Professor ataca “bichonas” da UFMS e defende fim de cursos “coloridos”
Ângela Kempfer
P
arece pegadinha, pelo teor caricato e violento da mensagem, mas ao que tudo indica não é. No Facebook, o professor universitário Kleber Kruger teve uma reação radical, ao encontrar paredes pichadas nos corredores da universidade na última sexta-feira. Infelizmente, não há como não reproduzir alguns palavrões usados por ele, para não comprometer interpretações.
“Hoje cheguei na Federal e encontrei algumas paredes dos cursos de computação e engenharia pichadas com frases como: ‘O amor homo é lindo!’, ‘Homosexualismo é lindo!’, ‘Fora machismo!’ ... aaah! se fuderem seus *viados fila da puta!”
E
não para por aí, depois da explícita raiva, Kleber continua, pedindo o fim de alguns cursos que considera “coloridos”. “Aí, nas paredes daqueles cursos formadores de bichonas tá tudo limpo! Depois eu falo que tinha que pegar aqueles cursos de gente colorida e fechar tudo! E saio rotulado como preconceituoso, porque tá na moda defender homossexualismo.”
Ele continua com termos ainda mais chulos, em frases agressivas. São tantos ataques que a reação foi instantânea, de gente revoltada com o texto, principalmente, por se tratar de um professor universitário, do curso de Ciências da Computação.
“Ninguém nunca chegou em vocês e disse diretamente ou tentou impor um ponto de vista de forma agressiva eu tenho certeza, no máximo picharam corredores que há décadas não são reformados. É o cúmulo da homofobia”, protesta Geisiane Sena.
O professor parece alheio ao repúdio e reforça: “Eu ainda não sei qual o objetivo disso, porque as pessoas que não tinham nenhum tipo de *repudiação ao homossexualismo, com essas atitudes passarão a ter. E essas atitudes de pichar paredes dos outros cursos é vista como uma espécie de provocação. Depois eles tomam uma surra, morre um *viado lá no Campus, sai no jornal e pronto! conseguiram chamar a atenção que eles tanto queriam!”
A jornalista Lyra Libero é uma a reagir: “Como você tem coragem de destrinchar ódio e ainda dizer 'E olha que eu, Kleber Kruger, num tenho nada contra se vc, caro amigo leitor doador de cu'??????? meu, como é que você conseguiu ser professor? Sério.”
Os alunos da UFMS seguem com lembretes do tipo: "Acho que alguém deveria perder o emprego de professor"
Mas também há mensagens de apoio “Falou bem agora Kleber”, diz rapaz que se identifica como José Alves.
Depois de 21 compartilhamentos e vários comentários indignados, Kleber excluiu a postagem do Facebook. O Lado B tentou conversar com Kleber pelo Facebook, mas o professor não respondeu.
Governador de MS chama Carlos Minc de 'veado e maconheiro'
Declaração é
resultado da proibição da instalação de novas lavouras de cana-de-açúcar na
região do Pantanal
estadao.com.br
O governador de Mato Grosso do
Sul, André Puccinelli (PMDB), disse nesta terça-feira que o ministro do Meio
Ambiente, Carlos Minc, "é veado e fuma maconha". A declaração foi
dada durante uma reunião com empresários e industriais em Campo Grande.
Arquivo/AE - 01/02/2008
O governador André Puccinelli, em foto de
arquivo
Puccinelli discorda do
Zoneamento Agroecológico da Cana, de autoria de Minc, que veta o uso da Bacia
do Alto Paraguai (BAP) para usinas e lavouras de cana. De acordo com o
governador, o Zoneamento Econômico Ecológico estadual é idêntico ao elaborado
pelo governo federal.
"Não quero pôr usinas.
Quero plantar cana (...) O medo que se tem é de contaminar os rios com o
vinhoto, mas hoje até o vinhoto serve de fertilizante", declarou.
Em resposta à acusação de
Puccinelli, a Assessoria de Imprensa do ministro divulgou nota em que
caracteriza o governador como "um truculento ambiental que quer destruir o
Pantanal com a plantação de cana-de-açúcar. Essa declaração revela o seu
caráter".
André Puccinelli ainda brincou
com a possível participação de Minc na Meia-Maratona Internacional do Pantanal,
que será realizada no dia 11 de outubro. "Eu o alcançaria e estupraria em
praça pública", disse.
A primeira etapa do Zoneamento
Econômico Ecológico de MS já está na Assembleia Legislativa. De acordo com o
projeto do Ministério do Meio Ambiente, não serão autorizadas novas lavouras de
cana no Pantanal. Já o governo do Estado pretende destinar 1,280
milhão dos 3,5 milhões de hectares da Bacia para o plantio.
Na argumentação de Puccinelli,
Carlos Minc entregou a Bacia do Alto Pantanal para o capital internacional só
para obter o chamado selo verde que abre as portas do mercado externo para o
etanol brasileiro.
Em um vídeo divulgado no
Youtube, o ministro defendeu a descriminilização da maconha durante show da
banda de reggae Tribo de Jah. "Os juízes da Argentina
descriminalizaram. O usuário não é criminoso. Nesse jogo a gente tá
perdendo aqui. Nós vamos virar esse jogo para acabar com a hiprocrisia".
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