sexta-feira, 23 de setembro de 2016



Esquecido (Moretti Remix)

Solte-me
Não é minha meia-noite ainda
Age como uma raposa, mas pensa
Como uma ovelha
Wall Street
Solte-me
Porque isso é o conselho do meu banco
Nós vamos dar-lhe de volta para você
Algum outro dia
Decolar da pista
Pensando em um dia triste
Correndo pela estrada
Olhando para mim de lado
De que lado você está?
De que lado você está?
De que lado você está?
De que lado você está?
Solte-me
Está na hora.
Eu sei o caminho pro centro.
Solte-me
Eu estou esperando o momento
Pra te pegar com seus pijamas
Decolar da pista
Pensando em um dia triste
Jogando com os novos brinquedos
Olhando para os meninos tristes
De que lado você está?
De que lado você está?
De que lado você está?
De que lado você está?
E tomamos
O que nós gostamos deles
E depois dizer
O que você quer de mim?
Não espere tanto tempo
Um caminho muito longo
Eles esperar muito tempo
Eu não posso ficar acordado por muito tempo
Você nunca esperar por alguma
Outra geração!
Vou esperar algum lugar
Sozinho
Entrar em sua cabeça
Saia do (meu caminho)
De que lado você está?
De que lado você está?
De que lado você está?
De que lado você está?
De que lado você está?
De que lado você está?
Ohhh

quarta-feira, 21 de setembro de 2016

A historinha é a seguinte: primeiro reclamam que tá faltando dinheiro. Agora descobrem que estão roubando. a INESCRUPOLOSIDADE que não tem fimmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmm

Polícia
 
"Hospital de Câncer é a vitima da história", destaca delegado
21/09/2016 - as 16:19:00
Jales - Em entrevista cedida na manhã desta quarta feira, dia 21 de setembro, a reportagem do Jornal do Povo, da Rádio Assunção, o delegado da Polícia Federal de Jales, Cristiano Pádua, frisou que o Hospital de Câncer na verdade é vitima de todas as falcatruas que estão sendo investigadas.

Segundo ele, três funcionários do mais alto escalão seriam os grandes mentores de todo processo fraudulento. Cerca de R$500 mil foram desviados da instituição em pouco mais de dois anos, destacou ainda o delegado.

A Polícia Federal de Jales está investigando há cerca de um mês, possíveis desvios de dinheiro e superfaturamentos na contratação de algumas empresas prestadoras de serviços ao HC. De acordo com a denúncia, três servidores criaram empresas e firmaram contratos com o Hospital para realização de alguns trabalhos, porém estes eram superfaturados ou nem mesmo realizados.

Em nota a Polícia Federal disse que até o momento, aproximadamente R$ 500.000,00 em pagamentos de contratos de prestação de serviços são suspeitos e estão sendo investigados. A PF acredita que este número seja ainda maior e analisará farta documentação recolhida com os investigados. Auditoria interna também será realizada nos contratos e pagamentos dos últimos anos para apoiar as investigações.

Após a apuração das fraudes, a Polícia atuará no sentido de possibilitar a devolução ao Hospital dos valores desviados no esquema mediante bloqueio de bens e valores. Alguns dos investigados foram demitidos por justa causa pelo administrador geral do Hospital e outros foram afastados até a conclusão das investigações.

A Polícia Federal ressalta que o Hospital de Câncer de Barretos, unidade Jales/SP, foi vítima do esquema e não é investigado.

quinta-feira, 8 de setembro de 2016

Niel Young


No Caminho Para Casa

Quando o sonho se realizou,
Eu prendi minha respiração
com meus olhos fechados
Eu fui insano,
Como num dia com anel de fumaça
Quando o ventro sopra
Agora eu não voltarei
Até mais tarde
Se eu não voltar, de qualquer modo
Mas você me conhece,
E agora eu sinto sua falta.
Num jogo estranho,
Eu vi a mim mesmo assim como você me conhecia
Quando a mudança chegou,
E você teve a
Oportunidade de me ver por dentro
Embora o outro lado
Seja exatamente o mesmo,
Você pode perceber
Que meu sonho é real.
Porque eu te amo,
Pode me ver agora?
Embora tenhamos seguido em frente
Para economizar nosso tempo
Somos apenas o que sentimos.
E eu te amo,
Pode sentir isso agora?
rio do mistério

que seria de mim

se me levassem a sério?

(Leminski)

terça-feira, 30 de agosto de 2016



Fala

Secos & Molhados

 
Eu não sei dizer
Nada por dizer
Então eu escuto
Se você disser
Tudo o que quiser
Então eu escuto
Fala
lá, lá, lá, lá, lá, lá. lá, lá, lá
Fala
Se eu não entender
Não vou responder
Então eu escuto
Eu só vou falar
Na hora de falar
Então eu escuto
Fala
lá, lá, lá, lá, lá, lá, lá, lá
Fala

quinta-feira, 25 de agosto de 2016



In Between Days

Yesterday I got so old
I felt like I could die
Yesterday I got so old
It made me want to cry
Go on go on
Just walk away
Go on go on
Your choice is made
Go on go on
And disappear
Go on go on
Away from here
And know I was wrong
When I said it was true
That couldn't be me
and be her in between
without you
Without you
Yesterday I got so scared
I shivered like a child
Yesterday away from you
It froze me deep inside
Come back come back
Don't walk away
Come back come back
Come back today
Come back come back
Why can't you see?
Come back come back
Come back to me
And I know I was wrong
When i said it was true
That it couldn't be me
and be her in between
without you
Without you

sábado, 20 de agosto de 2016

Deputado sonha com o dia em que se 'abortará bandidos' do útero da mãe

Declaração do relator do projeto de redução da maioridade penal sobre o aborto de “bandidos” no útero da mãe revela como o poço não tem fundo no Brasil

laerte bessa aborto bandido útero
O deputado Laerte Bessa (PR-DF)
“Um dia, nós chegaremos a um estágio no qual seremos capazes de determinar se a criança no útero da mãe tem tendências criminais e, se sim, a mãe não será autorizada a dar à luz.”
A declaração foi feita por Laerte Bessa (PR-DF), relator do projeto de redução da maioridade penal, ao jornal inglês The Guardian e resgatada pela revista Fórum, no melhor estilo Minority Report – aquele filme em que Tom Cruise prende os bandidos antes deles cometerem os crimes. Uma outra declaração dada por ao jornal afirma que, em duas décadas, reduziremos a maioridade para 12 anos.
Em nota divulgada por sua assessoria de imprensa, ele disse que não falou em aborto e que a matéria escrita em inglês “ganhou interpretações erradas”.
Contudo, Bruce Douglas, o repórter do jornal inglês, disponibilizou o áudio da conversa, onde é possível ouvir a declaração:

