quinta-feira, 31 de março de 2016

I agora TUCANADA!!

Máfia da merenda

Principal elo entre merendão tucano e políticos se entrega à polícia

O lobista Marcel Júlio se apresentou na tarde de quinta, 31, em Bebedouro, interior de São Paulo
por Henrique Beirangê publicado 31/03/2016 16h52
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O lobista Marcel Júlio, tido como o principal elo entre os políticos do PSDB de São Paulo e a máfia da merenda, se entregou à Polícia Civil na tarde desta quinta-feira, 31, em Bebedouro, interior de São Paulo.
Conforme CartaCapital havia antecipado na quarta-feira 30, ele se apresentou junto a advogados de defesa e alega inocência. Marcel decidiu se entregar após o pai, o ex-presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo, Leonel Júlio, ter sido preso na terça-feira 29 durante a segunda fase da operação Alba Branca.
O ex-parlamentar seria o encarregado na quadrilha dos contatos políticos junto a administrações municipais. A investigação apura fraudes na compra de suco de laranja no governo do Estado e em outras 22 prefeituras.
O desvio seria de ao menos 25 milhões de reais, somente no ano passado. Para Marcel se entregar foi exigido pela defesa que o pedido de prisão fosse revogado. Em troca, Marcel contaria o que sabe. No entanto, como ele se recusa a apresentar o nome de políticos envolvidos, o MP recusou o acordo.
A ideia da quadrilha era levar a fraude a outros estados. A sequência de diálogos grampeados durante a Operação Alba Branca mostra que os dirigentes da Coaf, sediada em Bebedouro, interior paulista, citam nome de políticos que estariam por trás da “exportação” do merendão. Entre eles, o aliado do vice-presidente Michel Temer, o deputado federal Baleira Rossi.
Em uma das interceptações, os investigados afirmam que um membro da executiva do PMDB paulista era próximo a “Michel” e que ajudaria a “abrir muitas portas”.
Até o momento foram citados em depoimentos e interceptações telefônicas os nomes do ex-secretário da Casa Civil, Edson Aparecido; da Agricultura, Arnaldo Jardim; de Logística e Transportes, Duarte Nogueira e do ex-secretário de Educação Herman Voorwald.
A operação apura o envolvimento direto do tucano e presidente da Assembleia paulista Fernando Capez, de Baleia Rossi (PMDB) e Nelson Marquezelli (PTB), deputados federais, e Luiz Carlos Gondim (SD), deputado estadual. Todos negam as acusações.  

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