terça-feira, 8 de outubro de 2013

TRABALHADOR UNIDO, TRABALHADOR FORTALECIDO

Greve dos bancários completa 19 dias, e sindicatos rejeitam proposta da Fenaban

  • Comando Nacional dos Bancários já enviou carta à entidade pedindo reformulação da proposta feita na sexta-feira, de aumento real de 0,97%
Roberta Scrivano (Email)
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Segurança do banco do Bradesco, na Praça Pio X Foto: Marcelo Carnaval / Agência O Globo
Segurança do banco do Bradesco, na Praça Pio X Marcelo Carnaval / Agência O Globo
SÃO PAULO — Sindicatos dos bancários decidiram, nesta segunda-feira, manter a paralisação do setor, que já dura 19 dias. Em assembleias, a categoria rejeitou a proposta feita pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), na última sexta-feira, de 0,97% de aumento real (equivalente a reajuste de 7,1%). O Comando Nacional dos Bancários já enviou à Fenaban um documento reafirmando “a necessidade de os bancos apresentarem uma nova proposta que de fato atenda às reivindicações econômicas e sociais” dos empregados.
Os sindicatos dos trabalhadores reivindicam 11,93% de reajuste (equivalente a aumento real de 5%). Além disso, pela proposta dos bancos, o piso salarial para os caixas das agências chegaria a R$ 2.209,01 para jornadas de seis horas. Os empregados pediam que com o reajuste o piso chegasse a R$ 2.860,21, que é o salário mínimo do Dieese.
O pleito de aumento na Participação de Lucros de Resultados (PLR) para o equivalente a três salários mais R$ 5,5 mil não foi contemplado. De acordo com a Fenaban, “será mantida a mesma fórmula de participação nos lucros, com correção dos valores fixos e de tetos em 10%”.
— O lucro dos bancos nos últimos sete anos cresceu 120%, isso representa alta de 55% acima da inflação. Propor aumento real abaixo de 1% não é aceitável. Além disso, a proposta não dialoga com questões fundamentais, como melhores condições de trabalho. Outras categorias com lucro menor tiveram aumento real maior nesse semestre — criticou Juvandia Moreira, presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, que já votou a manutenção da greve no fim da tarde desta segunda-feira.
 

 

TST vota dissídio e encerra greve nos Correios

Geralda Doca (Email)

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BRASÍLIA - O Tribunal Superior do Trabalho (TST) definiu, nesta terça-feira, reajuste de 8% para os funcionários dos Correios, com ganho real de 1,7% (acima da inflação) e determinou o fim da greve, iniciada em 12 de setembro, em vários estados. Os trabalhadores que aderiram à paralisação deverão retomar as atividades normais a partir da quinta-feira.
Ficou decidido que a empresa pagará vale refeição/alimentação extra de R$ 650,05 em dezembro e que os benefícios do plano de saúde serão mantidos. No julgamento do dissídio coletivo, o TST manteve a mesma proposta da empresa, já aceita pela categoria em alguns estados, como Rio e região metropolitana de São Paulo.
Os dias parados serão compensados, a fim normalizar a entrega de cartas e encomendas. A compensação deverá ser feita de segunda a sexta, em até duas horas por dia, no prazo de 180 dias.
Segundo a assessoria de imprensa dos Correios, 90% do quadro de funcionários já estavam trabalhando normalmente. O percentual de entrega nos dias parados ficou entre 90% e 94%. O prejuízo maior ocorreu nos serviços de hora marcada para coleta de encomendas.

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