Mas, vejamos: recebi, meses atrás, uma doce mensagem de leitor dizendo que “mãe de bandido deveria ser esterilizada”.
Não fiquei chocado porque, depois da popularização da internet, nada me choca. Ok, talvez Datena como possível candidato à prefeitura de São Paulo mas, fora isso, nada. O pior é que se perguntar para o missivista se é a favor de garantir às mulheres a autonomia sobre o próprio corpo, ele cospe na sua cara.
Daí, tentando seguir essa linha de pensamento ignorante e imbecil, ironizei o comentário do leitor, em um post em abril deste ano:
“Talvez seja essa a saída e não a redução da maioridade penal de 18 para 16 anos: Esterilizar úteros que pariram criminosos de forma a interromper o terreno fértil para crimes. Ou, talvez, se nossa ciência permitir, descobrir com cálculos precisos os úteros ruins e impedir que deles brote algo.”
Um amigo jornalista, que leu o post na época, me alertou para tomar cuidado com textos ficcionais que forçavam a barra. “Tá louco, Saka? Quem toparia uma aberração dessas? Não viaja…”
Isso ensina uma lição, meu caro amigo: Pense no pior filme B de terror? Ele não se compara à realidade brasileira.
Escrevi naquele post também que, conhecendo nossa sociedade, os “úteros ruins” passíveis de aborto forçado não serão úteros ricos, que sempre tiveram acesso a tudo e que repousam em lençóis de algodão egípcio – mesmo que de alguns deles tenha brotado os que põem fogo em indígenas em pontos de ônibus, espancam pessoas em situação de rua ou atropelam ciclistas.
Mas úteros negros e pardos, que lavam roupa, fazem faxina e não raro criam os filhos sozinhos. Úteros que andam de ônibus, ganham uma miséria, dividem-se entre o trabalho e a família. E, por isso, não vivem, apenas sobrevivem, enfileirando dias e noites, na periferia de alguma grande cidade.
Depois desse episódio profético, se eu fosse você, acreditaria no alerta que venho fazendo há tempos: com esse Congresso Nacional, nada está a salvo. Nem o direito das mulheres ao voto, nem a República, muito menos a Lei Áurea.
*Leonardo Sakamoto é jornalista e Doutor em Ciência Política
 
 

quarta-feira, 10 de agosto de 2016

Na terra dos homens de luzes --- coloridas ----As notícias ------- que montam cavalos ligeiros --------- vão tomando todo o mundo --- na casa, no lar-----esquecidos, todos ficam longe ---- de saber o que foi que aconteceu --- e ali ninguém percebeu ---tanta pedra de amor cair --- tanta gente se partir



Novena
Alceu Valença
Compositor: Geraldo Azevedo, Marcus Vinícius

Sei que são nove dias, nove apenas
Enquanto espero, aumentam...
O mundo se faz esquecido
Na terra dos homens de luzes
Coloridas
Enquanto família reza a novena
As notícias
Que montam cavalos ligeiros
Vão tomando todo o mundo
Na casa, no lar
Esquecidos, todos ficam longe
De saber o que foi que aconteceu
E ali ninguém percebeu
Tanta pedra de amor cair
Tanta gente se partir
No azul dessa incrível dor
Enquanto a família reza
Alguém segue a novena no abismo
De preces divididas
Do sossego de uma agonia
Sem fim
Nessa hora, se Deus, amém
Padre, Filho, Espírito Santo
Essa é a primeira cantiga
Que nessa casa eu canto

Enquanto a família reza a novena
Nove dias se passam marcados
Sem tempo e sem nada, sem fim
No meio doido do medo
E de mim despedaçado
Tanto verso então
De orações a fala se faz
E lá fora se esquece a paz
Uma bomba explodiu por lá
Sobre os olhos de meu bem
E assim me mata também
Enquanto a novena chega ao fim
Bambas, bandeiras, benditos
Passando pela vida
E a novena se perde esquecida
De nós

Nessa hora, se Deus, amém
Padre, Filho, Espírito Santo
Essa é a última cantiga
Que nessa casa eu canto

terça-feira, 9 de agosto de 2016

http://www.diariodocentrodomundo.com.br/ela-foi-o-triunfo-da-vontade-na-globo-waack-omite-que-rafaela-silva-recebeu-bolsa-do-governo-dilma/

 
http://www.viomundo.com.br/denuncias/medica-defende-o-direito-de-o-paciente-falar-do-jeitinho-que-sabe-e-vira-alvo-de-racismo-e-misoginia-nas-redes-sociais-foi-como-levar-um-chute-no-estomago.html

Médica defende o direito de o paciente falar do “jeitinho” que sabe, e vira alvo de racismo e misoginia nas redes sociais:”Foi como levar chute no estômago”

