segunda-feira, 29 de julho de 2013

Em tempos de... DESATIVIDADE FÍSICA


Em tempos de... DESATIVIDADE FÍSICA

- As doenças cardiovasculares são as que mais causam mortes

- Cerca de 50% dos brasileiros estão obesos

- Especialistas anunciam que as crianças de hoje, serão as primeiras que terão a expectativa de vida menor que a dos seus pais

- A aula de educação física da escola, agora, é em sala de aula e não na quadra esportiva (diferente da época da minha mãe, em que a aula era no “contra turno” das outras “matérias”, e como ela trabalhava de ajudante na farmácia, “conseguia dispensa” da aula de atividade física

- Crianças não brincam mais pelas ruas, correndo, pulando, com suas pipas, bicicletas, carrinhos de rolemã, e o único vestígio de atividade física nelas e nos jovens, é o calo no polegar de tanto jogar vídeo-game

- Fast Foods, sucos de saquinho, gorduras hidrogenadas, brinquedinhos no kinder-ovo

- O tempo. Bratalhadores brasileiros (a tal da nova classe média) trabalham em média 12 horas diárias – que tempo o cidadão terá para atividade física, é a pergunta que sempre fica?

- Especialista em atividade física do programa “Fantástico”, aquele que levava o Ronaldão de avião para São Paulo, para ele se exercitar em uma esteira que ficava dentro de uma piscina, lança um livro em que a ideia principal é: faça exercícios físicos na sua rotina do dia a dia de trabalho: pulando do ônibus duas estações antes, para caminhar; quando sentar-se na cadeira já faça “agachamento” para fortalecer as pernas; pegue um instrumento pesado do seu trabalho e o transforme em alteres

- Estresse. No mínimo, nas grandes e médias cidades, o Bratalhador brasileiro no trânsito, gasta umas duas horas diárias

- O corpo. O físico, o belo, o jovem, o “durinho”, agora é sinal de classe social. As classes sociais mais privilegiadas estão se diferenciando pela aparência corporal

- “Ô Furo Coorporativo”, como definiu o professor da UNB Mário César, referindo-se as “políticas” das grandes corporações destinadas a “saúde do trabalhador”, como alongamentos físicos entre turnos laborais, tai-chi-chuan, etc, e que quase nada realmente contribuem para a saúde dos Bratalhadores

- Para se dar bem na vida, antes, as crianças como meu pai, sonhavam em serem jogadores de futebol,  agora, sonham em “dar porrada” o mais forte e violentamente possível. MMA

- Copa do Mundo e Olimpíadas, e outra pergunta que não quer cessar: que legados a longo prazo esses eventos deixarão?

- Cada vez mais o indivíduo é culpabilizado por não ter o corpo, e até mesmo a “saúde” que é mostrada na TV

- Marcelo Teixeira, “briga televisiva” para ver quem passa o jogo na TV, Olimpíadas, patrocinadores, Neymar indo para o Barcelona, pois era o seu “sonho de criança”, produtos esportivos, mercado, contratos, resultados adulterados, dopping, vendas, Lance Armstrong

Entre essas, e muitas outras questões, sou totalmente favorável a uma postura séria principalmente do Governo Federal, na adoção de uma política pública digna voltada a área do Esporte no Brasil, conforme está sendo proposto pelo “Movimento: ATLETAS”.
 

Abaixo, a notícia do Manifesto que eles elaboram.


Leia o manifesto dos atletas por legado social e esportivo de megaeventos

 
Documento é da Associação Atletas pela Cidadania, que inclui Ana Moser, Giovane, Raí, Cafú, Dunga, Edmilson, Fernando Meligeni, Fernando Scherer (Xuxa), Gustavo Borges, Hortência, Joaquim Cruz, Kaká, Lars Grael, Magic Paula, Oscar Schmidt, Robson Caetano, Rogério Ceni, Rubens Barrichello e Zetti.
 
 
Há mais de dois anos, a associação Atletas pela Cidadania vem tentando chamar a atenção do governo para a importância de uma agenda de um legado dos grandes eventos esportivos.
Copa e Olimpíadas têm um valor inegável para o país que as recebe, mas somente se tornam uma oportunidade efetiva quando a prioridade do interesse público é a regra e quando existam propostas concretas de Legado Esportivo e Social.
O interesse público e a transparência têm que prevalecer em todas as ações: nas obras, construções, intervenções sociais ou investimentos públicos e privados. Mais do que isso: todos os recursos gerados pelos eventos devem ser destinados ao desenvolvimento social e econômico do país, chegando de forma positiva na vida das pessoas.
Nós, Atletas pela Cidadania, somos contra a destinação de recursos públicos para benesse de alguns, as remoções que violam os direitos humanos, a corrupção e a falta de transparência nas decisões e nas contas. Tudo isso é contra o espírito e os valores do Esporte.
Acreditamos nos valores positivos do Esporte e sabemos do seu impacto no desenvolvimento do país. O Esporte é direito de todos os brasileiros. Melhora a saúde e a qualidade de vida, diminui a evasão escolar, aumenta o desempenho dos alunos.
Repetimos: há mais de dois anos apresentamos uma agenda positiva ao país, com dois pontos centrais para o Legado Esportivo e Social da Copa e das Olimpíadas: o Esporte acessível a todos os brasileiros e a urgente revisão do Sistema Esportivo Nacional. As diretrizes são claras. Limitar o mandato de dirigentes esportivos, definir os papéis e integrar os entes federativos, abrir à participação democrática de atletas, qualificar educadores e profissionais esportivos permanentemente, ampliar a infraestrutura esportiva pública.
São medidas para garantir o acesso ao Esporte para todas as pessoas, de norte a sul. Além de desenvolver a cultura esportiva no país e levar os benefícios do Esporte a todos. E como consequência natural, também melhorar o esporte de alto rendimento e suas conquistas.
Felizmente, o país hoje clama por mudanças. A agenda pública deve se balizar pelo que seu povo decide e não só pelo que seus governantes acreditam que sejam as prioridades. O dia a dia do poder tem afastado a máquina pública do interesse público. Vivemos uma crise da democracia representativa, cuja solução está em ouvir diretamente os detentores reais do poder – o povo.
Queremos ser ouvidos e por isso solicitamos:
1. A criação de um comitê interministerial para a reestruturação da legislação do sistema esportivo nacional e a criação de um Plano Nacional de Esporte. Com metas, estratégias, métricas de avaliação e resultados claros. Um comitê com participação da sociedade, com voz e voto, liderado pela Presidência da República.
2. Aprovação de legislação que dispõe sobre as condições necessárias para as entidades do Sistema Nacional de Esporte receberem recursos públicos (emenda nº à MP 612 e emenda nº à MP 615).
3. Total transparência dos investimentos e das apurações referentes às denúncias de violações de direitos humanos nos grandes eventos esportivos, como exploração sexual infantil, remoções sociais forçadas, subemprego.

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