Hoje meu dia foi
muito corrido. Na hora do meu almoço, peguei minha marmita, e fui comer na Câmara
Municipal dos Vereadores.
É que hoje, segundo
as notícias que eu havia lido, teria ali, uma “pressão” da sociedade, em prol
da criação da “CPI da Saúde”. É que na sessão passada, apenas um ou dois
vereadores, concordaram em criar essa CPI, a grande esmagadora maioria, foi
contra.
Esse “não-fomento” a
criação da CPI, foi muito bem noticiado. Quem estaria principalmente barrando
essa atitude por parte dos vereadores, é o presidente da câmara, um médico, primo
do principal médico investigado na “Máfia do Câncer”. Além disso, essa é uma
família muito influente na cidade, no estado, muito rica, “Classe A”, onde até
o prefeito anterior, que governou por 8 anos, também é primo desses indivíduos,
médicos, e políticos. E na família existem muito mais pessoas “importantes”, em
altos cargos no governo, tanto na área da política, como da saúde, e até mesmo justiça.
É a nossa velha e bem conhecida: OLIGARQUIA. Que impera ainda em lugares onde o
povo no mínimo, padece. É quase a mesma coisa do que aquele expressão que aprendemos
nas aulas de histórias do colégio, quando fala-se do período do COROLENISMO, com
seu CURRAL ELEITORAL.
Enfim, fiquei sabendo
que iria ter essa “pressão”, e como um cidadão qualquer, comum (sem nenhum
intuito partidário, mas totalmente político), preocupado com uma área que é
fundamental na vida de cada um, de todos, como é a saúde, fui à câmara.
Além disso, sou um trabalhador
da saúde, e percebo, que o “negócio é mais embaixo”.
Chegando lá, por
volta das 11:30, os vereadores estavam voltando para o plenário. Parece que até
então, que eles haviam se reunido em um local “fechado” da Câmara, discutindo
exatamente a questão da criação da CPI. (Depois li nas notícias, que eles
haviam entrado para discutir com os próprios novos dirigentes do Hospital que
mais está sendo investigado, e que o próprio novo diretor desse hospital, é
favorável a CPI. A notícia está abaixo.)
E no salão, havia
algumas muitas pessoas. Muitos deles, também como eu, querendo saber a sobre a
criação da CPI. Não estava lotado, como eu esperava que estivesse. Mas estava
cheio. Lotado mesmo, essa câmara que eu vi, e presenciei, foi quando assisti a palestra
do Leonardo Boff, e do Ruben Alves, inesquecíveis.
Primeiro, eu não sei
nem direito qual é a “serventia” de uma CPI (também, como saberia, pois como na
notícia abaixo retratou, isso é inexistente em nosso vocabulário regional). Nem
sei como funciona. Como se “faz” uma. Sei que chama-se Comissão Parlamentar de
Inquérito. Mas uma coisa eu tenho certeza, que sua “instauração” é
importantíssima, pois em todos os escândalos na política em âmbito nacional,
foi aberto/criada uma. E foi por meio de uma CPI, que políticos do cacife do Zé
Dirceu, foram parar na cadeia.
E como não sou tão
bobo assim, sei que existem muitos contratos, repasses, verbas e convênios, que
a prefeitura municipal faz com entidades e hospitais. Dinheiro municipal para a
Santa Casa, para o Hospital Regional – HR, até mesmo para o Hospital
universitário, e claro, para o também mais investigado: Hospital do Câncer. E
todos esses hospitais, repito, estão sendo alvos de intensas investigações, das
mais variadas falcatruas. Então, é a prefeitura totalmente relacionada a essas
entidades, instituições. E o prefeito, secretários, e os vereadores, é que
estão por trás da máquina pública (não se esquecendo das gestões passadas). É o
nosso dinheiro, é o dinheiro do povo. Por isso, seria de suprema importância,
que algo fosse feito, fosse investigado, no mínimo.
Mas por que eles, os
vereadores, tem tanto medo de uma investigação? Se são eles, os principais
atores, digamos assim, das verbas públicas, das leis?