08 de agosto de 2016 às 19h04
 
Julia, milton e capel ultima versão
Guilherme Capel, Júlia Rocha e Milton Pires
 por Conceição Lemes
Há pouco mais de uma semana, dois posts publicados por médicos numa rede social viralizaram. Ambos envolviam a relação médico-paciente, mas com olhares e posturas diametralmente opostas.
O primeiro foi na quarta-feira, 27 de julho. Após atender o mecânico José Mauro de Oliveira Lima, 42 anos, no Hospital Santa Rosa de Lima, em Serra Negra (SP), o clínico-geral Guilherme Capel Pasqua foi para a internet e debochou.
Com o título “Uma imagem fala mais que mil palavras”, publicou uma foto sua, com o receituário na mão e a inscrição: “Não existe peleumonia e nem raôxis”.
Duas colegas do hospital — a enfermeira Renata Rodrigues e a recepcionista  Adrielli Conti – aderiram à chacota.
Médico da peleumonia e colegas do hospital
Na família do mecânico e nas redes sociais, muita indignação, especialmente com o médico.
Afinal, ao se formar, ele fez o “Juramento de Hipócrates”, comprometendo-se, entre outras coisas, a usar os seus conhecimentos “para o bem do doente, nunca para causar dano ou mal”.
Em entrevista ao G1, publicada na sexta-feira 29, o enteado do senhor José Mauro, o eletricista Claudemir Thomaz Maciel da Silva, que o acompanhava na consulta, revelou o que aconteceu:
“Quando meu padrasto falou pneumonia e raios X de forma errada, ele [o médico] deu risada. Na hora, não desconfiamos que ele iria debochar depois na internet. O que ele fez foi absurdo. O procurei e escrevi para ele na rede social que, independente dele ser doutor, não existe faculdade para formar caráter. Assim que ele viu minha postagem, apagou a foto.  Ele não quis conversar com a gente”, diz Claudemir.
Meu padrasto não sabe falar direito porque não teve estudo (…). Ele trabalhava como cozinheiro aqui em Serra Negra e depois se tornou mecânico. Lembro que ele estudava, mas precisou abandonar as aulas para cuidar de mim. Tive tuberculose aos dois anos e, nessa época, ou ele estudava ou pagava meus remédios”, lembra.
 Na quinta-feira, dia seguinte à postagem, o médico, a recepcionista e a enfermeira foram demitidos pelo hospital, que é administrado pela Santa Casa de Serra Negra.
“EXISTE PELOUMONIA; EU MESMA JÁ TIVE VÁRIAS”
O segundo post que viralizou foi o da médica de família e cantora-compositora Júlia Rocha.
É preceptora do Programa de Residência Médica de Família e Comunidade da Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro.
Toda sexta à noite, vai para Belo Horizonte (MG), onde mora. E, no domingo à noite, volta para o Rio, onde trabalha.
Na sexta retrasada, 29 de julho, ao chegar a BH, várias pessoas haviam lhe mandado o link de uma mesma reportagem: a do clínico-geral de Serra Negra, que caçoou do paciente com “peleumonia”.
Ela leu e resolveu passar o seu olhar e dos seus colegas como médicos de família. Nada mais.
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No sábado, 30, ao acordar, a doutora Júlia percebeu que a postagem saíra do seu círculo de amigos e seguidores. Tinha tomado proporções gigantescas.

