sábado, 23 de março de 2013

A mudança repentina da VACA GORDA, para a VACA MAGRA em saúde - paralelos

Gostaria de “parear” aqui duas notícias e propor um exercício de imaginação, para melhor talvez “clarear” o que está acontecendo no âmbito da saúde, no qual todos nós fazemos parte. Pensemos em duas imagens: A VACA MAGRA (quando lermos a primeira notícia), e A VACA GORDA (quando lermos a segunda).

A VACA MAGRA é recente, é de três dias atrás. A VACA GORDA é mais antiga, de 2011. A MAGRA, é referente o atual quadro de saúde do município, segundo a gestão que assumiu recentemente. A GORDA, é sobre o quadro de saúde anterior, da gestão passada.

Na primeira notícia, o secretário fala de um sucateamento da área de saúde, com prédios gotejando, ambulâncias paradas quebradas, etc, necessitando urgentemente de recursos, reparos. E aliás, situação essa, que pode prejudicar em muito, o trabalho do trabalhador de saúde, e logicamente, até mesmo, sua própria condição de saúde (pensemos na insalubridade em se trabalhar numa unidade de saúde, que pinga água quando chove, sem falar em possíveis danos aos pacientes). Essa é a VACA MAGRA.

Na segunda notícia, o secretário anterior, fala que tudo está na mais absoluta “harmonia” em termos estruturais, com ótimas unidades de saúde, serviços, ambulâncias etc. Essa é a VACA GORDA. E ainda acrescenta, que o problema da saúde do município, está mais relacionado mesmo, com a questão da “PREGUIÇA” dos próprios servidores de saúde.

Então, num curtíssimo período de tempo de pouco mais de 03 meses, entre a gestão passada, e a que assumiu em janeiro/2013, a saúde do município se transformou da VACA GORDA em uma VACA MAGRA.

Bom, eu não sei o que faz uma vaca de GORDA, se tornar MAGRA, repentinamente. Eu nunca tive uma VACA. Sei dos carrapatos, etc... Mas quem sou eu para palpitar sobre isso. Eu que apenas só tive peixes, cachorros, gatos, galinhas... E nunca nem uma sequer vaca. Mas fico “perdido” por entre esses dois mundos, ou melhor, essas duas VACAS, a GORDA, e a MAGRA.

Mas um comentário que gostaria de fazer, é que eu lembro-me bem de ter lido essa segunda notícia com muito pesar, e lembro-me de que meus colegas trabalhadores de saúde também terem ficado muito chateados, mediante esse comentário do secretário, nos taxando como PREGUIÇOSOS, culpabilizando-nos pelo precário cenário de saúde.

É porque o que eu sei, o que eu vejo (não tem nada a ver com VACAS). O que eu sei, é que muitas pessoas, Brabalhadores de saúde, daqui, ralando todos os dias, como os Agentes de Saúde, faça chuva, ou faça sol. Eu vejo, colegas técnico de enfermagem muitas vezes passarem a semana toda, os sete dias, dentro de uma unidade de saúde, sem ao menos sequer irem um dia para suas casas e famílias, no intuito de que o salário que recebem todo mês, fique um pouco aprazível. Eu vejo gerentes de unidade de saúde, enfermeiros, utilizarem constantemente seus próprios veículos no trabalho, levando, por exemplo, sangue coletado de usuários do SUS, para o laboratório. Já vi médica perder horário de almoço atendendo pessoas que chegaram passando mal ao meio dia na unidade de saúde também.

É isso o que geralmente eu vejo. Não somos PREGUIÇOSOS...  

 

20/03/2013 09:57

Prioridade na saúde de Campo Grande será recuperar estruturas dos prédios das unidades

Vinícius Squinelo

Prédios com rachaduras e goteiras, péssimas condições para os servidores públicos trabalharem, veículos parados sem manutenção e falta de equipamentos. Esse é o resultado de levantamento técnico realizado pela equipe da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde de Campo Grande), que estabeleceu as prioridades de trabalho para a pasta nesta nova administração.

A Secretaria está atuando em duas frentes neste início de ano, a reestruturação física da saúde regional e a contratação de mais profissionais para atuarem junto à população. Os trabalhos no segundo item já estão mais adiantados.

“Encontramos prédios sem reformas, onde chove mais dentro do que fora, uma estrutura deficitária e inoperante. Nossa prioridade é trabalhar nesta melhora da logística, na estrutura, não podemos permitir que a população fique desassistida”, afirmou Ivandro Fonseca, secretário Municipal de Saúde, na sexta-feira passada (15), quando foram “descobertas” 14 ambulâncias e mais de 70 veículos da pasta parados em oficinas.

