quinta-feira, 6 de agosto de 2015

NO NINHO

o poema nasce nu
 no ninho de ramos finos
(traços magros carregados
no bico quente do poeta)

o poema nasce cresce
 crespo e seco e pó e aço
e repousa no regaço
dos remendos do meu hálito

o poema cresce cálido
 o poeta nunca para

o poema morre mágico
rápido réptil ágil

João Pedro Liossi, 19 anos, de São José do Rio Preto

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