No domingo à noite, quando se preparava para voltar ao Rio, recebeu de uma amiga os prints de postagem do médico Milton Pires (logo abaixo), de Porto Alegre (RS), bem como a de alguns dos seus seguidores.
Milton revela-se racista e reacionário.
Aposta também na desinformação da sua malta.
Joga desonestamente nas costas da doutora Júlia — que escracha com foto imensa — a responsabilidade pela demissão do “guri da Santa Casa”:
IMG-20160731-WA0029
Só que os fatos o desmentem cabalmente.
O “guri” debochou do paciente com “peleumonia” na quarta, na quinta perdeu o emprego.
Júlia só publicou a sua postagem na sexta, às 23h29. O print da mensagem comprova.
Igualmente estarrecedores os comentários dos seguidores do médico gaúcho.
Médico gaucho e seguidores
Além do conservadorismo, da agressão e ódio desmedidos, eles revelam machismo, misoginia, inclusive por parte das mulheres.
“Na hora em que vi a postagem do médico gaúcho e os comentários dos seus seguidores, fiquei em choque”, afirma Júlia Rocha, em entrevista exclusiva ao Viomundo. “Foi como levar um chute no estômago. Foi muito triste.”
Ainda no domingo passado à noite, ela postou esta segunda mensagem:
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Como todo racista que se preza, Milton Pires não gostou de ser chamado de racista.
Baixou ainda mais o nível em nova postagem (abaixo). Mandou a médica à “puta que pariu”, mostrando que também é mal-educado.
O post, todo em letras maiúsculas, é como se ele estivesse gritando a seguidores surdos. E, de novo, escracha, em tamanho grande, a foto da doutora Júlia.
Júlia - milton Pires chmando Júlia de filha da puta
Na segunda-feira passada, 1° de julho, provavelmente a pedido de Milton Pires, o Facebook eliminou a segunda postagem de Júlia. Já tinha mais de 70 mil curtidas e milhares de compartilhamentos.
Covardemente, Milton também apagou também rapidinho a sua página no Facebook.
Júlia tem recebido a solidariedade individual e coletiva de colegas.
A Rede Nacional de Médicos e Médicas Populares divulgou nota (na íntegra, ao final) de solidariedade:“Repudiamos a prática que tende a utilizar o discurso de ódio para combater divergências políticas e ideológicas, com conteúdo racista para isso”.
Segue a íntegra da entrevista que esta repórter fez por telefone com a doutora Júlia.
Viomundo – Como soube do caso do médico da  “peleumonia”?
Júlia Rocha – Na sexta-feira [29 de julho], à noite, quando cheguei de viagem em Belo Horizonte. Algumas pessoas me mandaram o link da reportagem. Li e, antes de dormir,  decidi me manifestar. Fiz sem nenhuma pretensão. Nunca imaginei que fosse ter tanta repercussão, principalmente essa reação negativa, tão assustadora, tão virulenta.
Viomundo — O que a levou a fazer a sua primeira postagem?
Júlia Rocha – A minha ideia era apenas passar outro olhar sobre a questão. O meu olhar e os dos meus colegas como médicos de família. Nada mais.
Não tive a intenção de manchar a imagem de ninguém, de forma alguma.  Não me cabe julgá-lo. Talvez tenha sido um ato de imaturidade, porque ele é muito novo.  Acho que ele vai aprender com esse episódio e provavelmente mudar a sua prática a partir de agora.
Viomundo – O que significa esse outro olhar?
Júlia Rocha – É importante que a gente realmente esteja inteira dentro de uma consulta médica para poder ouvir o que o paciente tem a dizer da forma que ele se apresenta, como ele é.
No nosso meio, é recorrente a ridicularização da fala do excluído, do pobre.
A minha ideia foi justamente mostrar que é legítimo, sim, que o paciente fale dessa forma.
Nós, médicos, somos os técnicos dessa relação médico-paciente. Nós somos formados para isso, para entender. O paciente não tem obrigação de saber o que a gente sabe. E se me foi dada a chance de conhecer sobre as doenças e ler os livros, o que me custa entender ou tentar entender aquilo que o paciente me traz.
Viomundo — Paradoxalmente, é muito comum o médico falar para o umbigo, usando jargão que o paciente não entende. Outro dia vivi isso, ao levei a minha mãe de 93 anos à ortopedista. A médica disse: “a senhora flete a perna”. Mesmo percebendo que a minha mãe não estava entendendo, ela insistiu no “flete”. Na terceira, eu interferi: “mãe, dobra a perna!”
Júlia Rocha – Isso é comum. No Brasil, a profissão de médico ainda é muito elitizada.  Em consequência, usa uma linguagem muitas vezes inacessível para muitos pacientes. Então, a nossa obrigação é se fazer entender de verdade pelo paciente.
Até porque isso pode parecer uma brincadeira, às vezes deboche. Mas pode se tornar algo sério, a partir do momento em que você coloca a vida do paciente em risco por não entendê-lo ou ele não te entender.
Viomundo – O que a senhora sentiu quando viu os prints da postagem do médico gaúcho e de alguns seguidores dele?
Júlia Rocha – A sensação foi de ter levado um chute no estômago. Só quem passa por situação semelhante sabe o quanto é triste. Além de ter usado indevidamente a minha  imagem, ele proferiu palavras racistas ali e permitiu que seus seguidores fizessem o mesmo. Eu vi na página dele vários comentários racistas, como “esse cabelo deve ter um mico leão lá dentro”, “para negar que é preta, ela descolore o cabelo”…
Viomundo – A informação que tive inicialmente é que a postagem do médico gaúcho teria sido numa comunidade fechada chamada Movimento Pela Dignidade Médica…
Júlia Rocha – Realmente, eu ouvi dizer que alguns dos que comentaram ali fariam parte dessa comunidade de médicos reacionários, de extrema-direita. Mas não sei. Agora, esse post dele foi publicado no perfil pessoal, que estava público. Eu não precisei entrar em nenhuma comunidade. Houve uma alegação de que eu teria exposto a imagem dele. Mas não. Na verdade, o post estava ali, aberto, para quem quisesse ver.
Viomundo – O Facebook eliminou a sua segunda postagem provavelmente a pedido dele. Sabe por quê?
Júlia Rocha – Ele tem poucos seguidores. Eu tenho mais de 60 mil. Então, na hora que postei no meu Facebook, viralizou. Além de ser cantora-compositora, eu sempre repercuto notícias relacionadas à medicina. Eu posto também alguns casos dos meus atendimentos. Não os relacionados à questão médica, mas à questão humanística. A consulta médica é um momento de encontro de seres humanos. Então, na hora em que eu postei os prints das telas do post dele, elas viralizaram.
Viomundo – A senhora pretende processá-lo?  
Júlia Rocha – Há advogados acompanhando o caso. Providências legais já estão sendo tomadas.  Estou muito preocupada comigo e com a minha família.
Milton e sua capivara
Em tempo: Milton Pires, cujo nome completo é Milton Simon Pires, é reincidente no ataque vil a mulheres.
Em outubro de 2014, ele ironizou a queda de pressão da presidenta Dilma (PT) após um debate eleitoral e a chamou de “filha da puta”
Concursado no Grupo Hospitalar Conceição (GHC), em Porto Alegre.
Em setembro de 2014, uma colega de trabalho o denunciou por agressão verbal e física, e a direção do Hospital Geral da Conceição (GHC) , de Porto Alegre, onde ele concursado, optou por afastá-lo de suas funções na UTI.
Nota de Solidariedade da Rede Nacional de Médicos e Médicas Populares à médica de família e comunidade Julia Rocha:
“O médico, o trabalhador médico, deve ir então ao centro de seu novo trabalho, que é o homem dentro da massa, o homem dentro da coletividade. (…) Veremos como teremos que ser um pouco pedagogos, às vezes muito pedagogos, como teremos que ser políticos também, como o primeiro que temos que fazer não é ir brindar com a nossa sabedoria, mas sim demonstrar que vamos aprender, com o povo, que vamos realizar essa grande e bela experiência comum” Ernesto Che Guevara
No dia 27 de julho a notícia de que um médico plantonista havia divulgado uma foto com os dizeres “não existe peleumonia e nem raoxis”, após o atendimento de um paciente em um hospital, espalhou rapidamente pelas redes sociais.
Em contrapartida a postura dele médicas e médicos como Julia Rocha se pronunciaram a favor de uma medicina centrada na pessoa, ferramenta que reconhece e respeita o que o indivíduo sente e sua forma de expressar o que é o adoecer.
Em meio ao crescente discurso de ódio na sociedade brasileira, Julia Rocha foi atacada por médicos racistas e reacionários em seu perfil do facebook, com mensagem de conteúdo racista, desrespeitoso quanto a opção ideológica da medica e quanto a especialidade de medicina de família e comunidade. Nos comentários da postagem, fica explícito o caráter do ataque.
Nós da RNMMP manifestamos o nosso apoio a Julia Rocha e repudiamos a prática que tende a utilizar o discurso de ódio para combater divergências políticas e ideológicas, com conteúdo racista para isso.
A medicina deve estar a serviço do povo brasileiro, capaz de compreender o processo saúde doença que submete os indivíduos e comunidades ao adoecimento e se propor a transformar. A medicina, não pode ser uma correia de transmissão do pensamento elitizado e preconceituoso contra os mais desfavorecidos e oprimidos da sociedade brasileira.

PS do Viomundo: Após a enorme repercussão negativa da sua conduta, o médico Guilherme Capel pediu desculpas ao senhor  José Mauro. Em sua página no Facebook, ele registra em foto a ida à casa do mecânico. Tomara que o arrependimento seja sincero. Ou terá sido apenas marketing para limpar a sua imagem?

domingo, 31 de julho de 2016



In Decay

Wasted bodies lying oh so still
So many lovers in need of organs
Wasted bodies lying oh so still
So many lovers in need of organs

He couldn't help himself
The lonely neighbour

If i had hip for pies
He was between her tights
Well in search for him

His lover barged right in
A cold 45 cold down in

Lovers in the dust, lovers in the dust
Dancing in decay, dancing in decay
Lovers in the dust, lovers in the dust
Lovers in the dust, dancing in decay
Lovers in the dust
After all these year,
She can call me amorous
Might three lovers,
I just never roll bed covers
Deceit ate her up,

She invited them for coffee
With some tnt,
Blew them and whole shop up
Wasted bodies lying oh so still
So many lovers in need of organs
Wasted bodies lying oh so still
So many lovers in need of organs
Lovers in the dust, lovers in the dust
Dancing in decay, dancing in decay
Lovers in the dust, lovers in the dust
Lovers in the dust, dancing in decay
Lovers in the dust
Wasted bodies lying oh so still
So many lovers in need of organs
Wasted bodies lying oh so still
So many lovers in need of organs