Voltando ao plenário,
“logo de cara”, encontrei um conhecido da época da faculdade. Ele, agora,
formado em Ciências Sociais, estava lá, também tentando entender o que estava
acontecendo. E esse conhecido estava realizando um protestando, distribuindo um
manifesto, onde dizia que várias entidades de Campo Grande, como o Conselho
Municipal de Direitos Humanos, solicitava aos nobres vereadores, a abertura de
uma CPI.
Avistei um grupo de
alunos da UEMS, pedindo também melhorias, com faixas.
Como disse, depois da
reunião em uma sala fechada, os vereadores voltaram, e um cidadão gritou:
“chega de enrolação, vamos trabalhar”.
Um vereador tomou a palavra,
e ele tinha dez minutos para falar. Começou falando sobre uma menção de
homenagem a alguns capoeiristas, que haviam participado de um campeonato não
sei onde. Depois falou sobre a importância da capoeira.
Esse foi o momento
que peguei minha marmita.
Depois, outro
vereador, começou a falar sobre a criação, de uma comissão, para discutir a
questão da saúde. Era algo como: não é CPI, é a própria comissão de saúde da
câmara. Pelo que entendi, o principal argumento para a não criação da CPI, era
que o Hospital do Câncer, com todas essas denúncias, havia perdido quase 40% de
sua receita, feita por doações de pessoas comuns. E que uma CPI, e todo o seu
“burburinho”, “resultado”, poderia fazer com que o hospital até fechasse,
deixando milhares de pessoas, sem tratamento no estado. Como são “nobres” as
intenções desses vereadores, não?
Mas como assim? Então
não irão abrir uma CPI por esse motivo? Se até o próprio novo diretor do
Hospital quer que seja aberta, para que seja tudo colocado “as claras”, e a
população tenha novamente confiança na instituição, para novamente, continuar a
realizar doações, do suado dinheirinho. Isso não tem lógica nenhuma.
Aí começou a
gritaria. Muitos começaram a vaiar. Outros gritar: “CPI JÁ.” Cantamos o “Hino
Nacional juntos.” Outro gritou: “OLIGARQUIA, e todos ficaram repetindo”....
Enfim, foi suspensa a
sessão. Teve até um que disse do meu lado: “eles queriam isso mesmo”. Ou seja,
quanto mais enrolarem, mais o povo vai se esvaindo, esvaindo,
esvaindo...esquecendo...esquecendo...esquecendo...
Depois, lendo as
notícias (veja abaixo), fiquei ainda mais indignado.
Pois, “saquei” que
tudo não passa de uma jogada política. (ÓÓÓ- até parece que descobri alguma
coisa que presta...)
Essa jogada é assim:
o atual prefeito está constantemente sendo alvo de críticas e suspeitas desde
que assumiu a cidade, de vários ataques, principalmente da câmara dos
vereadores. Assim, esse escândalo da saúde que surgiu, encaixou-se como uma
luva, pois com ele, o prefeito pode retaliar a oposição, os vereadores, que
também foram postos em “xeque”, uma vez que a maioria deles, são “amasiados”
com as gestões anteriores (muitos deles foram reeleitos). Assim, também se
sentiram acuados, ameaçados, com tudo de pode que pode vir a tona. E o que irá
acontecer agora: o prefeito não terá tanta pressão dos vereadores. E hoje já
surge uma notícia de que o prefeito e o governador, estão fazendo “as pazes”.
Sendo que o governador é o pai político do prefeito anterior. Até o Zeca do PT,
que foi um dos que mais bradou para a CPI, já recuou.
Mas o que isso tem
haver com a corrupção, a falta de caráter, o desvio de dinheiro público?
Tudo... Nada... É “apenas” política. Tudo aqui mesmo acaba em PIZZZZZZZZZZA.
Isso acontece também,
porque que esses nobres vereadores, nunca irão precisar do atendimento do SUS.
São essas besteiras
que pairam sobre a minha cabeça. Paciência comigo mesmo.
As notícias.
Quem tem medo da CPI
da saúde?
