NO NINHO
o poema nasce nu
no ninho de ramos finos
(traços magros carregados
no bico quente do poeta)
o poema nasce cresce
crespo e seco e pó e aço
e repousa no regaço
dos remendos do meu hálito
o poema cresce cálido
o poeta nunca para
o poema morre mágico
rápido réptil ágil
João Pedro Liossi, 19 anos, de São José do Rio Preto
Nenhum comentário:
Postar um comentário