Wasted bodies lying oh so still
So many lovers in need of organs
Wasted bodies lying oh so still
So many lovers in need of organs

sexta-feira, 15 de julho de 2016

 

quinta-feira, 14 de julho de 2016



O primeiro ato da vida de um jovem é a história da sua partida em direção à conquista do mundo. O segundo ato é a história da sua compreensão de que o mundo não está disposto a se deixar conquistar por pessoas como ele.
[Carl Jung]

Quando jovem, eu admirava as pessoas inteligentes. À medida que fui ficando mais velho, passei a admirar as pessoas bondosas.
[Abraham Joshua Heschel]

quarta-feira, 13 de julho de 2016



Organização indigenista denuncia mais um ataque a índios no MS


Segundo o Conselho Indigenista Missionário, três jovens foram alvejados por tiros disparados de camionetes

Josiel Benites, de 12 anos, ferido no mês passado. Cimi
Menos de um mês depois de um ataque que resultou na morte de Clodiode Aquileu Rodrigues de Souza, um guarani-kaiowá de 26 anos, o Conselho Missionário Indigenista (Cimi) denuncia que um novo grupo de índios foi alvejado por tiros de armas de fogo, disparados por homens que estavam em camionetes, em Mato Grosso do Sul. Segundo a entidade, ligada à Igreja Católica, três homens foram atingidos e um deles ficou em estado grave. A informação foi confirmada pela Fundação Nacional do Índio (Funai), que ainda não havia divulgado detalhes da ação até a noite desta terça-feira.
Segundo o Cimi, por volta das 21h desta segunda-feira, homens armados atacaram o grupo de indígenas disparando de dentro de quatro camionetes. As 11 famílias estavam na área de uma fazenda do município de Caarapó, que fica dentro da Terra Indígena Dourados Amambaipeguá I, um território que está em processo de demarcação pelo Governo federal, depois de relatórios antropológicos comprovarem que a área pertenceu aos ancestrais dos guarani-kaiowá, expulsos décadas atrás pelo Governo para a implementação de fazendas. O local, entretanto, está em litígio, já que fazendeiros possuem a titularidade dessas terras e exigem indenização apropriada por parte do Governo federal. O impasse na demarcação leva os índios a entrarem nas áreas reivindicadas e formarem acampamentos, num processo que chamam de retomada das terras tradicionais. E, num movimento que tem crescido nos últimos tempos, eles acabam sendo expulsos, muitas vezes por milícias armadas, com a participação de fazendeiros, como denunciou recentemente o Ministério Público Federal.
Foi nesta Terra Indígena, de 55.590 hectares, que Clodiode foi assassinado no dia 14 do mês passado em um ataque de fazendeiros, que afirmavam não estarem armados. Além dele, outras cinco pessoas ficaram feridas por projéteis de armas de fogo, incluindo uma criança de 12 anos.
Nesta segunda, segundo o Cimi, um homem de 32 anos, e dois menores de idade, um de 17 e outro de 15, foram atingidos. O primeiro levou um tiro no braço, assim como o segundo, que está em estado mais grave porque a bala atravessou seu tórax, diz a organização. O terceiro foi alvejado no joelho. Não há informações atualizadas sobre o estado de saúde deles até a conclusão deste texto.

http://brasil.elpais.com/brasil/2016/07/13/politica/1468364910_082066.html

quarta-feira, 6 de julho de 2016



Lies
Low

When they found you on the edge of the road
You had a pistol underneath your coat
But it all started back in '79
Your mother used to work from sunset to 5
And when you knew enough to know where to go
You said you wanted to be out on your own
Why don't you tell me what you really want
Instead of making up the same old lies, lies, lies

You say you must be going out of your mind
And I can see you when I look in your eyes
You're always talking on the end of your tongue
And sweep the ashes underneath the rug
You swear you're having just the time of your life
You've got it wrapped in pretty papers and white
Why don't you tell me what you really want
Instead of making up the same old lies, lies, lies

Lies, lies, lies
Lies, lies, lies

Oh, baby, we can go
The shadow's taking its toll
We're not women anymore
Time is keeping score
It's the blind leading the blind
One can handle [?]
Oh, it's not what I wanna say
But it's late anyway
When I saw you on the edge of the road
You had a pistol underneath your coat
I should be sleeping by your lonely side
Instead of working on this song all night

sábado, 2 de julho de 2016

MS não podia ficar fora dessa né - ms tá em todas!


Cunha recebeu R$ 9,4 milhões em propina por obra em MS, diz delator

Michel Faustino
Fábrica de celulose da Eldorado Brasil em Três Lagoas (MS). (Foto: Arquivo)Fábrica de celulose da Eldorado Brasil em Três Lagoas (MS). (Foto: Arquivo)
O presidente afastado da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), é acusado de receber propina em 12 operações de captação de recursos. (Foto: Agência Câmara)O presidente afastado da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), é acusado de receber propina em 12 operações de captação de recursos. (Foto: Agência Câmara)
O ex-vice presidente da Caixa Fábio Cleto revelou em delação premiada que o presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha PMDB-RJ), teria recebido cerca de R$ 9,4 milhões em propina na captação de recursos feita em 2012 pela Eldorado Brasil junto ao Fundo de Investimento do FGTS (FI-FGTS) para construção da fábrica de celulose de Três Lagoas, a 338 quilômetros de Campo Grande.
 