22/03/2013
*Por Zeca do PT e Luiza Ribeiro
Campo Grande foi administrada nos últimos 16 anos
por médicos, no entanto é justamente na saúde que temos um dos serviços
públicos pior avaliados pela população. Epidemias anunciadas de dengue, manipulação dos números
da dengue na nossa capital, postos de saúde sem médicos, notícias de
contratação de médicos fantasmas e agora o escândalo da corrupção no Hospital
do Câncer de Campo Grande, que mais do que nunca merece a nossa atenção.
Frente à gravidade dos fatos, nós
defendemos na Tribuna da Câmara de Vereadores de Campo Grande, a criação de uma
CPI para investigar os fatos. No entanto, a maioria dos vereadores opôs-se a
criação da tal Comissão, que pelo visto tem apoio amplo da sociedade.
O argumento usado pelo presidente
da Comissão de Saúde da Câmara peca pela inconsistência. Segundo ele, a CPI não
é necessária porque a Comissão de Saúde da Câmara já está se inteirando dos
fatos. Estes argumentos são inconsistentes porque em casos relevantes, como
estes noticiados, cabe sim a CPI investigar todos os fatos e envolvidos. À
Comissão Permanente da Câmara cabe analisar e dar parecer sobre projetos que
eventualmente tramitem na Câmara, sobre os assuntos de sua alçada. Com os
argumentos usados pelo Presidente da Comissão de Saúde, a Câmara Municipal de
nossa Capital corre o risco de cair no ridículo, abrindo mão de suas
atribuições de poder fiscalizador. No mínimo fica uma pergunta: quem tem medo
da CPI da Saúde?
* Zeca do PT e Luiza Ribeiro são Vereadores em
Campo Grande/MS.
26/03/2013
12:52
Aliados de Nelsinho barram CPI da Saúde na Câmara; saiba quem votou
contra
Zana Zaidan e Wendell Reis
A manobra da base aliada do ex-prefeito Nelsinho Trad (PMDB) na
Câmara Municipal surtiu efeito e a Comissão Parlamentar de Inquérito da
Saúde (CPI da Saúde), que seria instaurada para investigar o desvio de
verba pública do setor em Campo Grande, foi barrada em sessão na Casa na
manhã desta terça-feira (26).
Após sucessivas interrupções
e indignação da
população, que pedia pela instauração da CPI, o presidente da
Câmara, vereador Mário César (PMDB) anunciou o fim da CPI por falta de
assinaturas. Foi estabelecida, então, a criação de uma Comissão especial
para investigar as denúncias.
O líder do prefeito Alcides Bernal na Câmara, Alex do PT, que não
assinou a favor da CPI, indicou os membros que vão compor a comissão
especial: Gilmar da Cruz (PRB), Luiza Ribeiro (PPS), Zeca do PT e João
Rocha. Eles se juntarão aos vereadores Paulo Siufi (PMDB), Elizeu Dionísio
(PSL), Coringa (PSD), Dr. Jamal (PR) e Grazielle Machado (PR), integrantes
da comissão da Saúde na Casa.
A vereadora Luiza Ribeiro,
que sugeriu a criação da CPI, chegou a conseguir 12 assinaturas durante a
sessão de hoje (são necessárias dez para viabilizar a instauração), mas
algumas foram retiradas. Entre os que retiraram o nome estão os vereadores
Chiquinho Telles (PSD) e Alceu Bueno. Ao final, o documento tinha apenas
nove assinaturas favoráveis: Luiza Ribeiro, Zeca (PT), Ayrton do PT, Rose
Modesto (PSDB), Cazuza (PP), Chocolate (PP), Eduardo Romero (PTdoB), Gilmar
da Cruz (PRB) e Paulo Pedra (PDT).
Não assinaram em favor da
criação da CPI os vereadores: Paulo Siufi (PMDB), Carla Stephanini (PMDB),
Wanderlei Cabeludo (PMDB), Mário César (PMDB), Edil Albuquerque, João Rocha
(PSDB), Elizeu Dionízio (PSL), Alceu Bueno (PSL), Chiquinho Telles (PSD),
Coringa (PSD), Delei Pinheiro (PSD), Carlão (PSB), Edson Shimabukuro (PTB),
Flávio César (PTdoB), Otávio Trad (PTdoB), Grazielle Machado (PR), Jamal
(PR), Herculano Borges (PSC), Alex do PT e Airton Saraiva (DEM).
