quarta-feira, 26 de junho de 2013

ASSASSINATOS DE JORNALISTAS E DONOS DE SITES NO ESTADO "Morreram por denunciar corrupção no estado"

 
Por: Israel Espíndola - 26/06/2013

O que os três têm em comum? Os três morreram por denunciar as falcatruas que acontecem nos bastidores de nosso estado, tanto na segurança pública quanto dos poderosos políticos.

Ambos informavam através de sites e jornais impressos o que realmente o povo precisa saber e o que ganharam a fama de serem polêmicos.

Paulo Rocaro, ex-policial, o jornalista era editor-chefe do Jornal da Praça e diretor do site Mercosul News. Em 2002, publicou o livro “A Tempestade – Quando o crime assume a lei para manter a ordem”. A obra fala de pistolagem e da conivência policial num território dominado pelo tráfico.

Foi morto em 12 de fevereiro de 2012 em Ponta Porã (MS), baleado por uma dupla de motocicleta.

Eduardo Carvalho, policial militar aposentado, morreu em 21 de novembro de 2012, dono do jornal UH News, Carvalhinho era conhecido por divulgar matérias policiais e bastidores da política. Eduardo foi executado em frente de casa, no bairro Giocondo Orsi, em Campo Grande (MS).

E no início da noite desta última terça-feira (25), foi a vez de Paulo Magalhães, delegado aposentado, era dono do blog Brasil Verdade.

O delegado aposentado era conhecido por uma carreira conturbada. O site e a ong Brasil verdade eram o espaço onde fazia denúncias contra diferentes órgãos e autoridades, da Polícia Civil à Justiça Federal.

Mais um ponto em comum, os três foram mortos por pistoleiros que estavam em motocicletas, sem qualquer chance de defesa. 
 
 
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07/05/2013 15:25

Empresário mandou matar jornalista Paulo Rocaro por motivos políticos, afirma polícia

 
Mayara Sá
 
 
Motivo político seria a causa da morte do jornalista Paulo Rocaro, assassinado em uma emboscada em 12 de fevereiro de 2012. Em uma coletiva direcionada à imprensa, o delegado responsável pelo inquérito sobre a morte do jornalista, Odorico Mendonça, informou que o mandante do crime foi o empresário Cláudio Rodrigues de Souza.
Conforme foi apurado, o problema foi uma disputa interna dentro do Partido dos Trabalhadores. Paulo Rocaro e Cláudio Rodrigues teriam tido uma discussão e o jornalista afirmado que realizaria matérias com o intuito de expor a ficha criminal de ‘Claudinho’ e de como o crime organizado estaria trabalhando para se infiltrar no ramo da política na fronteira.
O mandante contratou Luciano Rodrigues de Souza e Hugo Estancarte para executarem Paulo Rocaro. E na noite de 12 de fevereiro, quando o jornalista dirigia um Fiat Idea pela avenida Brasil cinco, dos doze tiros disparados o atingiram. Ele chegou a ser socorrido, mas não resistiu aos ferimentos.
Na coletiva, o delegado disse que em maio de 2012 já se sabia quem eram os executores e o mandante, mas o Judiciário entendeu que as provas ainda eram frágeis, necessitando ser mais consistentes. Por isso, a divulgação só agora.
O delegado lembrou que quando se trata de crime de pistolagem, não basta chegar aos executores, é necessário descobrir o mandante e que o empenho de todos, policiais, peritos, delegados, foi de grande importância para a investigação.
Poder e Política
As investigações começaram a partir dos últimos passos da vítima. “Iniciando pelos últimos passos da vítima chegamos ao motivo do crime que era as eleições de 2012. Em seus últimos dias de vida, Rocaro participou de várias reuniões políticas até o encontro com um de seus opositores, que apesar de estar no mesmo partido, tentava lançar candidatura à prefeitura pelo PT. Nessa disputa, dois nomes se destacaram dentro do partido, sendo do ex-prefeito Vagner Piantoni e da advogada Sudalene Machado Rodrigues, onde a campanha a favor de Piantoni era dirigida por Paulo Rocaro e a da Sudalene, pelo seu esposo Cláudio Rodrigues e Souza", informou o delegado na coletiva.
A intenção do grupo liderado por Rocaro era de suprimir as prévias do PT. Descontente com o fato, Claudio Rodrigues de Souza procurou a vítima na véspera do crime. Eles discutiram e o jornalista afirmou que realizaria algumas matérias com o intuito de expor a ficha criminal de Claudinho e de como o crime organizado estaria trabalhando para se infiltrar no ramo da política na fronteira. Foi aí que foi decidido a morte do jornalista, informou o delegado.
Há gravações, segundo a polícia, onde Cláudio Rodrigues afirma que seu sonho era ganhar uma eleição em Ponta Porã. As conversas foram gravadas por ele mesmo, já que isso era do seu hábito gravar todas as conversas, tanto com seus comparsas, quanto com políticos e jornalistas. O gravador foi apreendido durante busca e apreensão em seu comércio.
"Nesses diálogos, Claúdio Rodrigues diz que vai torturar determinada pessoa, comenta obre o homicídio, brinca com um político a respeito de mandar matar o Paulo Rocaro de forma irônica, intimidação de outro político e testemunha do caso", falou o delegado.
Divulgação
À direita, Paulo Rocaro e à esquerda Cláudio Rodrigues e a esposa Sudalene
Odorico disse que os executores eram "cupinchas" de Cláudio Rodrigues, sendo de sua inteira confiança. "Em relação ao mandante e aos executores não resta nenhuma dúvida", concluiu o delegado Odorico Mesquita. (Com informações do Cone Sul News)
 
 

Após denúncias contra autoridades, dono do site Última Hora News é assassinado no MS

Redação Portal IMPRENSA | 22/11/2012 10:00

 
Atualizada às 13h50

Na madrugada desta quinta-feira (22/11), o dono de um jornal eletrônico 
Última Hora News, de Campo Grande (MS), o jornalista Eduardo Carvalho, foi executado em frente à sua casa, informou o portal Terra. 

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Crédito:Reprodução/Facebook
Jornalista foi morto na frente de sua casa

Ele saía da residência em uma moto quando foi baleado por dois homens também em uma motocicleta por volta das 22h40. O jornalista, que era policial militar aposentado, morreu na hora.

Testemunhas disseram que minutos depois dos disparos, os dois assassinos voltaram ao local do crime para conferir se a vítima estava de fato morta. Até o momento não há informações de suspeitos nem a possível motivação do crime.

De acordo com o próprio última Hora News, ao fugir, os bandidos deixaram cair um carregador com munições calibre 45, a mesma usada contra o jornalista. O material foi encontrado pela polícia, próximo ao local do crime.

Em seu site, Carvalho escrevia diversos artigos com denúncias sobre o envolvimento de autoridades políticas e policiais em atividades irregulares. As acusações, geralmente, eram baseadas em informações de bastidores.

O corpo do jornalista será velado na Pax Brasil, na rua Bandeirantes, 801, em Campo Grande, a partir das 15 horas.

IMPRENSA procurou funcionários do site, mas não obteve retorno.
 

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