Lobato,
em entrevista para o Fantástico, fala em pormenores (informações
obtidas em apenas alguns casos que já foram “esmiuçados” por
sua auditoria, pois me parece que ainda vão examinar outros
milhares), de como funcionava o “esquemão” de “saúde” que
matou pessoas naquele hospital. No lugar mais “frio” possível,
da maneira mais “fria” possível.
Além
disso,
“Segundo
o auditor, a médica Virgínia agia com o conhecimento da diretoria
do hospital. Ele cita o trecho de uma gravação telefônica, feita
com autorização da justiça, em que um diretor conversa com a
médica, que foi acusada, por testemunhas, de desligar os aparelhos
respiradores de pacientes.”
Isso
demais lógico, como se dois, mais dois, são quatro.
Fico
imaginando:
Claro
que a instituição, como sua direção inteira, sabia do que essa
Médica Virgínia, fazia ali. E com certeza, ela era considera “a
médica”, por seus superiores, seus chefes, colegas e muitos
subordinados. Que se foda, se algum técnico de enfermagem não
gostasse dela. Ou ficasse chorando no banheiro, depois que tivesse
que fazer o que todos faziam na “maior normalidade”, a mando da
maneira de Virgínia de gerir uma UTI. Os patrões deveriam adorar
ela, pois ela deixava tudo “andando” na UTI. Não havia “pepinos”
por falta de vagas ali. Não havia o Ministério Público, a
Secretaria de Assistência Social, algum parente de político, ou
pastor, pedindo vaga para algum fulano ali. Até sobravam vagas. E os
diretores, fingiam que não sabiam (nessa hora devem estar falando
que apenas trabalham com números). Eles realmente gostavam do
trabalho dela. Eles ainda devem pensar que era apenas Virgínia que
matava, para ainda continuar dormindo com a cabeça em paz.
E
mais:
“O
auditor revelou que foi pressionado a não ampliar as investigações:
"Existe uma pressão velada porque isso, de uma forma ou de
outra, atinge todas as UTIs, não só de Curitiba. Todo mundo vai ter
que dar uma resposta sobre o que está acontecendo dentro das UTIs."”
Eu
mesmo, conheço duas gestoras bem conhecidas daqui, de
“emergência-urgência”, pronto atendimento, SAMU etc e tal, que
aposto todas as minhas fichas, tem o mesmo perfil que essa Médica
Virgínia. São tidas como aquelas pessoas “pragmáticas”, que
“vivem para o trabalho”, que até preferem trabalhar aos sábados,
em plantões, pois as vezes, elas não tenham um amigo, ou namorado
sequer, para irem tomar um chopp, ou escutar uma boa música. Não
conseguem descontrair. São gestoras que “fazem e acontecem”. E
os superiores adoram elas.
E
com essas reveladoras declarações de Lobato, o COORPORATIVISMO
médico já está entrando em ação. O presidente da Associação
Médica de UTI já declarou que está tudo dentro da normalidade os
procedimentos dessa UTI.
Esses
dias vi aquele psiquiatra Ronaldo Laranjeira, no Jornal da Cultura,
dizendo que não acredita que a médica tenha sido assassina nesses
casos. Seu argumento é de que a equipe que trabalhava com Vrigínia,
se isso acontecesse mesmo, não permitiria. Disse que é um caso ao
contrário, daquele do Dr. Morte, que matou mais de 100 na
Inglaterra. Que lá, esse médico só matou tantos, porque atuava
sozinho. E no caso dessa médica, indiciando tantas pessoas assim, a
equipe toda, não acredita ser verdade.
O
argumento desse médico é muito ignorante. Aliás, como vários
outros dele. (Ele é tido como especialista em drogas da UNIFESP).
Parece que ele não se lembra no nosso passado e atualidade, de sua
própria área que é psiquiatria. Que se morreu, e morrem, milhares
de pessoas, dentro dos hospitais, na maior complacência de todos.
Vai ver, inclusive a dele.
Com
esse escândalo sangrento, e como citamos a PSIQUIATRIA aproveito a
deixa: VAMOS PRESTAR TAMBÉM MAIS ATENÇÃO AO QUE ACONTECE EM NOSSAS
URGêNCIAS/EMERGÊNCIAS PSIQUIÁTRICAS – SEM FALAR NAS NOSSAS
COMUNIDADES TERAPÊUTICAS PARA QUE MAIS PESSOAS NÃO SOFRAM, NÃO
SEJAM ASSASSINADAS.
Fonte:
http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2013/03/auditor-suspeita-que-medica-agiu-em-uti-com-o-conhecimento-do-hospital.html
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