quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Basta de Política SUBTERRÂNEA - Política TAPA BURACO Fantasma

 
Edição do dia 29/01/2015
29/01/2015 09h12 - Atualizado em 29/01/2015 09h12

Rua com asfalto liso tem operação tapa-buraco fantasma em MS

Vídeo da operação foi gravado por câmera de segurança. Prefeitura de Campo Grande tem contratos de mais de R$ 50 milhões com empresa.

 
 
 
Funcionários de uma empresa que presta serviço para prefeitura de Campo Grande fizeram uma operação inédita: eles tapavam buracos em uma rua com o asfalto lisinho.
Em Campo Grande, por conta do excesso de chuva no verão, buraco é o que não falta. Por onde a se passa é só reclamação. “É perigo porque a gente freia bruscamente, às vezes no buraco, e prejudica o carro da gente e o que vem atrás pode bater também”, diz um motorista.
“Causa muito acidente. Realmente, é difícil com essa buraqueira aí cada dia aumentando mais”, conta o motociclista.
Buraco para tapar tem aos montes. Mas uma imagem chamou a atenção essa semana. Em um bairro da região norte, funcionários de uma empresa que presta serviço para a prefeitura de Campo Grande estavam tapando buracos que simplesmente não existiam.
O vídeo foi gravado pela câmera de segurança de um condomínio. O porteiro Éder Palermo viu a movimentação pelo circuito interno e achou o trabalho estranho. Decidiu gravar o vídeo e divulgar na internet. “Fiquei horrorizado com a situação. O pessoal está fazendo um serviço que não existe? Buraco fantasma? Isso é de revoltar qualquer um”, diz.
Na prefeitura, ninguém quis gravar entrevista. A assessoria de imprensa informou que a empresa Selco Engenharia foi notificada a prestar esclarecimentos e que vai manter o contrato. Mas não soube dizer como é feita a fiscalização desses serviços.
Por meio de nota, a empresa contratada afirmou que um funcionário foi demitido e os outros afastados. E abriu uma sindicância para avaliar o caso. De acordo com o Diário Oficial da prefeitura, existem pelo menos dez contratos firmados entre o município e a empresa, desde 2011. O montante passa de R$ 50 milhões.
Segundo o Ministério Público, o serviço deveria ser fiscalizado pela prefeitura. “Ela pode ser responsabilizada, inclusive, por atos de improbidade administrativa e por omissão na fiscalização”, afirma o promotor de Justiça William Marra Silva Júnior.
“É uma vergonha. Muita vergonha o pessoal fazer um descaso desse com a população”, reclama o decorador Claudinei Xavier.

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