terça-feira, 23 de abril de 2013

MORTE EM CLÍNICA PARTICULAR PARA DESINTOXICAÇÃO

Família acusa Clínica Carandá pela morte de jovem de 20 anos


Mayara Sá e Mariana Anunciação

 

Mariana Anunciação
Documento indica que o rapaz já estava com rigidez cadavérica quando deu entrada no Miguel Couto

O pai de Rafael Guimarães de Oliveira, 20 anos, Paulo Sérgio de Oliveira, responsabiliza a Clínica Carandá pela morte do jovem. “Meu filho foi morto pela clínica”, acusa Paulo Sérgio nesta terça-feira (23). O pai do jovem conversou com a imprensa nesta manhã e diz não entender como um rapaz tão novo pode ter morrido por ataque cardíaco – a causa da morte informada pela Clínica à família.
O rapaz faleceu no domingo (21) quando estava internado para fazer exames médicos. Usuário de drogas, ele foi internado para fazer exames antes de ser levado para outra clínica de desintoxicação em Três Lagoas.
Paulo explica que o filho não foi internado para fazer tratamento no local, apenas para fazer os exames. ”Fui claro que não faria tratamento na Clínica Carandá, apenas exames”, revela. Por isso, diz não entender porque o filho estava sendo medicado no local. A suspeita é que o uso de algum remédio possa ter causado a morte do rapaz.
O jovem, inclusive, teria fugido da clínica, no dia 15 de abril, quatro dias após a internação, porque a clínica estava ‘enrolando’ para fazer os exames e o medicando. “Ele me ligou e disse que fugiu porque eles não estavam providenciando os exames. Só estavam dando medicamentos a ele. O Rafael não queria ser tratado ali. O combinado foi fazer apenas os exames”, explica.
Negligência
Na data da fuga, a clínica comunicou o pai sobre o episódio apenas uma hora depois que o rapaz já estava com o pai. Para Paulo, isso mostra claramente a negligência da instituição.
Na ocasião, os dois saíram, conversaram, tomaram água de coco e Paulo convenceu Rafael de voltar à clínica e fazer os exames. No domingo, por volta das 16h30, o pai ligou para saber se o material já estava pronto e como estava o filho. “Eles me disseram que ele estava bem e quando os exames estivessem prontos iriam me comunicar”, diz.
Às 18h51, a clínica ligou dizendo que o rapaz teve um ataque cardíaco e estava morto. “Nem sensibilidade tiveram. Onde já se viu dizer essas coisas por telefone”, critica.
Morte
Rafael foi transferido da Clínica Carandá para o Hospital Miguel Couto, por volta das 18h30. A entrada do hospital está detalhada com parada cardiorrespiratória e rigidez cadavérica. O pai suspeita que o filho entrou morto por causa da rigidez cadavérica.
 

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