ter,
18/06/2013 - 12:32
Atualizado em 20/06/2013 - 11:34
Nesta
segunda-feira (17), o programa Roda Viva, da TV Cultura, entrevistou dois dos
líderes do Movimento Passe Livre (MPL), a estudante de direito Nina Cappello e
o professor de História Lucas Monteiro de Oliveira, sobre os protestos contra o
aumento da tarifa de ônibus e a situação do transporte público no Brasil.
Na entrevista, Nina afirmou que o principal objetiivo do MPL é a luta contra o aumento das passagens. Ela revela que Fernando Haddad convocou os militantes para participarem da reunião do Conselho da cidade, que acontece nesta terça-feira (18), mas acrescentou que ainda seria necessária uma reunião, na quarta-feira (19), com o prefeito.
Oliveira, por sua vez, afirmou que “a repressão fez as pessoas ficarem mais solidárias”. Além das redes sociais que serviram de ferramenta para disseminar o movimento, o militante acrescentou que, desde o dia 13, a postura da imprensa também mudou. “Quando atinge pessoas próximas, a gente tende a olhar diferente”, refere-se aos jornalistas que foram reprimidos pela polícia.
Durante os protestos desta segunda, Geraldo Alckmin anunciou à imprensa que estaria aberto a diálogos sobre tarifas. Enquanto não há de fato um acordo, a militante diz que as manifestações continuarão. “Se o governo não baixar a tarifa vamos continuar nas ruas”.
Veja,
no vídeo, o programa gravado e transmitido ontem (17) pela TV Cultura.
http://www.diariodocentrodomundo.com.br/o-lider-do-vem-pra-rua-trabalhou-para-uma-especie-de-cia/
Postado em 30 mar 2015
por : Paulo Nogueira
Não trabalhou no
McDonalds
A grande mídia brasileira jamais decepciona quem não espera nada
dela.
Considere o caso de Rogério Chequer, o novo herói da direita.
Nas últimas semanas, é uma figura ubíqua em jornais e revistas graças a
um método infalível para quem quer holofotes: falar mal do governo.
Chequer, aos 46 anos, é o líder aparente de um obscuro movimento chamado
Vem Pra Rua.
O VPR, agora, está pregando o impeachment de Dilma, por razões tão
obscuras quanto o próprio grupo.
A pergunta essencial que um leitor espera ver explorada, na mídia, é
esta: quem é este tal de Chequer, que se julga apto a cassar 54 milhões de
votos?
Há uma informação chave sobre seu passado que merecia ampla e irrestrita
informação.
E o que a mídia faz com ela? Ignora.
Chequer, num vazamento feito pelo Wikileaks, apareceu vinculado à
Stratfor, uma empresa americana privada de inteligência que é conhecida como
uma segunda CIA.
Convenhamos.
Chequer não viu seu nome ligado ao McDonalds ou à Disney.
A Stratfor fornece informações geopolíticas a empresas e agências
governamentais americanas.
Chequer foi ao Roda Viva, comandado pelo Brad Pit de Taquaritinga.
Ninguém, no pelotão de entrevistadores, e menos ainda o apresentador, perguntou
a ele sobre a Stratfor.
Ele concedeu uma entrevista ao jornalista Pedro Dias Leite, da Veja.
Mais uma vez: nenhuma menção à Stratfor.
O jornalismo acabou salvo no único território genuinamente livre da
mídia nacional: a internet.
No Tijolaço, o blogueiro Fernando Brito – um dos melhores textos da
imprensa brasileira, aliás – ofereceu à sociedade a chance de saber que Chequer
aparentemente trabalhou na Stratfor.
Chequer tem tido dificuldades em explicar de onde vem o dinheiro do VPR.
Graças à incompetência (ou má fé) da imprensa brasileira, ele até aqui
se livrou de explicar algo muito mais complicado: sua associação com uma
empresa sempre comparada à CIA.
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