Tivemos
uma conversa com uma mulher que trabalha a política das crianças na
área da saúde. Sempre me impressiona a quantidade de siglas,
programas, projetos, na área das políticas públicas que tratam a
meu ver, da mesma coisa. Acima, as siglas relacionadas à criançada
(ao “futuro do Brasil”, desde á época da minha de avó!). De
novidade, a ação ” Brasil Carinhoso”, que está destinando
dinheiro para as famílias vivendo em situação de extrema pobreza,
com filhos de 0 a 6 anos, para que atinjam o mínimo de renda de
pelo menos 70 reais por pessoa da família. Outro benefício que foi
citado, é relativo à questão das condicionalidades de outro
programa, relacionado a amamentação. Ou seja, se a mãe amamentar,
receberá um dinheiro também.
Interessante
comentário que surgiu na conversa: o Ministério da Saúde está
modificando sua maneira de trabalhar. Antes, eles mandavam as
diretrizes das políticas, dos projetos, de “maneira fechada”,
“pronta”. E agora tudo está se modificando constantemente, em
construção. O formato agora é lançarem um programa, por exemplo,
e depois, mandarem um consultor, para junto com o setor de saúde do
estado e municípios, trabalharem mediante as realidades locais.
Por fim,
a conversa terminou com um esboço de um encontro intersetorial.
Várias “instituições sociais” que atuam nessa área da
criançada. Querendo esquentar a efetiva articulação da rede, para
que não exista apenas os “encaminhamentos aos...” E se divida a
responsabilidade. Lembrei da música do Chico: “a parte que te
cabe nesse latifúndio” (ironicamente). Outra informação que foi
discutida, foi sobre o papel da escola na questão das violências
sofridas pelas crianças. Muitas vezes, a escola notifica, e essas
notificações vão parar no conselho tutelar. E foi dito que o
conselho tutelar, difícil, é ter pernas para tanto trabalho. Dessa
maneira, pede-se para que as escolas, também façam um primeiro
“acolhimento” dessas crianças, pois muitas desses problemas,
poderiam serem resolvidos nela mesmo. Diminuindo assim um pouco da
demanda que aparece nos conselhos. É de se pensar.
No Rio,
no Congresso da Rede Unida, foi interessante ver uma mulher falar,
que trabalhava em um setor na prefeitura, que cuidava exatamente da
articulação das várias áreas de assistência. Ela apresentou um
trabalho bastante legal, em que “construía pontes” entre a área
da saúde, educação, meio ambiente, ass. Social. Esse era o
trabalho dela. Acho que o estado está tão estado, que nem está
mais fazendo sentido, digamos. Assim, necessita de pessoas, para
“desenrolarem” essas políticas.
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