A vereadora Luiza Ribeiro não
ficou satisfeita com a derrubada da CPI, mas mandou um recado direto para o
presidente da Comissão de Saúde, Paulo Siufi. Ela disse que vai à comissão
com a mesma energia que foi à Câmara para conseguir assinaturas para
aprovar a CPI.
A sessão foi marcada por
protestos da população e chegou a ser encerrada após vaia da plateia. Os
vereadores chegaram a se retirar da sessão, mas convencidos por João Rocha,
retornaram. Foi a partir da fala do vereador, que sugeriu a comissão
especial, que iniciaram as vaias e, posteriormente, a suspensão da sessão.
Na volta da sessão, João
Rocha terminou o raciocínio, explicando que é a favor da CPI, já que o
impasse é de todos. Porém, atentou que é preciso ajudar a resolver os
problemas, principalmente de quem precisa do tratamento, e não agir por
vingança. Ele lembrou
que mais de 500 pessoas deixaram de fazer doações ao hospital após o
escândalo e avaliou que uma CPI pode prejudicar ainda mais.
A plateia não gostou da
decisão, mas não houve novo tumultuo, já que os vereadores pediram para
todos os guardas municipais da Casa ficarem ao lado da plateia,
pressionando os visitantes.
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26/03/2013
10:22
População lota sessão da Câmara para pressionar vereadores a assinar CPI
da Saúde
Mayara Sá e Wendell Reis
A sessão da Câmara Municipal
de Campo Grande iniciou as atividades com casa cheia. Diversas pessoas
ligadas às questões da saúde e estudante lotaram o plenário nesta
terça-feira (26) para pressionar os vereadores a assinarem o pedido de
abertura da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Saúde.
A Frente Estadual de Defesa da Saúde Pública de Mato Grosso do Sul
informa que enviou uma carta aos vereadores defendendo a CPI da Saúde.
Segundo a instituição, a CPI é mais do que necessária diante dos problemas
enfrentados pela população ao precisar de atendimento médico. “Têm filas
para marcar desde um exame simples a uma ressonância magnética”, critica.
A divisão dos recursos do FMS
(Fundo Municipal da Saúde) é outro ponto criticado pela Frente. A
informação é de que 70% do dinheiro é investido na iniciativa privada,
enquanto apenas 30% fica para o público.
Apesar dos problemas, o vereador Zeca do PT acredita que a CPI não
será levada adiante. Ele informa que o número de assinaturas para aprovar o
pedido de abertura caiu. Desta forma, a comissão nem deve passar pela
votação da Câmara que decide se ela será ou não aberta.
A vereadora Luiza Ribeiro (PPS), quem fez o pedido de aberturada
CPI, nega que o número de assinaturas diminuiu. Mas, confirma não ter o total
necessário para começar o trâmite.
São necessárias dez
assinaturas para o pedido ser aprovado e ser encaminhado para votação. Os
vereadores não confirmaram o número de assinaturas já coletadas.
Comissão de Saúde
O presidente da Comissão de
Saúde, Paulo Siufi (PMDB), afirma que a comissão vai acompanhar os
desdobramentos em relação ao Hospital do Câncer e não vai se omitir.
Segundo ele, a comissão já
encaminhou requerimento a CGU (Controladoria Geral da União), MPE
(Ministério Público Estadual) e PF (Polícia Federal) pedindo esclarecimento
de como estão às investigações.
Siufi disse ainda, que se
necessário, vai chamar os envolvidos nas investigações para prestar
esclarecimento na Câmara.
Nova diretoria
O atual diretor do Hospital do Câncer Jefferson Baggio disse que
está na Câmara nesta terça para defender o pedido de abertura da CPI.