Em depoimentos prestados à PGR (Procuradoria-Geral da República ), Fábio Cleto disse, que o valor pleiteado inicialmente foi de R$ 1,8 bilhão para obras da unidade, mas acabou reduzido para R$ 940 milhões. Nesse caso, Cleto disse acreditar que Cunha tenha recebido valor superior a 1% como comissão, ou seja, cerca R$ 9, 4 milhões.
O delator contou que a negociação do aporte foi feita com o controlador da J&F, Joesley Batista, supostamente apresentado a ele num jantar em sua casa pelo operador do mercado financeiro Lúcio Bolonha Funaro, preso nesta sexta-feira (1).
A fábrica da Eldorado Brasil em Três Lagoas, construída em dois anos, começou a produzir em novembro de 2012. Na época, a inauguração foi festejada por autoridades do Estado e, inclusive, contou com a presença do então vice-presidente Michel Temer e representantes do grupo J&F, que também controla a Friboi.
A unidade tem capacidade para produzir 1,5 milhão de tonelada de celulose por ano, total que deve ser alçando no próximo ano. Até então, a maior fábrica tem potencial de produzir 1,3 milhão de tonelada. Em 2017, deve ser aberta mais uma linha de produção. Em 2020, será ativada a terceira linha. Em 2021, a meta é alcançar 5 milhões de toneladas de celulose por ano.
Captação de propinas - Fábio Cleto relatou ainda, que Cunha teria recebido propinas em mais 11 operações de grupos empresariais. As comissões variavam de 0,3%, 0,5% ou até mais de 1% dos repasses feitos pelo fundo, conforme fonte com acesso às investigações relatou ao jornal "O Estado de S. Paulo".
Cleto foi vice-presidente de Fundos de Governo e Loterias da Caixa entre 2011 e dezembro do ano passado, indicado ao cargo por Cunha. Ele integrava também o Comitê de Investimento do FI-FGTS, colegiado que aprova os repasses de recursos em empresas.
Aos procuradores da Operação Lava Jato, o delator contou que tinha reuniões semanais com o peemedebista, em Brasília, para informar de forma pormenorizada quais grupos buscavam apoio do banco público e definir quais seriam os alvos do achaque.
Conforme o relato aos investigadores, esses encontros ocorriam todas as terças-feiras, por volta das 7h30, primeiro no apartamento funcional do deputado. Depois que ele assumiu a Presidência da Câmara, teriam passado a ocorrer na residência oficial da Casa, no Lago Sul.
Para confirmar os encontros, ele indicou à PGR o nome do motorista da Caixa que o levava. Também entregou cópias de seus votos no comitê do FI-FGTS e uma planilha com a prestação de contas do esquema, produzida pelo por Funaro.
Cleto explicou que, ao tomar conhecimento das informações, Cunha apontava quais aportes lhe interessavam e pedia que o vice-presidente da Caixa trabalhasse para viabilizar a aprovação. Nos demais casos, a ordem seria para "melar" as operações.
Defesa – Ao jornal Folha de S. Cunha disse desconhecer o "o conteúdo da delação" de Cleto e que, por isso, não poderia comentar detalhes.
"Reitero que o cidadão delator foi indicado para cargo na Caixa, pela bancada do PMDB/RJ, com meu apoio, sem que isso signifique concordar com qualquer prática irregular. Desminto, como aliás já desmenti, qualquer recebimento de vantagem indevida. Se ele cometeu irregularidades, que responda por elas", disse ao jornal.

PAPAGAIADA MS



MPE mantém punição a Saldanha que remete a 'excesso de arquivamentos'

Promotor alegou suspeição de procurador que o alertou
 
O promotor de Justiça Alexandre Pinto Capiberibe Saldanha tentou escapar, mas continua oficialmente punido por alegar perseguição de um procurador. A decisão, tomada nesta quinta-feira (30) pelo Colégio de Procuradores do MPE-MS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), remete ao excesso de arquivamentos em procedimentos que deveriam ter investigado denúncias contra políticos nos últimos anos.
Saldanha, à frente de Promotorias do Patrimônio Público, arquivou casos polêmicos como denúncias no Concurso da Sefaz-MS, de enriquecimento ilícito contra Edson Giroto e Osmar Jerônymo, e outras suspeitas de gastos ilícitos durante o governo de André Puccinelli (PMDB). A maioria se tornou pública com reportagens do Jornal Midiamax.
Durante a operação Lama Asfáltica, a Polícia Federal chegou a ver indícios para colocar em dúvida a postura do gabinete do Procurador-Geral de Justiça e pediu autorização ao TJMS para investigar Humberto Brittes, ex-PGJ, e Alexandre Saldanha. O pedido foi negado e nesta quinta-feira o Colégio de Procuradores discutiu o procedimento, que dependia da manifestação do decano Sérgio Morelli.
As investigações conduzidas pela CGU (Controladoria-Geral da União), MPF (Ministério Público Federal), Receita Federal e Polícia Federal acabaram forçando o desarquivamento de várias das denúncias antecipadas nas reportagens e o MPE-MS formou uma força tarefa para voltar a muitos dos temas antes arquivados.

'Perseguido' por arquivar

Com relação ao promotor Alexandre Saldanha, no entanto, foi à votação entre os procuradores de MS a tentativa dele de reformular a decisão de punição. Ele havia alegado suspeição do então procurador de Justiça, Marcos Antonio Martins Sottoriva, justamente ao Procurador-Geral de Justiça, Humberto Brites, na promoção de arquivamento do inquérito civil nº 29/2014, alegando que o superior seria seu “desafeto”.
Com nove votos a favor, a pena foi mantida.
Saldanha alegou ser “perseguido” por Sottorriva porque este representou contra o promotor por diversas vezes na Corregedoria-Geral de Justiça, alegando que o mesmo pedia sucessivamente arquivamentos de inquéritos civis, instaurados para investigar atos ilícitos.
O promotor segue advertido por não fundamentar a petição alegando a suspeição do procurador e por desrespeitar o órgão superior da administração, alegando que o membro do Conselho Superior estaria impedido de opinar na promoção de arquivamento em questão.
Em pauta para votação desde a reunião do mês passado, quando o encontro do Colégio durou três horas pela discussão do assunto, a decisão foi adiada devido ao pedido de vistas do decano, procurador Sérgio Luiz Morelli, que apresentou seu voto nesta quinta com provimento parcial do recurso, mantendo a advertência pela falta de fundamentação e o absolvendo pelo desrespeito.
Na ocasião, já haviam votado pela permanência da punição nove dos 32 procuradores: Gilberto Robalinho, Lucienne Reis D’Avila, Francisco Neves, Esther Sousa de Oliveira, Adhemar de Carvalho Neto, Luís Alberto Safraider, Sara Francisco Silva e Lenirce Furuya.
Todos os votos seguiram o parecer da revisora Irma Vieira de Santana e Anzoategui, que alegou que um promotor não poderia interferir no modo de votar de um procurador, superior hierárquico que cumpre função exatamente de supervisor do trabalho dos promotores.
A procuradora questiona também o fato de Saldanha ter alegado suspeição em um único inquérito sigiloso, de vários que são encaminhados corriqueiramente para o arquivamento por Saldanha. Para Irma, se a briga é motivo para suspeição, deveria ser alegada em todos os procedimentos do promotor.

