segunda-feira, 12 de agosto de 2013

DINHEIRO PÚBLICO (nosso) DO SUS- ‘troço é meio misturado’ - “Não é que o dinheiro é do SUS. O dinheiro em maior grau gira em torno do SUS. O médico faz o serviço e ‘mal e porcamente' o SUS paga”,

Para garantir salário de R$ 100 mil, Adalberto Siufi 'embolsava' pagamento dos residentes

 
Diana Gaúna

Durante a CPI da Saúde na Câmara desta segunda-feira (12), o ex-presidente do conselho curador, Luiz Felipe Mendes declarou que os procedimentos realizados pelos residentes no Hospital do Câncer iam para o bolso do médico Adalberto Siufi. A CPI constatou que Adalberto chegava a receber R$ 100 mil de salário.
O ex-presidente do conselho curador disse que os médicos recebiam por produção e que Adalberto, por exemplo, sempre chegava cedo e tinha muitas fichas, além do trabalho dos residente que atuavam com ele, que também ‘ficava pra ele’.
O vereador Alex achou estranho e questionou se ele estava dizendo que a produção dos residentes era paga para Adalberto, quando obteve a resposta ‘sim’. “Em todo o Brasil o serviço dos residentes fica para o preceptor,”declarou Luiz Felipe.
Alex rebateu dizendo que na USP (Universidade de São Paulo), o médico faz residência dentro dos hospitais escola e que apenas aqui em MS adotou-se essa sistemática ‘estranha’.
“Se é estranha, não é ao MEC (Ministério da Educação), pois ela foi aprovada pelo Ministério do jeito que ela está”, disparou o médico.
O vereador Alex bateu em cima também da triangulação de repasse de valores, entre secretaria municipal, fundação e Neorad. O médico explicou que o ‘troço é meio misturado’ entre o HC e a Rede Feminina.
“Não é que o dinheiro é do SUS. O dinheiro em maior grau gira em torno do SUS. O médico faz o serviço e ‘mal e porcamente' o SUS paga”, explicou Luiz Felipe.
“O senhor participava dessa triangulação ou participava apenas como barriga de aluguel”, disparou Alex? O médico respondeu que o dinheiro vinha pela secretaria municipal, para a Fundação que repassava para a Neorad.
Questionado se ninguém sabia das irregularidades, o médico disse que fiscalização tinha, mas que ele não entende nada de conta. Luiz Felipe disse ainda que não tinha conhecimento sobre o sobrepreço de 70% da tabela SUS, que era pago a Neorad pelos procedimentos.

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