Segundo ele, o hospital quer que a CPI seja aberta para mostrar que atual
administração é transparente e resgatar a confiabilidade do sistema de
saúde.
Alunos da UEMS
Estudantes da UEMS
(Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul) também compareceram em peso
na Câmara para solicitar melhorias da unidade de Campo Grande.
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Omissão do líder de Bernal
ajudou a derrubar CPI da Saúde na Câmara
Wendell Reis
O líder do prefeito de Campo
Grande na Câmara, vereador Alex do PT, teve papel decisivo no fracasso da
criação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), proposta para
investigar desvios de verba no Hospital do Câncer, na chamada “CPI da
Saúde”.
A vereadora Luiza Ribeiro
(PPS) tinha nove assinaturas e precisava só da assinatura de Alex do PT
para aprovar, mas o vereador se negou e ajudou a enterrar a CPI. Luiza
contou que chegou a ter 12 assinaturas favoráveis (ela precisava de 10),
mas alguns retiraram a assinatura, sobrando só nove vereadores.
A sessão da Câmara foi
marcada por diversos momentos de tensão, entre vaias da plateia e suspensão
da sessão. Alex foi
protagonista de um destes momentos quando mostrou irritação com os
vereadores Luiza Ribeiro, Cazuza (PP) e Chocolate (PP). “Vocês serão
responsáveis”, ameaçava o vereador, em meio à luta de aliados
de Bernal para conseguir votos para a CPI.
Na plateia da sessão,
insatisfeitos com os vereadores que desaprovaram a CPI lembraram que ela
dificilmente sairia, visto
que os integrantes da atual oposição eram da base de sustentação de
Nelsinho Trad (PMDB) e, por isso, estavam comprometidos com a
situação da saúde em Campo Grande. Para espanto da plateia, o próprio líder do prefeito,
vereador de oposição na legislatura de Nelsinho, ficou contra a CPI,
desrespeitando a vontade popular, evidenciada pelo protesto na Câmara.
O engenheiro civil Elias Atala ironizou o fato da CPI ficar a mercê
de votos dos vereadores que eram situação e hoje são oposição. Ele lembrou
que vereadores da nova legislatura são parentes de Luiz Henrique Mandetta
(DEM) e Leandro Mazina, primo e cunhado de Nelsinho Trad e ex-secretários
de Saúde de Campo Grande. O manifestante ressaltou que o vereador
Paulo Siufi (PMDB) é primo de Mandetta e o vereador Otávio Trad
(PTdoB) é filho de Leandro Mazina.
Alex não foi reeleito para o posto de vereador, ficando na suplência
do PT. Ele chegou à Câmara graças a uma manobra do prefeito, que nomeou
Thais Helena (PT) para a Secretaria de Assistência Social e o trouxe de
volta para a Câmara, com a missão de ser líder dele. Além de Alex, o
vereador João Rocha (PSDB), da base de Bernal na Câmara, também votou
contra a CPI.
A CPI teve adesão dos
vereadores: Zeca do PT, Ayrton do PT, Rose Modesto (PSDB), Cazuza (PP),
Chocolate (PP), Eduardo Romero (PTdoB), Gilmar da Cruz (PRB) e Paulo Pedra
(PDT). Votaram contra a CPI os vereadores: Paulo Siufi (PMDB), Carla
Stephanini (PMDB), Wanderlei Cabeludo (PMDB), Mário César (PMDB), Edil
Albuquerque, João Rocha (PSDB), Elizeu Dionízio (PSL), Alceu Bueno (PSL),
Chiquinho Telles (PSD), Coringa (PSD), Delei Pinheiro (PSD), Carlão (PSB),
Edson Shimabukuro (PTB), Flávio César (PTdoB), Otávio Trad (PTdoB),
Grazielle Machado (PR), Jamal (PR), Herculano Borges (PSC), Alex do PT e
Airton Saraiva (DEM).