'É como o preso suspeitar do delegado'

O relator Edgar Roberto Lemes de Miranda leu o parecer, favorável a absolvição de Saldanha, durante duas horas. Na explicação do voto, o procurador destacou a suposta briga entre os membros do Ministério Público, com detalhes.
Alegou que por várias vezes Sottoriva, agora Corregedor-Geral do Ministério Público, utilizou-se de “argumentos inválidos, representações sucessivas e infundadas” contra o promotor de Justiça, que comprovariam o desafeto alegado por Saldanha no documento enviado ao Procurador-Geral. Perseguição que “representaria tanto esmero e tanto tempo” do procurador por uma “querela pessoal”.
Para defender sua tese, Edgar citou uma a uma das representações do procurador contra Saldanha e o conteúdo das mesmas, alegando que todas elas foram arquivadas e lendo todas as decisões.
No voto-vista, Morelli defende que alegar suspeição de Sottoriva apenas porque ele representou contra o promotor na Corregedoria é “o mesmo que admitir suspeição de um delegado porque o preso em flagrante já foi detido outras vezes pelo mesmo delegado. Ou a suspeição a um juiz que analisa o seu caso porque ele já o condenou outras vezes”.
O decano defendeu que o procurador representou contra Saldanha agindo de acordo com a sua função, que é a de fiscalizar o trabalho do promotor de Justiça “e tanto faz o procedimento ou não das representações”.
Votaram com Morelli os procuradores Hudson Kinashi, Silvio Maluf, Evaldo Borges, Belmires Ribeiro e Helton Bernardes.

Sigilo no MPE-MS

A leitura do voto do relator demorou uma hora para acontecer porque os procuradores discutiram, antes, a questão do sigilo dentro do Colégio. Como punição de membro do Ministério tem caráter reservado, o Procurador-Geral de Justiça Paulo Cezar Passos interrompeu o rito para discutir a presença da equipe de reportagem do Jornal Midiamax.
“Só um segundo, que tem uma jornalista do Midiamax aqui. Tenho uma posição de que o Conselho Nacional do Ministério Público abre as sessões, mas entendo que a nossa lei fala de caráter reservado e como o senhor já está lendo, tenho que submeter ao Colegiado”, disse o PGJ ao relator.
Gilberto Robalinho defendeu que a lei fala em sigilo, não em caso 'reservado'. “Nas hipóteses de sigilo o Colegiado tem que deliberar. Mas caráter reservado é o mesmo que sigiloso? Eu entendo que não”, ressaltou.
O procurador Helton Bernardes também opinou a favor da divulgação do caso. “A interpretação constitucional é, na verdade, invertida. O interesse público se sobrepõe a todo e qualquer interesse privado. Isso é regra em qualquer estado democrático, se duvidar até na Coreia do Norte. Essa é a interpretação. Servidores públicos têm que entender que temos sim que ser fiscalizados. Não podemos ficar nessa esfera da obscuridade que cerca o servidor público. A população tem interesse, tem o direito de acompanhar sim todos os atos públicos que acontecem neste país”.
Apesar de discursar amplamente a favor da postura do CNMP na abertura da sessão e quando a questão começou a ser discutida, o Procurador-Geral de Justiça Paulo Passos acolheu, no voto, o pedido de análise sigilosa do procedimento. Passos, recém-eleito para chefiar o Ministério Público do Estado, defendeu enquanto candidato mais transparência nas ações do órgão.

http://www.midiamax.com.br/transparencia/mpe-mantem-punicao-alexandre-saldanha-remete-excesso-arquivamentos-306425

sexta-feira, 1 de julho de 2016

Trouble on my left, trouble on my right - I've been facing trouble almost all my life


Trouble

















Ooo-ooh
We were at the table by the window in the view
Casting shadows, the sun was pushing through
Spoke a lot of words, I don't know if I spoke the truth
Got so much to lose
Got so much to prove
God don't let me lose my mind
Trouble on my left, trouble on my right
I've been facing trouble almost all my life
My sweet love, won't you pull me through?
Everywhere I look I catch a glimpse of you
I said it was love and I did it for life
Did-did it for you
Ooo-ooh
We will come to pass, will I pass the test?
You know what they say, yeah
The wicked get no rest
You can have my heart, any place, any time
Got so much to lose
Got so much to prove
God don't let me lose my mind
Trouble on my left, trouble on my right
I've been facing trouble almost all my life
My sweet love, won't you pull me through?
Everywhere I look I catch a glimpse of you
I said it was love and I did it for life
Did-did it for you
Ooo-ooh
Got so much to lose
Got so much to prove
God don't let me lose my mind

A CRISE crime numca terá FIMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMM



