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Propostas de novas eleições são "utópicas" e fragilizam impeachment, diz Aécio
Leandro Prazeres
Do UOL, em Brasília
Do UOL, em Brasília
- Pedro Ladeira/FolhapressAécio Neves acha que impeachment é solução "menos traumática"
Segundo ele, a ideia seria uma alternativa "criativa e utópica" que fragiliza o processo de impeachment contra a presidente Dilma. "Nesse instante, quaisquer dessas medidas criativas e utópicas que não têm qualquer relação com a realidade servem para fragilizar a tese do impeachment", afirmou.
A convocação de novas eleições como solução para a crise política tem sido defendida por setores do PT e articulada, segundo reportagem publicada pelo jornal "Folha de S. Paulo", por partidos como o PSB, PPS e Rede. Na última segunda-feira, o senador Valdir Raupp (PMDB-RO) afirmou que a ideia seria antecipar as eleições gerais previstas para 2018 para 2016, juntamente com as eleições municipais de outubro.
Aécio rechaçou a possibilidade de convocação de novas eleições e disse que o impeachment, apesar de não ser o desfecho ideal para a crise política, é a solução menos traumática. "Não tem nenhuma saída sem traumas, mas a mais traumática de todas é a permanência da presidente. E sua saída deve se dar pela via constitucional", afirmou senador tucano.
Aécio negou que o impeachment de Dilma beneficiaria o PSDB e lembrou que, em caso de afastamento da presidente, quem assumiria o governo seria o vice-presidente Michel Temer (PMDB).
O posicionamento de Aécio em relação à convocação de novas eleições foi semelhante ao da presidente Dilma Rousseff (PT) que, nesta terça-feira, usou de ironia ao responder sobre uma eventual convocação de novas eleições gerais. Ao ser questionada sobre a possibilidade, Dilma rebateu. "Convence a Câmara o Senado a abrir mão de seus mandatos, aí vem conversar comigo", disse a presidente.
As manifestações de Aécio e Dilma contrastam com a de Marina Silva, porta-voz da Rede e adversária dos dois nas eleições presidenciais de 2014. Nesta terça-feira, a ex-senadora e ministra participou de um evento para o lançamento de uma campanha pedindo a realização de novas eleições.
Batizada como "Nem Dilma. Nem Temer. Nova eleição é a solução", a campanha é divulgada menos de um mês depois de Marina aparecer em primeiro lugar nas intenções de voto de uma pesquisa realizada pelo Datafolha.
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