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26/03/2013
14:58
Bernal diz que Alex foi
incoerente, mas ainda continua líder
Wendell Reis e Lidiane Kober
O prefeito de Campo Grande,
Alcides Bernal (PP), lamentou a atitude do vereador Alex do PT, líder dele
na Câmara, que não assinou o requerimento da vereadora Luiza Ribeiro (PPS),
necessário para abrir a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para
investigar os problemas do Hospital do Câncer, a chamada “CPI da Saúde”. O
voto do vereador foi definitivo, pois faltou uma assinatura para os
vereadores conseguirem aprovar a CPI.
O prefeito disse que a atitude dos vereadores é lamentável. "A
CPI era uma oportunidade de esclarecer denúncias graves", justificou.
Já com relação ao líder, ele pediu para ele ser favorável à comissão, o que
não aconteceu.
“Pedi que ele assinasse e é lamentável que ele não tenha assinado.
Acho uma atitude extremamente incoerente. Vou chamá-lo para conversar”,
disse. “Foir incoerente porque em toda a campanha sempre defendemos a
questão da saúde como prioridade e que iríamos esclarecer tudo o que fosse
irregular”, acrescentou.
Questionado se estava
pensando em trocar de líder, após desobediência de Alex do PT, o prefeito
disse que ainda não é o caso. “Não estou levando por este caminho, de
trocar de líder. Vou
chamar toda a base para conversar. A Câmara ficou devendo para a população
um esclarecimento”, concluiu.
A vereadora Luiza Ribeiro não
conseguiu as dez assinaturas necessárias para emplacar a CPI. Ela teve a
adesão dos vereadores: Zeca do PT, Ayrton do PT, Rose Modesto (PSDB),
Cazuza (PP), Chocolate (PP), Eduardo Romero (PTdoB), Gilmar da Cruz (PRB) e
Paulo Pedra (PDT).
Votaram contra a CPI os
vereadores: Paulo Siufi (PMDB), Carla Stephanini (PMDB), Wanderlei Cabeludo
(PMDB), Mário César (PMDB), Edil Albuquerque, João Rocha (PSDB), Elizeu
Dionízio (PSL), Alceu Bueno (PSL), Chiquinho Telles (PSD), Coringa (PSD),
Delei Pinheiro (PSD), Carlão (PSB), Edson Shimabukuro (PTB), Flávio César
(PTdoB), Otávio Trad (PTdoB), Grazielle Machado (PR), Jamal (PR), Herculano
Borges (PSC), Alex do PT e Airton Saraiva (DEM).
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25/03/2013
15:33
Câmara de Campo Grande
nunca fez CPI; Puccinelli conseguiu derrubar duas
Wendell Reis
Se os vereadores Zeca do PT e
Luiza Ribeiro (PPS) não conseguirem abrir a Comissão Parlamentar de
Inquérito da Saúde (CPI da Saúde), a Casa continuará, segundo o vereador
Paulo Pedra (PDT), com o tabu de nunca ter realizado nenhuma
CPI. A Câmara já
tentou emplacar duas outras CPI’s, mas foi barrada por André Puccinelli
(PMDB), então prefeito de Campo Grande.
A primeira aconteceu nos
primeiros anos da administração de André Puccinelli, no escândalo conhecido
como “Lixogate”, que envolvia o empresário Moreno Gori. O empresário foi
acusado pelo Ministério Público Federal de falsificar carteiras de
identidade. Os documentos foram usados para montar a empresa que ficaria
encarregada pela coleta e transformação do lixo em energia em Campo Grande,
na administração de Puccinelli.
Segundo o Ministério Público
Federal, o empresário italiano prometeu investir US$ 128 milhões para tocar
o serviço. O então líder de Puccinelli, Athayde Nery (PPS), avisou que os
vereadores estavam dispostos a abrir a CPI e aconselhou o prefeito a
cancelar a licitação.
“Eu disse a ele que a CPI só
não sairia se ele publicasse que não haveria mais licitação por conta de
ter observado ilícito. Ele disse que denunciaria e fez isso. Denunciou o
empresário e encerrou o processo”, explicou
Athayde conta que acompanhado do então vereador Nelson Trad Filho
(PMDB), em 1998 também tentou fazer a CPI da Santa Casa. Ele chegou a ter
as sete assinaturas necessárias para investigar irregularidades no
hospital, mas vereadores da base de Puccinelli acabaram retirando as
assinaturas.