Milionário, Aquário do Pantanal tem lambari, elefante e estragos do tempo

Aline dos Santos
Aquário começou a ser construído em 2011 e já custou mais de R$ 230 milhões. (Foto: Fernando Antunes)Aquário começou a ser construído em 2011 e já custou mais de R$ 230 milhões. (Foto: Fernando Antunes)
Auditório virou depósito. (Foto: Fernando Antunes)Auditório virou depósito. (Foto: Fernando Antunes)
Os pequeninos lambaris reinam sozinhos nas águas do milionário e elíptico Aquário do Pantanal. A obra, que supera R$ 230 milhões e tem sucessivas dilatações de prazo para entrega, foi projetada para 260 espécies.
Contudo, cinco anos após o começo da construção, os habitantes se resumem aos lambaris, predadores de larvas; um elefante na cenografia que representa a África; e uma boneca no aquário da Tailândia, que teve que ser escondida por caixas para não assustar a vigilância.
A passagem do tempo deixa marcas na gigante elipse projetada pelo renomado arquiteto Ruy Ohtake e localizada na avenida Afonso Pena, em Campo Grande. Na entrada, um acrílico trincado na fachada.
Dentro do aquário, basta olhar para cima para o cenário se repetir. A cúpula também tem placa com avaria, provocada pelo choque de um drone. Somente em acrílico, que se espalha pelos tanques, o gasto era de US$ 5 milhões até 2014.
A visita da reportagem começa pelo saguão, onde uma lanchonete espera por clientes, os banheiros aguardam as divisórias e o auditório, com vista para um aquário com capacidade para 85 mil litros de água, funciona como depósito. Com problemas de alinhamento, parte do piso é substituída.
No caminho para os tanques, a escada tem pontos quebrados. Na área externa, as madeiras sem impermeabilização sofrem o efeito da exposição à chuva e sol. Vidros e ares condicionados também esperam pela instalação. Na retomada da obram, também foi encontrado item vencido, como cimento. O material para reaproveitamento já foi separado.
Parte externa da obra ainda sem cobertura. (Foto: Fernando Antunes)Parte externa da obra ainda sem cobertura. (Foto: Fernando Antunes)
Escada quebrada no acesso aos tanques. (Foto: Fernando Antunes)Escada quebrada no acesso aos tanques. (Foto: Fernando Antunes)
Lambaris reinam no aquário projetado para mais de 260 espécies. (Foto: Fernando Antunes)Lambaris reinam no aquário projetado para mais de 260 espécies. (Foto: Fernando Antunes)
Com algumas partes concluídas, o Aquário do Pantanal é promessa de passeio atrativo, principalmente, quando um túnel, cercado e coberto por tanques, ser povoado com peixes e colocar o visitante dentro de um rio.
Na parte externa, a guarita da obra, no número 6.277da avenida, é transferida para um ponto mais próximo da Afonso Pena. A intenção é melhorar o acesso.
Novela - A saga começou em fevereiro de 2011, quando a Egelte Engenharia venceu licitação para construir o Centro de Pesquisa e de Reabilitação da Ictiofauna Pantaneira, nome oficial do aquário, por R$ 84 milhões.
Porém, em março de 2014 a construção foi repassada em subempreita para a Proteco Construções, empresa que desde o ano passado é investigada pela PF (Polícia Federal) e MPE (Ministério Público Estadual). O então governador André Puccinelli (PMDB) informou que se tratava de um “mutirão cívico” para concluir o empreendimento.
Gravações da operação Lama Asfáltica apontam para uma frenética negociação para que a obra trocasse de mãos e ganhasse aditivo de R$ 21 milhões.
Com a divulgação das denúncias, o MPF (Ministério Público Federal) recomendou em 22 de julho de 2015 que a administração estadual, já na gestão de Reinaldo Azambuja (PSDB), suspendesse os contratos com a Proteco.
Após impasse na Justiça e paralisia da construção, a obra foi retomada em 4 de abril de 2016, após acordo entre a Egelte e o governo. O contrato tem saldo inicial de R$ 6 milhões. Porém, para a conclusão da obra, há um impasse porque já teve aditivo de 25%, o máximo permitido pela Lei de Licitações.
Ainda não foi divulgado o custo para o término, mas, em abril, empresa e governo apontavam valor entre R$ 30 e R$ 40 milhões. O impasse pode prorrogar, mais uma vez, o prazo do fim da obra, previsto para junho de 2017.
Acrílico trincado na fachada do Aquário do Pantanal. (Foto: Fernando Antunes)Acrílico trincado na fachada do Aquário do Pantanal. (Foto: Fernando Antunes)
Na área externa, madeira sofre desgaste do tempo. (Foto: Fernando Antunes)Na área externa, madeira sofre desgaste do tempo. (Foto: Fernando Antunes)
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quinta-feira, 30 de junho de 2016

TÁ tudo PÔDI ----AQUI É MS - COWMBOY - "O ex-PGJ é irmão de um empreiteiro que manteve contratos com a gestão do ex-governador André Puccinelli (PMDB), e comandou o MPE-MS de maio de 2012 a maio de 2016."" TJ entendeu que o pedido não tinha ‘fundamentação’, ou seja, não havia elementos suficientes para investigar o agora ex-PGJ."

30/06/2016 10h25 - Atualizado em 30/06/2016 10h44

Procuradores se reúnem a porta fechadas para discutir pedido da PF contra Brittes

Polícia encontrou indícios e pediu investigação contra ex-PGJ

  • Brittes disse que vai representar contra delegado da PF

  • Durante a reunião desta manhã do Conselho de Procuradores do MPE-MS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), o atual Procurador-Geral de Justiça do Estado, Paulo Cezar dos Passos, ordenou que todos que não fossem procuradores, incluindo a reportagem do Jornal Midiamax, saíssem da sala, para discussão do caso envolvendo o pedido de investigação feito pela Polícia Federal contra Humberto Brittes, que antecedeu Passos no comando do parquet.
    Durante a reunião do Conselho, o Procurador-Geral comunicou aos presentes que havia um ‘equívoco’ no pedido de investigação contra Brittes, e que o decano (Procurador mais antigo em ação), Sérgio Morelli, a quem caberia tocar o processo internamente, iria explicar aos colegas o caso em questão.
    Há quatro meses, a PF encaminhou ao TJ/MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul), pedido de investigação contra o então chefe do MPE-MS, Humberto Brittes, suspeito de se beneficiar do cargo para proceder arquivamento em procedimentos que poderia comprometê-lo.
    O inquérito da PF já havia recebido recomendação de investigação do STJ (Superior Tribunal de Justiça), todavia o TJ entendeu que o pedido não tinha ‘fundamentação’, ou seja, não havia elementos suficientes para investigar o agora ex-PGJ.
    Antes de deixar o cargo, Brittes havia dito à reportagem do Jornal Midiamax que o pedido de investigação contra ele ‘não tinha fundamento’, e que inclusive havia recebido apoio do Conselho Nacional dos Procuradores-Gerais de Justiça. O ex-chefe do MPE também revelou que entraria com uma representação judicial contra o delegado da PF que solicitou a investigação.
    Fechado
    Apesar da reunião ter sido a portas fechadas, o Jornal Midiamax apurou que durante a explicação aos Procuradores, Morelli afirmou concordar com o posicionamento do presidente do TJ, desembargador João Maria Lós, que pede o arquivamento do pedido de investigação, cogitando inclusive não manter sigilo nos autos, no que foi seguido pelo Paulo Cesar dos Passos.
    Já o Procurador Edgar Lemos pediu a palavra para contrariar o pedido do colega e declarar que é favorável que o processo que pede a investigação de Brittes seja mantido em sigilo.
    O ex-PGJ é irmão de um empreiteiro que manteve contratos com a gestão do ex-governador André Puccinelli (PMDB), e comandou o MPE-MS de maio de 2012 a maio de 2016.