A equipe preparou um parecer técnico antes mesmo do prefeito Alcides Bernal (PP) assumir a administração municipal. No documento foram elencadas as prioridades de trabalho na saúde neste primeiro ano.

No quesito de investimento em pessoal, a Prefeitura Municipal já contratou 208 médicos, 32 técnicos administrativos, 22 enfermeiros e 100 agentes de endemia. O objetivo é cobrir o desfalque dos profissionais da área da saúde em Campo Grande.

O secretário garantiu que vai percorrer pessoalmente as unidades de Saúde para conferir o atendimento. Há denúncias que médicos estariam abandonando os plantões, que estão sendo investigadas pela pasta.

Segundo Fonseca, a Sesau está tentando cobrir dois grandes gargalos, o desfalque de pessoal na saúde da cidade e o descaso com a infraestrutura, em especial com os prédios e veículos.

“Temos que parar de ver a saúde como um gasto, e passar a tratar como um investimento. É isso que estamos fazendo”, garantiu Fonseca.


24/06/2011 12:09

Secretário reclama de "preguiça" de servidores nos postos de saúde

Ítalo Milhomem

Após a ameaça de demissão, o secretário de Saúde de Campo Grande, Leandro Mazina afirmou que todos os pacientes que forem aos postos de saúde da Capital têm que ser atendidos.

A medida foi exigida após a reunião com a presença do prefeito Nelsinho Trad (PMDB), na manhã desta sexta-feira, no Paço Municipal. O prefeito deixou a reunião, antes do término, para que a “roupa suja” da secretaria fosse lavada. A Sesau é uma das secretaria com pior avaliação do município pela população, já disse Nelsinho.

Irritado, Mazina avisou que não quer mais cartazes ou orientações da gerência das unidades de saúde dispensando pacientes.

“Isso não pode se repetir mais, nenhum cartaz dizendo que não tem ficha para dispensar paciente. Isso não pode ser feito por ninguém, isso é até omissão de socorro pra quem fazer”.

O secretário orientou aos servidores, que conversem com os pacientes durante a realização dos cadastros, porque essa seria uma das maneiras de acalmá-los, e que se for identificado alguma causa mais grave, deve chamar o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência).

“Nós temos todos esses recursos, se a gente não faz é porque a gente não quer. Temos conhecimento de trabalho, alternativas. O que não pode é ficar com má vontade, não querer fazer, ficar com preguiça. Como o próprio prefeito falou: quem não está conosco, está contra a gente”, criticou Mazina, afirmando que não aceitará "boicotes" dos próprios funcionários.

Para driblar a falta de recursos, com que a secretaria estaria sofrendo desde o primeiro semestre, ao contrário do ano passado, quando tinha “vacas gordas”, Mazina pediu para que os servidores usem a criatividade e a boa vontade para melhorar a gestão na saúde.

Entre os pontos da autocrítica, o secretário de saúde reconheceu a falta de medicamentos nos postos de saúde, que foi gerada por problemas em licitações, onde tinham empresas com pendências judiciais ou outras que ganhavam a concorrência, mas não entregavam os remédios nos prazos.

Política- Mazina comentou ainda, que não vai admitir campanha de candidatos a prefeitura ou aos cargos de vereadores de forma antecipada dentro da Sesau (Secretaria de Saúde). Ele afirma que já tem conhecimento de gerentes e chefes alinhados com candidatos a vereança “A” e “B”, e que isso poderia prejudicar nos serviços da saúde, com vantagens para alguns pacientes, enquanto outros não seriam atendidos.

“Não podemos politizar a secretaria, nem estamos no período eleitoral ainda”, comentou Mazina.

O secretário finalizou, dizendo que eles não estão no final de governo e que precisam melhorar muitos índices para não entregar a gestão da saúde para outra administração e serem criticados com indicadores ruins.

Segundo ele, todos serão culpados, não somente o secretário, já que todos procedimentos do SUS (Sistema Único de Saúde), são registrados na secretaria e o Ministério da Saúde.

“Cada unidade tem um administrador, que é responsável por ela. Vão perguntar, quem é o gerente da unidade tal? A unidade está péssima, então ele é um péssimo gestor”, exemplificou o secretário de saúde.

Via: http://www.campograndenews.com.br/cidades/capital/secretario-reclama-de-preguica-de-servidores-nos-postos-de-saude

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