terça-feira, 20 de agosto de 2013

"Se for pra chover no molhado e dar tempo pra coisa prescrever, ai não pode."

Delcídio diz que CPIs precisam 'por o dedo na ferida e não ficar vaselinando' em MS

 
Diana Gaúna



O senador Delcídio Amaral (PT) declarou na manhã desta segunda-feira (19) que as CPIs da saúde em Campo Grande precisam por o dedo na ferida e não ficar vaselinando. As declarações foram feitas em entrevista à rádio Cultura AM.
O senador presidiu em 2005 a CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) dos Correios que culminou com a descoberta do caso conhecido internacionalmente como Mensalão.
Durante a entrevista, Delcídio disse que a saúde em Campo Grande é "um desastre que se arrasta pelas administrações". O senador afirmou que há solução para a saúde e que as Casas Legislativas (Câmara e Assembleia) estão cumprindo seu papel de fiscalizar o executivo.
“As CPIs são positivas, mas os parlamentares têm que ter em mente que é preciso por o dedo na ferida e não ficar vaselinando. Se for pra chover no molhado e dar tempo pra coisa prescrever, ai não pode. Sob pena inclusive de ficar mal para o político”, disparou.
Delcídio afirma que das investigações devem sair proposições para aperfeiçoamento de controle e citou como exemplo a questão da transparência, leis de previdência e outras que foram reflexo da CPI dos Correios. "É preciso ouvir a voz das ruas", pontuou.
CPIs
Atualmente duas CPIs da saúde são conduzidas em Campo Grande. Na câmara de vereadores o assunto é direcionado à investigar a Máfia do Câncer. A CPI foi proposta por adversários políticos do PMDB, mas após intensas articulações, o líder do ex-prefeito Nelsinho Trad (PMDB), vereador Flávio César (PtdoB) assumiu o controle das investigações.
Na Assembleia o deputado Amarildo Cruz (PT) preside a apuração de possíveis irregularidades dos repasses do SUS em 11 cidades sul-mato-grossenses.
As CPIs foram abertas após a deflagração da Operação Sangue Frio, pela Polícia Federal em março deste ano. A operação conta com apoio do Ministério Público Federal e Estadual, Controladoria Geral da União.
Fora
Divulgação

Desde o início das investigações saíram da administração a Secretária Estadual de Saúde, Beatriz Dobashi, o diretor do Hospital Regional, Ronaldo Perches, toda a diretoria do Hospital do Câncer, capitaneados pelo médico Adalberto Siufi e diretores do Hospital Universitário da UFMS, entre eles o diretor geral José Carlos Dorsa.

http://www.midiamax.com.br/noticias/866852-delcidio+diz+cpis+precisam+dedo+ferida+nao+ficar+vaselinando+ms.html#.UhOOQJS5fMw

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