“Entre
elas, as más condições de armazenamento de medicamentos,
depredação de ambulâncias, aquisição de materiais superfaturados
e falta de infraestrutura nas 94 unidades de saúde de Campo Grande”
Ele
falou até de motor de ambulância que foi surrupiado na gestão
passada.
(E
quem não se lembra da declaração do prefeito eleito do dia 19/02,
na mesma câmara dos vereadores, dizendo que a gestão passada deixou
um débito de “apenas” 300 mil)...
Picuinhas
a parte, pois sabemos que tudo acabará em pizza mesmo, outro
interessante momento da fala do secretário foi a constatação de
que:
“...em
relação ao foco do investimento na Sesau. “Devemos prevenir e não
gastar tanto em média e alta complexidade. Atualmente, apenas 13%
dos recursos são repassados para prevenção”.
Quando ele fala em investir na prevenção, ele está falando em investir na Atenção Básica, do qual, segundo a política do SUS é responsável por 85% dos problemas de saúde das pessoas, de um território.
Mas
por que a gestão passada inverteu toda a lógica que se preconiza no
SUS, deixando de lado a Atenção Básica do município, priorizando
a média e alta média complexidade (UPA´S, CRS´s, CAPS´s, CEM,
Hospitais e Urgências e Emergências), como relatou o secretário
atual de saúde?
É uma questão bem “grande” essa.
Na
minha singela opinião, uma explicação possível, nós vimos essa
semana, nas notícias que nos arrebataram:
Em
um Hospital, e/ou lugares como: urgências e emergências (alta e
média complexidade em saúde), são locais “fechados”,
verdadeiras “caixas-pretas”. Lá, existe desde “médicos
fantasmas”, que trabalham em mais 4 outros estabelecimentos de
saúde no mesmo horário, a até mesmo “médicas assassinas”, que
para “desopilarem” a UTI,
friamente, e sem nenhum “remorso” (o papel de gestora dela é
esse mesmo – fazer o “negócio andar”), desliga equipamentos e
injeta medicações, que matam pessoas que poderiam tranquilamente
ainda mais em um hospital, ter uma sobrevida.
Outra
fácil “explicação” para tudo isso, é que em um posto de saúde
(Atenção Básica – a “baixa complexidade” em saúde), apenas
a “ralé”, as pessoas que vivem nas periferias, é que fazem uso
desse tipo de prestação de serviço público. Nós, não
precisamos, pois nós temos a UNIMED. Sossegado?
Mais ou menos.
Um
exemplo simples: e se acontece algum acidente automobilístico
comigo, e eu estiver sozinho, impossibilitado em minha autonomia?
Para onde o SAMU irá me levar? Com certeza, será para um hospital,
como a emergência de uma Santa Casa, ou mesmo de um UPA. Então
prioriza-se setores da saúde, onde pessoas de classe sociais mais
privilegiadas também fazem uso. E para a “ralé” (a maior, senão
boa parte, da população) os nossos “póstinhos de saúde”.
Assim,
acho muito válida a ideia que o DR. Dráuzio Verella não cansa de
recitar: “política pública voltada apenas para pobre, não
funciona aqui”.
prestacao+contas+saude+vira+palco+discussao+politica+
camara+municipal.html
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