sábado, 2 de abril de 2016

PSDB - PARTIDÃO DA ULTRADIARRRRÉIAA



Lobista da máfia da merenda cita Capez como articulador do esquema

Marcel Júlio acusou o deputado estadual do PSDB, presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo, de integrar o esquema
por Henrique Beirangê publicado 02/04/2016 11h24, última modificação 02/04/2016 15h18
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Marco Antonio Cardelino / Alesp
Fernando Capez
Fernando Capez ao lado do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, em agosto passado: os dois estão enrolados com Justiça
O lobista Marcel Júlio, tido como o principal elo entre a máfia da merenda que desviava recursos da alimentação escolar em São Paulo e o grupo político acusado de envolvimento no esquema, afirmou ao procurador-geral de São Paulo, Márcio Elias Rosa, que o presidente da Assembleia Legislativa, Fernando Capez (PSDB), era quem pressionava integrantes do governo Geraldo Alckmin (PSDB) na liberação dos contratos públicos.
Na sexta-feira 1º, Marcel Júlio prestou depoimento de cerca de quatro horas em Bebedouro, interior do estado, onde as investigações da Operação Alba Branca tiveram início, e depois foi transferido para a capital, uma vez que citou políticos com prerrogativa de foro – que só podem ser processados pelo procurador-geral estadual.
Na sede do Ministério Público, Júlio iniciou as tratativas do acordo de delação premiada, que deve ser oficializado durante esta semana.
Entre as exigências está o pedido para que os benefícios da delação sejam estendidos a seu pai, o ex-presidente da Alesp Leonel Júlio, preso na terça-feira 28 na segunda fase da Alba Branca.
Em nota (abaixo a íntegra), Fernando Capez repudiou a citação a seu nome e afirmou estar à disposição das autoridades.
O escândalo da merenda começou a ser investigado no ano passado e aponta para desvios, só em 2015, de ao menos 25 milhões de reais. A Operação Alba Branca é realizada pela Polícia Civil e pelo Ministério Público. A força-tarefa apura a existência de um esquema de superfaturamento na venda de alimentos para a merenda escolar infantil.
Dirigentes da Cooperativa Orgânica Agrícola Familiar (Coaf), uma união de pequenos produtores de Bebedouro, citaram Capez e outros políticos como beneficiários de propina.
Até o momento foram citados em depoimentos e interceptações telefônicas os nomes do ex-secretário da Casa Civil, Edson Aparecido (PSDB); da Agricultura, Arnaldo Jardim; de Logística e Transportes, Duarte Nogueira e do ex-secretário de Educação Herman Voorwald.
A operação apura o envolvimento direto também dos deputados federais Baleia Rossi (PMDB) e Nelson Marquezelli (PTB) e do deputado estadual Luiz Carlos Gondim (SD).
Baleia Rossi foi citado como um dos mentores da ideia de “exportar” o merendão, levando a fraude a outros estados. Todos os políticos citados negam as acusações. 

Outro lado: a resposta de Fernando Capez
O Presidente da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, o Deputado Fernando Capez, repudia com veemência a injusta citação de seu nome na Operação Alba Branca. Sempre esteve à disposição das autoridades para colaborar com as investigações.
Não tem nada a temer. Deseja que essa história seja esclarecida rapidamente e até o fim.

Antecipando-se as investigações, colocou à disposição e entregou à Procuradoria-Geral de Justiça as suas últimas declarações de Imposto de Renda e seus extratos bancários. Da mesma forma, instaurou procedimento interno na Assembleia Legislativa para apuração sobre a eventual participação de funcionários da Casa. As investigações relativas aos contratos com a Secretaria de Educação do Estado foram conduzidas pela Corregedoria Geral de Administração.

Desde o início, insiste em ser ouvido em caráter de urgência. A menção irresponsável a seu nome deveria servir de base para uma apuração criteriosa antes de se dar ao fato essa ampla publicidade.

Para apoiar a criação da CPI que visa investigar o superfaturamento de contratos de compra de merenda escolar no Estado, foi o primeiro a assinar o pedido.

Os 30 anos de imagem pública nos campos jurídico, acadêmico e político, bem como a presente gestão na presidência da Alesp, não serão abalados, e tudo será esclarecido em breve.
O envolvimento de seu nome é uma injustiça. Logo a verdade aparecerá.

Fernando Capez
Presidente da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo
 

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