quarta-feira, 24 de abril de 2013

PREFEITO PROÍBE FUNCIONÁRIOS DE FALAREM SOBRE A PREFEITURA EM REDES SOCIAS

Para os políticos daqui, as redes sociais só mesmo "prestam" em época de campanha, para pedirem votos.

Prefeito de Dourados proíbe funcionários de falarem sobre a prefeitura em redes sociais

94 FM de Dourados/WM

Reprodução
Comunicação Interna veta o uso de redes sociais por parte dos funcionários públicos municipais

Uma nova comunicação interna da prefeitura de Dourados, assinada pelo secretário de governo, José Jorge Filho, o popular ‘Zito’, gerou polêmica e revolta nas redes sociais. A C.I. 098/2013 veta os agentes públicos em exercício do uso de redes sociais para divulgação, informação ou qualquer outro registro de atos, obras ou questões sobre o poder público municipal.

Em uma dos vários protestos no facebook, a nova determinação teve 335 compartilhamentos e centenas de comentários. Alguns usuários, como Domingo Rosa Vega, discorda da posição da prefeitura. “Absurdo, agora querem nos privar da livre expressão!!?? Penso que isso não pode e não deve ser aceito por ninguém, pelo amor de Deus estamos em 2013...”, reclamou.

Já o perfil ‘Dourados QueVejo’, vai mais além e afirma que a atual administração tem um posicionamento antidemocrático. “Governo ditatorial controla acesso à internet, servidores não temam essas chantagens, pressões, pois se o Murilo fizer isso quem será vitorioso será você, que poderá até ganhar uma boa indenização e curtir uma melhora na vida, pois assédio moral é crime”, reiterou.

Prefeitura

Para a 94FM, o autor da C.I., o secretário de governo José Jorge Leite, disse que a polêmica tem origem em um erro de interpretação de algumas pessoas. “Infelizmente tem gente que propositalmente confunde galhos com bugalhos. Não é nenhuma espécie de policiamento do funcionário público”, explicou.

Zito afirma que diferente do que foi propagado na rede, o objetivo da C.I. é apenas vetar o uso de redes sociais por parte dos funcionários durante o expediente. “Não está escrito no documento, mas está subentendido. Não teria lógica em coibir o uso de redes sociais ou privar o funcionário da opinião própria fora do expediente. O que queremos é apenas que os funcionários se foquem em suas atividades e não usem os computadores para atividades pessoais durante o serviço”, complementou.

Ainda segundo o secretário, a atual administração, que está no poder há mais de dois anos, priva pela honestidade, transparência e seriedade, logo, não seria de sua índole retroceder à época da ditadura, quando o SNI (Serviço Nacional de Informações), controlava o pensamento e a opinião pública.

Nenhum comentário:

Postar um comentário