terça-feira, 22 de outubro de 2013

MÁFIA SAÙDE - MS

Mandetta admite que conhecia

empresa que vendeu sistema

milionário antes da licitação

 
Fernanda Kintschner e Wendy Tonhati
 
O ex-secretário municipal de Saúde e atual deputado federal, Luiz Henrique Mandetta (DEM), negou em depoimento à CPI da Saúde que tenha escolhido o sistema Gisa por interesses políticos, mas que foram todos critérios técnicos. Porém denúncias enviadas aos deputados comprovam que Mandetta viajou para Portugal conhecer uma das empresas dona do sistema Gisa antes da licitação.
O Gisa é o novo sistema de informatização da rede pública de Saúde municipal, que foram gastos mais de R$ 9 milhões e não foi totalmente implantado. Durante a oitiva, os deputados receberam ofícios que comprovam a viagem para Portugal visitar a empresa Alert, que compôs com a Telemídia o consórcio responsável pelo Gisa.
“Eu viajei em janeiro com eles, porque conheci a Alert em uma feira de empresas e queria ter certeza como era a empresa, então viajei para Portugal para conhecer”, afirmou.
Rui Thomas, presidente da Alert também seria ouvido na oitiva desta segunda-feira (21), mas faltou. Os deputados afirmaram que desconfiam que ele tenha faltado por supostamente ter descoberto as novas denúncias. A CPI deu um intervalo de 10 minutos na oitiva e voltará em breve.

http://www.midiamax.com.br/Política/noticias/877708-mandetta+admite+conhecia+empresa+vendeu+sistema+milionario+antes+licitacao.html


‘O que foi gasto com o Gisa dava para construir um hospital’, critica presidente da CPI

 
Fernanda Kintschner e Wendy Tonhati

Diana Gaúna

A CPI da Saúde na Assembleia ouve nesta tarde (21) o ex-secretário municipal e deputado federal, Luiz Henrique Mandetta (DEM) e o diretor-presidente do Consórcio Telemídia e Technology International, Naim Alfredo Beydoun, sobre a não implantação do projeto Gisa, que informatiza a Rede Pública de Saúde. Já foram gastos mais de R$ 9 milhões e sistema ainda não foi implantado.
“Desde 2008 estão tentando implantar e o que foi gasto era o suficiente para construir um hospital”, criticou o presidente da CPI, deputado estadual Amarildo Cruz (PT). A oitiva acabou de iniciar, com mais de meia hora de atraso e os depoentes que quiseram falar com a imprensa.
“A comissão vai emitir uma opinião cobrando providência da Justiça, porque até agora tudo leva a crer que há irregularidades desde a fase de licitação. O Ministério Público deve continuar a investigação, a pedido da CPI e depois pode até pedir a devolução do dinheiro aos cofres públicos”, explicou Amarildo.
De acordo com o deputado, os trabalhos da CPI estão dentro do prazo, mas ainda há possibilidade de prorrogação, devido a quantidade de documentos a serem analisados. “Principalmente contra o Gisa surgiram denúncias gravíssimas. Na capital ainda ficaram coisas a esclarecer, mas o trabalho da CPI está praticamente fechado”, ressaltou.
Amarildo ainda disse que o Ministério da Saúde disponibiliza outros softwares gratuitos que tem a mesma concepção do Gisa e que pode substituí-lo. Será a segunda oitiva com o empresário Naim.
 

Nenhum comentário:

Postar um comentário