O ex-vereador explica
que a disputa entre base e oposição sempre dificulta a criação de
uma CPI. Ele avalia que as investigações são importantes porque fazem
parte do trabalho do parlamentar. Todavia, ressalta que é preciso apoio da
população. “Não adianta só querer”, analisou.
Curiosamente, nesta legislatura é a oposição a responsável por
boicotar a CPI. Liderada por Paulo Siufi, a oposição tenta
convencer que não cabe aos vereadores fazer investigação. Nas redes sociais
há um clamor para a realização da CPI e muitas críticas contra os
parlamentares que não assinaram a favor. Há quem diga que o sobrenome
Siufi, do médico Adalberto Siufi, seria um dos motivos mais fortes que
levam alguns vereadores a não assinarem a favor .
A CPI da Saúde foi
apresentada pela vereadora Luiza Ribeiro e ganhou apoio de Zeca do PT. A
dupla conseguiu assinaturas dos vereadores Cazuza (PP), Waldecy Chocolate
(PP), Paulo Pedra (PDT), Alceu Bueno (PSL), Eduardo Romero (PT do B),
Gilmar da Cruz (PRB) e Chiquinho Telles (PSD). Porém, Alceu Bueno, Gilmar
da Cruz e Chiquinho Telles retiraram assinaturas após pronunciamento de
Paulo Siufi (PMDB), que foi contra a abertura. Para conseguir abrir a CPI
os vereadores precisam de dez assinaturas.
O prefeito Alcides Bernal
(PP) foi o primeiro a sugerir uma CPI da Saúde. “Por que não abrimos uma
investigação? Uma CPI da saúde. Vamos falar de centenas de veículos que
estão sucateados. Dezenas de ambulâncias que estão em cima de tocos nas
oficinas. E que estão lá jogados”, criticou. “Por que não abre uma CPI da Santa Casa, para avaliar o
que aconteceu. Para onde foi o dinheiro? Por que não abre uma CPI do
hospital do Câncer? A Polícia Federal realizou ontem uma devassa em
clínicas e hospitais do Câncer e Universitário. O que aconteceu? Teve
médico preso, de renome, cujo sobrenome todos nós conhecemos”, acrescentou
o prefeito.
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26/03/2013 17:34
Em novo encontro, Puccinelli promete
imparcialidade e Bernal cobra ações
Lidiane Kober
Em novo encontro do
governador André Puccinelli (PMDB) com o prefeito Alcides Bernal (PP), na
tarde desta terça-feira (26), dominou o clima pacífico, mas sem muita
aproximação. Na presença do rival político, Puccinelli prometeu ajudar a
todos, “independente da sigla partidária”. Bernal, por sua vez, cobrou
ações práticas do governador.
O prefeito foi até a
governadoria para assinar Pacto de Adesão ao Sistema Único de Assistência
Social (Suas). Segundo ele, essa é a primeira ação do Governo do Estado em
benefício da Prefeitura de Campo Grande, desde o início do ano. “Estamos
firmando um pacto na assistência social, esse é o primeiro ato do governo”,
informou Bernal.
Dias atrás, o prefeito foi à
governadoria e saiu do encontro com Puccinelli destacando compromisso do
peemedebista de colaborar administrativamente e politicamente,
principalmente, no relacionamento com a Câmara Municipal. “Ele não ajudou
administrativamente e politicamente estou me virando”, disse Bernal.
Apesar da queixa, o prefeito
está otimista e acredita na melhoria da relação com o Executivo Estadual.
“Penso que, como governador, ele tem que fazer de tudo para que nós
tenhamos uma convivência harmônica para que a gente possa promover o
desenvolvimento do município, do Estado, espero que ele haja dessa
maneira”, comentou Bernal.
No palanque, Puccinelli fez
questão de destacar ajudar a todos os prefeitos sem levar em consideração o
partido políticos dos eleitos. “Quero dizer da parceria que queremos
continuar com todos os municípios, independente da sigla partidária dos
gestores”, frisou.
