebook, viralizou. Além de ser cantora-compositora, eu sempre repercuto notícias relacionadas à medicina. Eu posto também alguns casos dos meus atendimentos. Não os relacionados à questão médica, mas à questão humanística. A consulta médica é um momento de encontro de seres humanos. Então, na hora em que eu postei os prints das telas do post dele, elas viralizaram.
Viomundo – A senhora pretende processá-lo?  
Júlia Rocha – Há advogados acompanhando o caso. Providências legais já estão sendo tomadas.  Estou muito preocupada comigo e com a minha família.
Milton e sua capivara
Em tempo: Milton Pires, cujo nome completo é Milton Simon Pires, é reincidente no ataque vil a mulheres.
Em outubro de 2014, ele ironizou a queda de pressão da presidenta Dilma (PT) após um debate eleitoral e a chamou de “filha da puta”
Concursado no Grupo Hospitalar Conceição (GHC), em Porto Alegre.
Em setembro de 2014, uma colega de trabalho o denunciou por agressão verbal e física, e a direção do Hospital Geral da Conceição (GHC) , de Porto Alegre, onde ele concursado, optou por afastá-lo de suas funções na UTI.
Nota de Solidariedade da Rede Nacional de Médicos e Médicas Populares à médica de família e comunidade Julia Rocha:
“O médico, o trabalhador médico, deve ir então ao centro de seu novo trabalho, que é o homem dentro da massa, o homem dentro da coletividade. (…) Veremos como teremos que ser um pouco pedagogos, às vezes muito pedagogos, como teremos que ser políticos também, como o primeiro que temos que fazer não é ir brindar com a nossa sabedoria, mas sim demonstrar que vamos aprender, com o povo, que vamos realizar essa grande e bela experiência comum” Ernesto Che Guevara
No dia 27 de julho a notícia de que um médico plantonista havia divulgado uma foto com os dizeres “não existe peleumonia e nem raoxis”, após o atendimento de um paciente em um hospital, espalhou rapidamente pelas redes sociais.
Em contrapartida a postura dele médicas e médicos como Julia Rocha se pronunciaram a favor de uma medicina centrada na pessoa, ferramenta que reconhece e respeita o que o indivíduo sente e sua forma de expressar o que é o adoecer.
Em meio ao crescente discurso de ódio na sociedade brasileira, Julia Rocha foi atacada por médicos racistas e reacionários em seu perfil do facebook, com mensagem de conteúdo racista, desrespeitoso quanto a opção ideológica da medica e quanto a especialidade de medicina de família e comunidade. Nos comentários da postagem, fica explícito o caráter do ataque.
Nós da RNMMP manifestamos o nosso apoio a Julia Rocha e repudiamos a prática que tende a utilizar o discurso de ódio para combater divergências políticas e ideológicas, com conteúdo racista para isso.
A medicina deve estar a serviço do povo brasileiro, capaz de compreender o processo saúde doença que submete os indivíduos e comunidades ao adoecimento e se propor a transformar. A medicina, não pode ser uma correia de transmissão do pensamento elitizado e preconceituoso contra os mais desfavorecidos e oprimidos da sociedade brasileira.

PS do Viomundo: Após a enorme repercussão negativa da sua conduta, o médico Guilherme Capel pediu desculpas ao senhor  José Mauro. Em sua página no Facebook, ele registra em foto a ida à casa do mecânico. Tomara que o arrependimento seja sincero. Ou terá sido apenas marketing para limpar a sua imagem?