Me fez lembrar de um caso de uma proporção bem menor
obviamente, de uma Agente de Saúde que teve a bicicleta que usava no trabalho,
fornecida pelo Estado, furtada. Ele simplesmente teve que usar metade do seu
próximo salário para comprar outra bicicleta, ressarcindo a que foi roubada
para o Estado. E desistiu de usar bicicleta no trabalho. Preferiu tomar sol
quente diariamente na cabeça a pé mesmo.
É uma lógica assim: quem trabalha sério, de verdade, até
paga para trabalhar.
Polícia
21/03/2013 08:25
Após
intervir em assalto, policial tem de custear R$ 18 mil por tratamento de
ferimento à bala
Graziela Rezende
Lotado em
Amambaí, município distante a 342 quilômetros da Capital, o policial civil
Almir dos Santos Andrade, 30 anos, vive um dilema: ao interceptar um assalto em
Ponta Porã, ele foi atingido por um tiro na perna e agora terá de desembolsar
ao menos R$ 18 mil para não ficar com as sequelas.
O
custeio, de acordo com a sua família, é para uma cirurgia e a continuidade do
tratamento. Ao todo, os gastos foram de R$ 59 mil, porém o convênio médicos dos
servidores arcou apenas com 70% do valor e a vítima está sendo obrigada a pagar
o restante. Em entrevista, a esposa disse que ele já deu R$ 10 mil de entrada e
parcelou o restante.
Recentemente,
indignados com o problema do colega de trabalho, policiais do município fizeram
um protesto no Sinpol/MS (Sindicado dos Policiais Civis do Mato Grosso do Sul).
Eles qualificaram o fato como um dos ‘maiores descasos já enfrentados.
Para a
imprensa de Amambaí, o escrivão Cairis Rodrigues da Silva, disse que a categoria
quer uma ação mais enérgica do sindicato. “Ele não se machucou jogando bola, ou
em outro lugar. Foi trabalhando! Defendendo a população. Merecia um tratamento
de honra e não essa humilhação”, disse.
Sindicato
diz que em momento algum deixou a vítima desamparada
No início
da semana, o policial passou por novos exames para saber possibilidade de
receber alta, apesar de ter sido atingido no nervo da perna e reclamar de
muitas dores. Na Capital, ele recebeu ontem (20), a visita do presidente do
Sinpol/MS (Sindicato dos Policiais Civis), Alexandre Barbosa, sendo informado
por ele que está mobilizando uma ‘corrente solidária’ a seu favor.
“Ele
reclamava de dores e ainda não fez o exame com o neuro. No total o tratamento
ficou em quase R$ 60 mil e o plano entra apenas com um fator participativo. Por
isso ele está recebendo ainda a visita da nossa assistente social e estamos
abrindo uma conta para ele no Banco do Brasil, para que os colegas possam
ajudar na sua recuperação”, conta ao Midiamax o presidente.
Por estar
de folga quando acontecia o crime, o presidente alega que o Estado tem a
obrigação de ajudá-lo. “É um servidor que cumpriu o seu dever. Estamos também
dando a ele amparo jurídico, porque deve cobrar essa dívida do Estado.
Infelizmente não podemos tirar dinheiro do sindicato para um custeio
particular, mas estamos ajudando de outras maneiras”, argumenta o presidente,
dizendo ainda que o número da conta da vítima chegará na próxima terça-feira.
Intervenção
policial
O
policial Almir e um colega retornavam da universidade, onde cursam Direito,
quando, próximo a um ponto de ônibus, avistaram um casal sendo assaltado por
dois homens em uma moto.
Eles desceram do carro e anunciaram ser policiais. Foram então
recebidos a tiros e revidaram a ação dos bandidos, porém Almir foi atingido na
perna. Os meliantes fugiram a pé e o colega de Almir prendeu Juan Carlos
Ouviedo, de 23 anos. O caso continua sendo investigado pela delegacia de Ponta
Porã, já que o outro assaltante ainda não foi preso.
Fonte:
http://www.midiamax.com.br/noticias/842690-apos+intervir+assalto+policial+tem+custear+r+18+mil+tratamento+ferimento+bala.html
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