Segundo ele, até a primeira
semana de abril, todos os prefeitos do Estado serão recebidos em audiência
para discutir os interesses de cada município. No final do evento, após
cumprimentos básicos, Bernal contou que Puccinelli pediu uma nova conversa
sobre Campo Grande.
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26/03/2013 16:49
Puccinelli nega projeto de disputar com Bernal
Prefeitura de Campo Grande
Lidiane Kober
O governador André Puccinelli
(PMDB) descartou, nesta terça-feira (26), projeto de disputar mais uma vez
o comando da Prefeitura de Campo Grande nas eleições de 2016. Segundo ele,
os comentários não passam de “especulação”.
Por outro lado, em conversas
com aliados Puccinelli vem confidenciando o desejo de voltar ao comando da
prefeitura e dar o troco eleitoral ao prefeito Alcides Bernal (PP), que
acabou com a hegemonia de mais de 20 anos do PMDB na administração da
Capital.
Na tentativa de viabilizar a
conquista, Puccinelli trabalha para montar um forte arco de aliança e
acomodar parceiros políticos a fim de fortalecer seu grupo político. Uma
das metas seria firmar aliança em 2014 com o rival PT em troca de apoio na
disputa pela Prefeitura de Campo Grande, em 2016.
Outra aposta de Puccinelli
seria o fracasso da administração de Bernal. Na Câmara Municipal, ele
conseguiu emplacar o aliado Mário César (PMDB) para presidir o legislativo.
Na Casa, os parceiros políticos do governador vêm dando trabalho ao
prefeito, com aprovação de projetos que engessam a administração e aumentam
despesas.
“É pura especulação.
Aconselhei o Dirceu Lanzarini (ex-prefeito de Amambai), o Roberto Hashioka
(prefeito de Nova Andradina) a não concorrem mais à prefeitura, depois de
dois mandatos, aconselhei os demais e não faria o mesmo”, garantiu
Puccinelli sobre a possibilidade de enfrentar Bernal em 2016.
Ele alegou que os valores são
diferentes e defendeu a renovação na política. “Tem novos valores, tem que
renovar, se a carreira é encerrada, é encerrada”, avaliou.
Questionado, então, se o
carinho por Campo Grande não o faria repensar, o governador disse ser possível
contribuir de outras maneiras. “Posso assessorar, trabalhar de graça,
fiscalizar, ajudar quem quer que seja”, comentou. No final, porém, ele
frisou que “se 2014 está longe, imaginem 2016”.
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26/03/2013 11:00
Temendo “CPI do fim do mundo”, líder do prefeito é contra
investigação
Aline dos Santos e Jéssica Benitez
Líder do prefeito na
Câmara Municipal, o vereador Marcos Alex (PT) sustentou hoje posição contrária
à realização de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar a
máfia do câncer. O esquema criminoso envolvendo médicos e hospitais foi revelado
pela operação Sangue Frio, realizada pela PF (Polícia Federal) há uma semana.
O petista reforçou
ser contra até mesmo se o alvo da comissão for ampliado para todo o setor de
saúde em Campo Grande. “Também sou contra a CPI da Saúde. É muito abrangente, vai
ser a CPI do fim do mundo”, define.
A postura endossada
por Marcos Alex entra em rota de colisão com a opinião do prefeito Alcides
Bernal (PP), defensor de uma CPI sobre o Hospital do Câncer. “O Bernal não
mandou nem pediu para mudar de posição. Ele ponderou”, afirma o vereador.
Segundo petista, ele é contra a CPI como vereador e não na condição de líder do
prefeito.
Nesta terça-feira, a
sessão da Câmara foi suspensa para reunião entre os vereadores e diretores do
Hospital do Câncer. A investigação é defendida pelos vereadores da base aliada,
como Luiza Ribeiro (PPS) e Zeca do PT. Já a maioria dos parlamentares é contra
a CPI.
VIA: http://www.campograndenews.com.br/politica/temendo-cpi-do-fim-do-mundo-lider-do-prefeito-e-contra-investigacao
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